Capitulo quatro.

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Eu gosto da forma bem alinhada e simétrica do meu rosto

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Eu gosto da forma bem alinhada e simétrica do meu rosto. É ideal, quase perfeito. Tenho certeza que sigo o padrão vitruviano, as medidas do meu rosto são todas milimetricamente simétricas. São fruto da razão Áurea, obviamente. A matemática deveria ter meu rosto como fórmula, sinceramente.

Fórmula da perfeição.

E sabe o que não combina com tudo isso? A merda de uma espinha!

– Droga, droga, droga! – Resmunguei, pressionando meus dedos na marca ridícula vermelha. Sério, cara, eu tomo cuidado para esse tipo de ultraje não acontecer com meu rosto. – MÃE!

Demorou alguns segundos até minha mãe aparecer no meu quarto, a guiei para vir para o banheiro e me virei para ela.

– O que eu faço sobre isso?

Sirena semicerrou os olhos, confusa.

– Isso o que, meu amor?

– Essa espinha aqui! – Indiquei com o dedo indicador mas mamãe continuou sem entender nada.

– Luca, só tem uma marquinha vermelha. A espinha nem se formou ainda.

– E você acha que eu posso deixar ela se formar? Você está louca?

Ela gargalhou, simplesmente deu risada da minha tragédia pessoal.

– Quando você voltar da escola, você coloca remédio para secar logo. – Mamãe disse – E pronto, tudo resolvido.

– Vou querer aquele treco seu também...

– Qual treco?

– Aquele que suga a cara!

– Meu removedor de oleosidade e cravo?

– Isso mesmo.

– Tudo bem. – Ela riu, puxando meu rosto para me dar um beijo estalado na cabeça. Sorri. – Agora termine de se arrumar e venha tomar café da manhã, ok?

– Certo.

Fiz como mamãe mandou. Passei meu perfume Tom Hard, coloquei meu Rolex preto no pulso e terminei de arrumar meu cabelo, o deixando bagunçado para dar o charme necessário.

Sorri para o espelho, feliz por ter nascido bonito e ainda ser charmoso. É para poucos, cara.

Passei a mochila pelo ombro e desci as escadas, indo direto para a cozinha. Mamãe não foi trabalhar cedo hoje, então, ela e papai estão sendo os responsáveis pelo café da manhã.

Obrigado, Deus.

– Bom dia, pai! – Falei depois de jogar minha mochila no chão e me apoiar na bancada, encurralando o mais velho que franziu o cenho. – Me diga...qual a sensação de ser pai do cara mais lindo desse mundo?

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