capitulo vinte e quatro.

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– KALEOOOOO! – Arranquei os fones do ouvido ao ouvir meu nome ser literalmente berrado

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– KALEOOOOO! – Arranquei os fones do ouvido ao ouvir meu nome ser literalmente berrado. Segui em direção a voz, abrindo a porta do quarto da minha irmã – Ok, o que você achou?

Ela deu uma voltinha no mesmo lugar.

– Muito apertado, Amélia. – Brinquei, a fazendo bufar. – De onde você achou isso?

– Uniforme da mãe. – Me joguei em sua cama – Achei no sótão.

– Você vai tentar mesmo entrar na equipe ano que vem?

– Claro que vou. – A loira sorriu, me fazendo sorrir junto – Imagina você sendo obrigado a ir em todos os jogos de futebol só para me ver.

– Por você, eu aguentaria. – Dei de ombros, por que é verdade. Se Amélia ama ser líder de torcida, eu iria em todos os jogos de bom grado.

Amélia ia voltar a falar mas o barulho vindo do escritório a fez estremecer. Sendo honesto, tomei um susto também.

– Caiu alguma coisa, talvez? – Tentei amenizar mas Amélia tem catorze anos, não é inocente. Parece que temos mundos de diferença na idade mas é só um ano, o que é completamente estranho. Acho que é a questão da maturidade que você ganha entre os catorze e o quinze.

– Se alguma coisa significa Bruce Crawford... – Revirou os olhos.

– Quer dar uma volta de skate? – Perguntei e ela assentiu. Amélia Kalani é a pessoa mais grudenta que eu conheço, sua mão entrelaçou na minha e descemos as escadas juntos, ouvindo os berros do escritório.

– Eles não vão parar de brigar nunca? – A loira indagou – Todo dia isso...

A porta do escritório se abriu, nos dando um susto. Ambos nos encolhemos na mesma hora, imaginando que podia ser nosso pai. Porém, para nossa sorte, é apenas mamãe. Suas feições tristes se tornaram preocupadas assim que nos avistou e foi quando eu notei a marca roxa no rosto dela.

Não é a primeira vez mas eu achava que isso tinha parado a algum tempo.

Tinha parado. Eu tenho certeza.

– O que ele fez com você? – Indaguei, ouvindo minha voz sair mais agressiva do que eu gostaria. Mamãe olhou para trás como se pudesse deduzir se Bruce escutou ou não – Mãe!

– Oi, meu amor. Não aconteceu nada. – Ela se aproximou de nós, colocando um falso sorriso nos lábios.

Odeio isso.

– Você está com uma marca roxa no rosto! – Praticamente gritei ao ver seu rosto de perto.

– Não foi nada demais, já vai passar.

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