– Você acha que minha dinda pegou muito pesado com eles? – Indaguei, seguindo minha mãe pela cozinha – Será que ela está realmente chateada?
– Eu sei que eu estou. – Minha mãe respondeu, me dispensando com a mão para poder pegar algo em uma gaveta que eu estava tapando.
– Ah, qual foi, mãe! – Exclamei indignada – Não me diga que com nossa idade você não bebia ou ia para festas...
– Ah, não, eu bebia sim e ia para várias festas – Ela me interrompeu – Mas eu não era a anfitriã de festa alguma! Se for para alguém estar na reta e se foder que não seja você, seja o outro!
Eu até iria argumentar mas faz muito sentido o que ela falou.
– Mãe, você conhece minha dinda... – Continuei – O quão péssimo foi a briga naquela casa? Eu pedi até pra Austin diminuir a velocidade do carro ontem quando estávamos voltando, eu quis prolongar a paz.
– Mahina, no máximo eles vão ficar de castigo. Até você deveria estar de castigo!
– Por ir em uma festa fora da minha casa e beber? – Rebati – Não era você que fazia isso?
Minha mãe levantou a espátula em sua mão na minha direção.
– Saia da minha cozinha!
– Ah, como é bom acordar com as duas mulheres da minha vida brigando na cozinha! – A voz do meu pai nos fez encarar a porta, onde ele estava encostado e rindo. – Bom dia!
– Bom dia, pai. – Falei, indo-o abraçar – Se minha dinda proibir Anna e Luca de me ver, você pode me levar para Europa com você? Eu não vou aguentar morar tão perto e estar tão longe deles!
Meu pai ia falar mas eu o interrompi:
– Mas daí a gente ia precisar levar Austin, não consigo existir sem ele.
Minha mãe apontou — mais uma vez hoje — a espátula para mim.
– Tá vendo isso? – Ela perguntou ao meu pai – É tudo sua culpa!
Henry riu, me abraçando de lado e deixando um beijo estalado na minha cabeça.
– Por que sua dinda te impediria de ver seus primos? – Ele me arrastou até a pia para que pudesse lavar as mãos antes de se juntar a minha mãe para preparar o café da manhã.
– Por causa da festa, pai. Acompanha! – Falei, impaciente e meu pai encarou minha mãe, apontando para mim com o braço que não me abraçava.
– Isso é sua culpa. – Mamãe revirou os olhos, mandando ele ajudar ela com a comida. Me soltei do meu pai, sentando no banco do balcão que eles estão.
– Por que vocês não acordaram mais cedo para eu poder comer com vocês? – Indaguei, roubando uma fruta de uma das vasilhas – Já já Austin vem me buscar.
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SWELL HOUSE.
RomanceLuca e Anna Kepner sempre estiverem acostumados a viajar o mundo e conhecer novos lugares. Sendo filhos de uma diplomata renomada e um surfista profissional, a vida sempre foi longe de comodismos e constâncias. Entretanto, a hora de parar chegou qua...