ALERTA GATILHO: agressão física e verbal. Não leia se não se sentir à vontade.
Jogar vídeo game virou um tipo de vício desde quando eu tinha nove anos. Exatamente na idade que meus pais começaram a brigar constantemente e a gritaria nunca cessava. Eu costumava a colocar minha irmã do meu lado e dividir o fone com ela para interagirmos com outras pessoas que também estavam escapando de suas realidades através do jogo, talvez escapando só por diversão mas ainda sim escapando.O vício nunca foi embora, talvez por que eu realmente goste de jogar ou por que minha casa nunca chegou a ficar calma. Mesmo depois da minha mãe morrer, essa casa segue sendo um point de encontro de políticos e gente chata. Então, eu jogo. Sem minha irmã ao meu lado. E quando não estou jogando, estou surfando ou na biblioteca da escola e até no time de natação.
Tudo para evitar a realidade da minha própria casa. Incrível, né?
Senti uma mão tocar no meu ombro e com um susto, tirei o fone gigante do ouvido, vendo Kath ali com um sorriso culpado.
– Desculpe, querido. Você não estava me ouvindo bater na porta. – Sorri para dizer que tudo bem. Kath é praticamente quem comanda essa casa, adoro ela desde pequeno.
– Tudo bem, Kath. Você precisa de mim? – Perguntei, pausando o jogo – É algo com os caras da manutenção da piscina...
– Não, não, querido. – Ela passou as mãos pelo uniforme, suspirando fundo. – Seu pai chegou em casa, pediu sua presença no escritório dele.
Droga.
– Yeah, ok. – A muito contragosto, me levantei, saindo do quarto para descer as escadas gigantes de casa.
Com o tempo eu aprendi que ficar evitando situações e se demorar nunca ajudam, só pioram o sofrimento. Logo, faço as coisas direto e nem hesitei em abrir a porta do escritório do meu pai.
– Precisa de mim? – Tentei ser o mais educado possível. Seus olhos nem levantaram, ele só fez um sinal para que eu fechasse a porta.
– Sexta feita você vai faltar aula.
Bruce Crawford também é uma pessoa direta.
E o observando de longe sentando em sua cadeira de negócios com vários documentos espalhados em sua frente e uma expressão fria no rosto, me sinto feliz de não ter nada parecido com ele a não ser a cor do meu cabelo e infelizmente o último sobrenome ao lado de Kaneki.
– E por que? – Indaguei, cruzando os braços. Ele levantou os olhos para mim, me encarando com desdém.
– Você vai fazer as fotos da campanha de reeleição comigo. – Explicou – Esteja descente no dia...
– Como é que é? – Eu não acredito que vamos ter que entrar nesse assunto de novo – Eu te disse que depois das ultimas fotos para sua campanha, eu não faria nenhuma. Principalmente por que mamãe não vai estar nelas...
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SWELL HOUSE.
RomanceLuca e Anna Kepner sempre estiverem acostumados a viajar o mundo e conhecer novos lugares. Sendo filhos de uma diplomata renomada e um surfista profissional, a vida sempre foi longe de comodismos e constâncias. Entretanto, a hora de parar chegou qua...