Eu não sei quando comecei a te amar mas agora é tudo o que posso fazer. O céu é um lugar que eu conheço quando estou com você. Só por um momento, o segundo mais breve, o paraíso está dentro do meu alcance. Só por um momento, por um segundo mais doce, é você(s) e eu.
- Heaven is a place - Amber Run
Daryl Dixon P.O.V
- Daryl, vai atrás do seu filho porque se deixar ele vai parar lá no portão de Alexandria. - disse uma sorridente Carol, olhando para Leo engatinhando no chão da sala.
Ri enquanto pegava o menino e colocava-o em meus braços. Leonardo, agora com mais ou menos 7 meses e 1 semana, tinha começado a engatinhar, e desconfiava que ele logo fosse andar. Seus cabelos estavam bem mais escuros do que quando nasceu, e seus olhos verdes pareciam mais bonitos do que nunca.
- Não fuja de mim. - digo fingindo brigar com ele e faço cócegas em sua barriga, e ele cai na risada.
Em momentos como aquele era quase possível esquecer a saudades que eu sentia de Katarina, uma falta que parecia me consumir por inteiro. Quase.
Não importava o que eu fizesse, não conseguia mais dormir, meus pensamentos totalmente voltados à ela. Onde quer que ela estivesse, apenas desejava que estivesse bem. Mas isso não era o suficiente. Queria que ela voltasse para perto de mim.
Essa era o problema em amar tanto alguém. Não basta simplesmente saber que a pessoa esta viva e bem, você sente a necessidade de passar seus dias com ela. Era quase que egoísta, talvez fosse.
Kat não viu seu filho engatinhar pela primeira vez e, apesar de talvez ser algo besta em comparação a tantos outros problemas, doía em mim saber que ela estava perdendo tantos momentos com Leo. E comigo.
Toda vez que me lembro que eu não disse que a amava, não com todas as letras, não para ela ouvir, sentia meu coração parar. Porque não falei ? Porque não disse que ela era o amor da minha vida ? Que eu não conseguia viver sem ela? Porque era quase que simples assim.
Sempre me acostumei com todos me abandonando, no mundo de antes e no mundo de agora, mesmo que sem querer. Com ela percebi que não precisava ser assim. Nem tudo aquilo na qual você se apega, vai te machucar depois. Amar loucamente alguém e ser feliz, algo que nunca pensei que pudesse ter, foi possível com Katarina.
Então porque não disse isso para ela?
Infelizmente, desde o dia que Judith falou com um estranho no rádio comunicador, uma semana atrás, não tivemos mais nenhuma notícia. Ninguém entrou em contato.
Aaron, Gabriel e Lydia tinham saído faziam 2 dias em direção a Pittsburg em busca de qualquer pista que pudesse indicar alguma comunidade pela região e até agora não tinham voltado.
Em um primeiro momento, tudo que queria fazer era ir com eles e achar Katarina o mais rápido que fosse possível mas Maggie e Carol me convenceram da importância de ficar em Alexandria, por Judith, por RJ, mas principalmente por Leo.
Ser pai era isso. Colocar as necessidades do seu filho acima de toda sua vontade. Apesar de querer ir com eles, sabia que Leo precisava do pai perto, principalmente se, e eu morria um pouco só em pensar na possibilidade, Kat não voltasse. Eu não podia me arriscar e não voltar também, foi o que minhas velhas amigas, e pelo jeito sábias, falaram.
Eu sendo pai. Algo bizarramente certo.
Ainda brincando com Leo, enquanto sinto Carol nos observando, Maggie entra em casa com as crianças. Eles estavam regando a horta como faziam toda tarde mas até agora nada tinha brotado.
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Minha luz no fim do mundo
FanfictionHá 10 anos, os mortos não morrem de verdade. Há 10 anos, Daryl Dixon enfrenta os próprios sentimentos de dor, perda e luto sem nunca se permitir sentir amor por alguém que não fosse sua família. Além disso, é um homem que não sabe demonstrar seus se...