capítulo vinte e nove.

3.8K 362 691
                                    

Ouvir meu pai berrar no celular logo cedo pela manhã não é meu jeito preferido de começar o dia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ouvir meu pai berrar no celular logo cedo pela manhã não é meu jeito preferido de começar o dia. Pelo menos, ele parece feliz e animado, o que significa que o bom humor vai me livrar dos conflitos semanais com Bruce Crawford.

— Kaleo, querido, só vai comer isso? — Kath indagou, encarando minhas torradas com uma careta engraçada que me fez rir de leve.

— Você sabe que eu não sou de comer pela manhã, dona Kath! — Respondi com um sorriso que morreu assim que meu pai entrou na cozinha, dando ordem aos empregados para preparar seu café da manhã, revirei os olhos, Bruce não sabe nem o básico da educação. É irritante!

— Ah, Kaleo, eu precisava falar com você. Que bom que não saiu ainda. — Bruce falar que minha presença é algo positivo significa que ele precisa de um favor. Assenti só para ele prosseguir de uma vez. — Esteja livre no próximo sábado. Preciso de você na festa que eu vou dar no clube Plaza.

— Festa? — Fiz questão de responder com a boca cheia para irritar meu pai, notei a careta que ele fez — Que festa?

— Festa para alguns parceiros meus. — Ou seja: gente rica com influência que meu pai precisa agradar com seus planos e propostas para ter mais chance na reeleição — Você pode levar alguma companheira, se quiser.

Ah, que incrível!

— Na verdade, eu quero que você leve. Manter as aparências é sempre bom, uma namorada é o que você precisa. Consegue arranjar alguém que preste ou eu preciso fazer isso também?

As únicas opções possíveis para mim seria chamar alguma das minhas amigas. Acho que nenhuma recusaria festa, bebida e comida de graça. O problema é: meu pai odeia Anna, Mahina e Darcy.

Bom...isso pode ser um problema para ele mas definitivamente nenhuma delas é um problema para mim, então chamar é exatamente o que eu preciso para me divertir um pouco com a cara do meu pai.

— Relaxa, eu arranjo uma acompanhante até próximo sábado — Engoli o último pedaço de torrada e me levantei, passando a alça da mochila pelo ombro direito — Falou.

Dei um beijo na testa de Kath antes de me retirar. Meu pai odeia intimidade com os empregados e hoje, talvez, eu tenha acordado motivado a irritá-lo. Dizer que eu superei a porra da surra que ele me deu da ultima vez seria uma grande mentira, principalmente quando a consequencia dela foi eu pedir consolo justamente a Mahina Kepner. Eu, realmente, comecei a gostar da garota, mas não deixa de ser humilhante pra caralho.

— Kaleo Kaneki! — Meu nome foi chamado assim que eu coloquei meu skate no chão do condomínio, olhei para trás vendo Anna pela janela da Land Rover de Austin — Você vem com a gente hoje!

Anna abriu a porta de trás e eu estranhei ao perceber que nem Luca, nem Mahina estão aqui. Com o cenho franzido, entrei no carro. Assim que bati a porta, os dois viraram para trás, me encarando.

SWELL HOUSE. Onde histórias criam vida. Descubra agora