Capítulo 60

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ALEX

Ouvi meu celular tocar e todos na sala de reuniões olharam para mim. Estava disposto a desligar, mas o nome de minha namorada brilhou na tela. Portanto, levantei-me, pedindo licença para atender, apesar de alguns protestarem. Porém, não dei ouvidos e saí da sala. 

— Aconteceu alguma coisa, Amália? 

— Na verdade, não. Você está ocupado?

— Não. Pode falar, amor. 

— Elisa está aqui. 

— A sua amiga voltou? 

— Sim… Alex… Elisa poderia ficar um tempo por aqui, em sua casa? Ela poderia ficar junto comigo no meu quarto.

— Você quer que ela fique?

— Sim, ela não tem para onde ir.

— Então, tudo bem. Mas tem quarto de hóspedes disponível, caso não queira dividir o seu. — Ouvi sua comemoração do outro lado da linha. 

— Aah… Obrigada! Gosto muito, muito de você. — Sorri de forma boba. 

— Tenho que ir. 

— Bom trabalho, amor. — Então, ela desligou e eu respirei fundo, antes de voltar para a reunião.

Assim que entrei novamente na sala, fui recebido por olhares impacientes e insatisfeitos. 

— Onde paramos? — Perguntei, indiferente. 

Assim, a reunião se passou lentamente, mas terminou bem antes do previsto. Após, saí da minha sala, encontrando Samantha, que quando me viu, ficou de pé.

— Já vai, Senhor? 

— Sim, e você pode ir também. — Ela assentiu.

— Obrigada. 

Algum tempo depois, saí do elevador, adentrando no estacionamento.  Então, entrei no carro e dei partida em direção a minha casa. Voltar para casa virou sinônimo de felicidade. Antes, eu não me importava muito, mas agora, tudo o que eu mais queria era voltar para a minha residência e nunca mais sair de perto de Amália. Eu era um verdadeiro bobo apaixonado, mas um bobo muito feliz.

[...]

Entrei em casa, mas não a vi. Então, fui até a cozinha, pois era onde ela poderia estar, mas só encontrei Charlotte. 

— Poderia me dizer onde Amália está? 

— Sim, Senhor. Ela subiu junto com os amigos. — Amigos? 

Então, subi as escadas, dirigindo-me para o quarto de Amália, mas parei em frente à porta, quando ouvi vozes vindas do outro lado do corredor, onde ficava o outro quarto de hóspedes. 

Assim que bati à porta, recebi uma autorização e entrei, avistando Elisa ao lado de Amália. Ela estava diferente, mais precisamente o cabelo. Estava bonito. Do outro lado, vi Taylor, encostado na cômoda com os braços cruzados.

— Você chegou. — Amália falou, vindo até mim e deixando um beijo em meus lábios. Portanto, respirei fundo, relaxando meu corpo. Estou me preocupando à toa, pois deu para perceber que Amália realmente gosta de mim. 

— Tudo bem? — Ela balançou a cabeça, assentindo, e, então, segurou minha mão e me puxou para me sentar na cama.  

— Oi. — Falei. Então, ambos se olharam e, depois, me encararam. 

— Não vai nos expulsar novamente? — O rapaz falou, com certa coragem, eu diria. 

— Taylor! — Repreendeu Amália. 

— Ah, qual é, Amália? Vocês estão juntos, mas isso não o faz uma pessoa melhor. 

— Ele tem razão. Eu sinto muito pela forma que os tratei, foi muito infantil da minha parte. Me envergonho e me arrependo por tê-los julgado. Por isso… Elisa… — Olhei para Amália e ela sorriu, incentivando-me. — e Taylor, eu peço desculpas. 

— Acredito que esteja arrependido. Você não é o primeiro a me julgar pela aparência e também não será o último. Mas você está tentando mudar, pois me permitiu até ficar por um tempo aqui. Você tem minhas desculpas, Alex. — Sorri agradecido para ela. 

— Bom… Que tipo de pessoa eu seria se não te desculpasse, não é mesmo? — Taylor se pronunciou. — Está perdoado. Mas já vou avisando que se você fizer alguma vez Amália chorar, não vai ter status nem dinheiro que me impeça de quebrar sua cara, mesmo que eu seja preso por isso. — Arqueei uma sobrancelha diante da sua petulância. Mas no fundo, fiquei tranquilo por saber que ele se preocupava com ela. 

— Recado recebido. — Amália sorriu e me abraçou de lado. 

— Obrigada, pessoal. 

[...]

Uma coisa que eu não sabia era que quebrar um ovo seria tão difícil. Já estava no quinto ovo e, assim como os quatro anteriores, havia falhado. Minha mão estava completamente suja e a cozinha não estava diferente. Olhei para Amália, que me assistia com um sorriso de canto. 

— Você já fez isso, Alex. — Era verdade. Não entendia o porquê de não estar dando certo agora. — Deixe-me fazer isso, senão irá acabar com todos os ovos e não conseguiremos terminar o bolo. 

— O que eu faço agora então, amor? 

— Olha se chegou algum e-mail em meu celular, por favor. Hoje sai o resultado da prova. — Assenti e lavei minhas mãos. Depois de enxugá-las, peguei seu celular, abrindo na caixa de mensagens. 

— Ainda não. — No momento que respondi, chegou uma nova notificação. — Amor, chegou. 

— Já? Eu passei? 

— Espera, está carregando a lista. — Depois, passei meus olhos pela lista, procurando por seu nome. — Sinto muito, amor... — Seus ombros murcharam, assim como seu lindo e belo sorriso. — Sinto muito por não ter ficado em primeiro lugar. — Vejo seu rosto mudar de triste para confuso. 

— Não passei? 

— Sua bobinha, você passou, apesar de ter ficado entre as últimas que passaram. — Ela arregalou os olhos.

— Então, eu passei? 

— Sim, meu amor, parabéns! — Ela sorriu e pulou em meus braços, rodeando suas pernas em minha cintura, enquanto me apertava em um abraço. Era tão bom vê-la feliz. 

Farei de tudo para fazê-la sempre feliz.

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