capitulo quinze.

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ALERTA GATILHO: agressão física e verbal. Não leia se não se sentir à vontade.

Jogar vídeo game virou um tipo de vício desde quando eu tinha nove anos

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Jogar vídeo game virou um tipo de vício desde quando eu tinha nove anos. Exatamente na idade que meus pais começaram a brigar constantemente e a gritaria nunca cessava. Eu costumava a colocar minha irmã do meu lado e dividir o fone com ela para interagirmos com outras pessoas que também estavam escapando de suas realidades através do jogo, talvez escapando só por diversão mas ainda sim escapando.

O vício nunca foi embora, talvez por que eu realmente goste de jogar ou por que minha casa nunca chegou a ficar calma. Mesmo depois da minha mãe morrer, essa casa segue sendo um point de encontro de políticos e gente chata. Então, eu jogo. Sem minha irmã ao meu lado. E quando não estou jogando, estou surfando ou na biblioteca da escola e até no time de natação.

Tudo para evitar a realidade da minha própria casa. Incrível, né?

Senti uma mão tocar no meu ombro e com um susto, tirei o fone gigante do ouvido, vendo Kath ali com um sorriso culpado.

– Desculpe, querido. Você não estava me ouvindo bater na porta. – Sorri para dizer que tudo bem. Kath é praticamente quem comanda essa casa, adoro ela desde pequeno.

– Tudo bem, Kath. Você precisa de mim? – Perguntei, pausando o jogo – É algo com os caras da manutenção da piscina...

– Não, não, querido. – Ela passou as mãos pelo uniforme, suspirando fundo. – Seu pai chegou em casa, pediu sua presença no escritório dele.

Droga.

Yeah, ok. – A muito contragosto, me levantei, saindo do quarto para descer as escadas gigantes de casa.

Com o tempo eu aprendi que ficar evitando situações e se demorar nunca ajudam, só pioram o sofrimento. Logo, faço as coisas direto e nem hesitei em abrir a porta do escritório do meu pai.

– Precisa de mim? – Tentei ser o mais educado possível. Seus olhos nem levantaram, ele só fez um sinal para que eu fechasse a porta.

– Sexta feita você vai faltar aula.

Bruce Crawford também é uma pessoa direta.

E o observando de longe sentando em sua cadeira de negócios com vários documentos espalhados em sua frente e uma expressão fria no rosto, me sinto feliz de não ter nada parecido com ele a não ser a cor do meu cabelo e infelizmente o último sobrenome ao lado de Kaneki.

– E por que? – Indaguei, cruzando os braços. Ele levantou os olhos para mim, me encarando com desdém.

– Você vai fazer as fotos da campanha de reeleição comigo. – Explicou – Esteja descente no dia...

– Como é que é? – Eu não acredito que vamos ter que entrar nesse assunto de novo – Eu te disse que depois das ultimas fotos para sua campanha, eu não faria nenhuma. Principalmente por que mamãe não vai estar nelas...

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