Capítulo 20: Chamas, estrela e guerra

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Katarina Smith P.O.V 

Tentava respirar fundo para recuperar o fôlego após o esforço do treinamento.

Estávamos em Oceanside, praticamente criando um exército para nos preparar melhor para combater os mortos mas no fundo eu sabia que era para combater Os Sussurradores. Alfa e os demais loucos não aparecem há meses mas todos sabiam que o assunto não estava terminado. Haveria um conflito mais cedo ou mais tarde.

Eu jogo água nos meus braços, limpando meu corpo o máximo que podia, pois não tinha como tomar banho agora. A luta me cansou mais do que me cansaria antes da gravidez, e era justamente por isso que eu precisava estar ali treinando. Precisava recuperar a agilidade e a força de antes. 

Leo veio comigo, pois eu ainda não era capaz de deixá-lo sozinho em Alexandria, apesar que agora o menino estava muito mais acostumado a ficar com algumas outras pessoas. Rosita tinha ficado com Coco e ofereceu para cuidar de Leonardo junto com Gabriel e Siddiq, mas eu neguei. Queria ver o mar, e mesmo que meu filho não lembrasse disso no futuro, queria que ele fosse comigo. Saberia que logo mais, principalmente quando os inimigos aparecessem, teríamos que nos separar. Sendo assim, ia aproveitar todo momento possível.

Enxugando minhas mãos, vou atrás de Nabila no complexo de habitações de Oceanside, que cuidava de Leo, RJ e os filhos dela durante o treinamento. Judith sendo Judith participou do treino, e me deu tanto orgulho pela sua capacidade de luta e autodefesa que prometi para mim mesma que criaria Leo para ser daquele mesmo jeito.

Assim que cheguei, meu filho, agora com quase 4 meses, e que se encontrava no colo da mulher, deu um gritinho e se jogou para mim. Não sabendo se sustentar tão bem assim, peguei-o logo.

- Oi, meu amor! Mamãe já matou todos os walkers que conseguiu, estou cansada. - falei bem caricata, para estimular ele, que me olhou com o sorriso sem dentes de um bebê. Continuo, agora olhando para Nabila. - Muito obrigada, como sempre. Vou levar ele para olhar o mar, quer que eu leve as crianças ? 

- Vamos todos. - diz a mulher sorrindo.

Assim, partimos para a área da praia em que não havia o corpos dos andarilhos do nosso treino. Judith chegou logo depois, e foi brincar com as demais crianças recolhendo pedras e conchas na areia. Enquanto isso, eu me afastei do agito dos pequenos, e andava com Leo em meus braços, apontando o mar para ele.

De longe vejo Daryl vindo com Cachorro em minha direção e não deixo de sorrir. Seus cabelos voavam pelo vento e ele acenou sorrindo de lado. Até hoje meu coração dispara quando o vejo tão lindo assim.

Tivemos uma leve briga porque insisti em vir para Oceanside, e Daryl não queria que eu viesse, e principalmente, que Leonardo viesse conosco. Como sempre, venci a discussão, mas eu sentia ele tenso a cada segundo que eu estava ao ar livre com o menino.

- Oi. - e abriu um sorriso brincalhão que ele guardava especialmente para as crianças. - Ei, garotão! - e Leo se jogou em cima dele, me esquecendo completamente.

Dixon pegou Leo, dando uns beijinhos no garoto em uma espécie de ''ataque'' de brincadeira, e meu filho gargalhava.

- Não aguento mais ele preferindo você do que eu. - resmunguei.

- Não posso fazer nada se ele tem bom gosto. - ele falou sério, daquele jeito que ele fazia quando sempre implicava comigo, e eu revirei os olhos. 

Nesse momento Alex, uma garota de Oceanside que não devia ter mais que 12 anos, chega ao nosso lado correndo. Ela para a alguns passos de distância para recuperar o fôlego, e coloca os braços para trás, como um soldado frente ao seu comandante.

Minha luz no fim do mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora