capitulo dezesseis.

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– Mahina, filha, você precisa levantar para a aula

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– Mahina, filha, você precisa levantar para a aula. – Melanie Kepner Cumberbatch está me cutucando a mais de cinco minutos, mesmo eu deixando claro que não quero levantar.

– Já disse que não quero. – Murmurei, abraçando o travesseiro mais apertado – Eu estou com dor de cabeça e não me sinto bem.

– Já volto. – Mamãe disse, caminhando até a suíte do seu quarto. Ontem fiz questão de dormir com meus pais para poder me despedir assim que papai levantasse para ir pro aeroporto. Agora não quero deixar essa cama por nada e também nem me sinto bem para isso. – Borá, levanta o braço.

Vi o termômetro na mão dela, levantei o braço e ela colocou aquele negócio de ponta gelada em mim. Sua mão foi até a minha testa, seu rosto se fechou em uma careta logo depois.

– Você está queimando. – Ela falou, suspirando. Depois de alguns segundos, o termômetro apitou e mamãe arregalou os olhos – 38! Eu não sei o que fazer mais com você, toda vez que seu pai viaja é a mesma coisa.

E aí que começa o monólogo dela de como meu emocional vai a merda quando papai viaja. Bom, não é mentira. A primeira vez que aconteceu, eu era bem pequena, meu pai viajou, no outro dia eu amanheci com febre e vomitando, então mamãe me levou ao médico apenas para descobrir que era tudo emocional.

– Como eu vou te deixar em casa desse jeito? – Ela perguntou, me cobrindo mais com o edredom da cama – Espera um pouco, vou ligar para seu dindo, ok?

Assenti, vendo-a sair do quarto. O mais engraçado é que eu não sinto nada demais, apenas cansaço e frio por conta da febre porém mamãe sempre entra em um meio desespero. Uma vez a febre demorou tanto para passar que ela me levou até meu pai sem nem pensar duas vezes.

Liguei a televisão do quarto por que já sei que não vou para escola, minha mãe sempre acaba deixando eu faltar. Me aconcheguei mais debaixo das cobertas, focando no episódio da série que eu coloquei.

– Ok, falei com seu dindo. – Melanie voltou para o quarto – Ele vai treinar hoje mas volta cedo, se você sentir qualquer coisa, ligue para ele!

– De boa, mãe. – Murmurei, ciente de que a probabilidade de eu precisar ligar para meu dindo é minúscula.

– Vou fazer seu café da manhã e depois eu preciso ir trabalhar. – Falou, colocando brincos na orelha, logo depois o sapato – Fique com o celular na mão o tempo inteiro para me atender se eu ligar.

Assenti e peguei o celular na cabeceira da cama para mostrar a ela que estava comigo.

Novamente ela saiu do quarto, depois de uns vinte minutos voltou com meu café da manhã e me deu um beijo na cabeça antes de pegar a bolsa para ir pro trabalho. Abri meu celular, entrando no grupo com os três patetas.

Centro de terapia do Austin
(Anna, Austin, Luca e você)

Eu:
Não vou para a escola hoje
Não precisa passar aqui em casa

SWELL HOUSE. Onde histórias criam vida. Descubra agora