Capitulo dezessete.

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C-

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C-.

Minha nota foi C-.

Olhei para a prova novamente, encarando a nota e tentando entender que merda aconteceu.

O trabalho de escrita criativa foi ótimo, tive a liberdade de escrever o que queria em troca de nota porém eu consegui ter um desempenho péssimo? Como assim?

O sinal indicando que a aula acabou tocou, todos os alunos levantaram em um pulo, deixando a sala. Enfiei o trabalho na mochila, ainda indignada.

– Anna, posso falar com você? – O professor chegou perto da minha mesa, assenti e ele pediu para que eu me sentasse. Assim o fiz. – É sobre o seu trabalho.

Eu fui tão absurdamente ruim assim?

Professor, C-? Eu estava esperando pelo menos um A-! Algo assim...

– Anna, a história é incrivelmente boa. – Mr Bailey me interrompeu, ele é bem jovem para ser professor, usa roupas descoladas e tem um sotaque australiano bem forte, mesmo assim me sinto muito intimidade por ele – Porém faltou sua verdade ali.

– Minha verdade?

Que verdade é necessária em um pequeno conto ficcional?

– Como apreciar uma história que tem enredo mas não tem os sentimentos? – Ele me respondeu – Afinal, quem são suas personagens? O que elas querem? O que sentem? Eu preciso de mais para te dar uma nota A nesse trabalho. Preciso sentir o que as personagens sentem, não adianta me envolver com a história e não conseguir gostar ou me identificar com quem está narrando.

Suspirei fundo, tentando não demonstrar o quão chateada eu estou agora. Mr Bailey é um professor incrível, ele não tem culpa da minha incompetência.

– Vou te dar uma chance para refazer o trabalho. – O loiro afirma, me fazendo engolir seco. Estou um pouco nervosa, tenho que admitir – Você pode tentar refazer essa história de uma forma melhor ou pode começar do zero. Te dou uma semana para me entregar. Estamos combinados?

– Ok, Mr Bailey. – Tentei sorrir simpática. O cara está me dando uma segunda chance, não posso irritá-lo só por que eu estou irritada. – Muito obrigada por isso.

– Por nada, querida. – Ele sorriu, dando dois tapinhas na mesa – Acredito no seu potencial, Anna. Sei que você consegue me entregar algo digno de um A. Quem sabe até de um A+.

Ok, ouvir isso é até animador. Entretanto, não queria ter que refazer algo para alcançar a nota máxima, eu tinha que ter alcançado de primeira e ponto final.

Argh, isso já estragou meu dia.

Sai da sala, sentindo todo o bom humor sair de mim. Tirei A em química (eu poderia ter me saído melhor) e agora essa nota ridícula em escrita criativa. Mal posso esperar para a nota da próxima aula.

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