Capítulo 58

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AMÁLIA

Fiquei aliviada ao saber que Alex estava bem, apesar de sentir que ele estava meio triste e melancólico, pois sempre buscava estar abraçado comigo. Seria engraçado se eu não soubesse o motivo. 

Era 7 horas da noite quando voltamos para casa. Foi maravilhoso assistir ao pôr do sol ao seu lado.

Na mansão, estávamos no sofá da sala um ao lado do outro. Alex havia proposto para continuarmos com o filme, o qual havíamos deixado pendente na última noite. Após algum tempo, fui pega de surpresa quando Alex beijou minha bochecha. Então, olhei para ele, que tinha um sorriso bobo nos lábios.

— Não me aguentei, você fica muito fofa distraída. — Senti minhas bochechas esquentarem ao saber que ele me observava. 

— Não estava prestando atenção no filme? — Perguntei, ainda olhando para a televisão.

— Observar as expressões de minha namorada é muito melhor. — Confessou ele, deixando-me ainda mais envergonhada. 

— Mas eu quero assistir, Alex. — Reclamei mais uma vez e ele riu, assentindo com a cabeça.

Em seguida, deitou-se no sofá, fazendo minhas pernas de travesseiro. Então, continuei a prestar atenção no filme. Depois de um tempo, novamente tirei meus olhos da tela, quando ele pegou a minha mão e a levou até seus lábios, deixando um beijo casto em meu dorso. Portanto, respirei fundo, olhando para ele, e com a mesma mão, fiz cafuné em seu cabelo, o qual estava grande. Então, Alex fechou os olhos, assim como os gatinhos fazem quando recebem carinho. 

[...]

Acordei no outro dia em minha cama. Estranhei,  pois não me lembrava de ter vindo. Em algum momento ontem, durante o filme, eu tinha adormecido. Será que foi Alex quem me trouxe? 

Antes de levantar, orei a Deus, agradecendo e pedindo para que abençoasse o meu dia. Quando terminei, olhei para o lado, vendo os raios de sol penetrando pelas cortinas. Portanto, levantei-me rápido e olhei o horário no celular, vendo que já se passavam das 6:30. Estava muito tarde. Então, apressei-me em escovar os dentes e lavar o rosto. 

Assim que desci as escadas, entrei na cozinha, assustando-me ao ver meu Alex, pela primeira vez, do outro lado do balcão, preparando alguma coisa. Quando ele me viu, sorriu pra mim.

— Bom dia, amor! — Inclinei a cabeça para o lado, desconfiada.

— O que está fazendo? — Ele riu pela minha pergunta óbvia.

— Acordei cedo hoje. Você estava dormindo tão profundamente, então decidi fazer, ou melhor, tentar fazer algo para nós. 

— O que você fez? — Perguntei, aproximando-me para ver, e me segurei para não rir. — O que é isso?

— Omelete. — Ele sorriu, orgulhoso, e eu apenas sorri pelo seu esforço. 

— O que mais?

— Torradas! — Ele levou a sério o nome torrada. — Queimou um pouco. — Ele coçou a nuca, envergonhado. Então, fiquei na ponta dos pés e beijei seus lábios. 

— Nada que um pouco de prática não resolva. Podemos cozinhar juntos, a qualquer dia. — Propus e ele riu, colocando os braços em minha cintura. 

— Como aqueles casais das séries? — Afirmei com a cabeça. — Também podemos fazer compras juntos. — Ele continuou. — E todas essas coisas de casais. — Lancei-lhe um sorriso e me afastei. 

— Você vai para a empresa hoje? — Ele soltou um suspiro áspero, afirmando. 

— Não tenho escolha. Almoça comigo hoje? Venho buscar você.

— Não, acho que...

— Por favor, Amália. Vou ficar o dia todo longe, ao menos almoce comigo.

— Por que não vem almoçar aqui?

— Ah, amor, por favor… — Ele implorou.

— Tudo bem…

[...]

Quase uma hora da tarde, Alex veio me buscar como prometido. Agora, estávamos em um restaurante próximo a sua empresa. Durante todo o tempo, Alex parecia longe da realidade e pensativo demais, portanto tinha quase certeza que estava preocupado com algo.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não aconteceu nada. 

— Porque você parece preocupado? 

— Não é nada, meu amor, são negócios. 

— Por que não me conta? 

— Amália, estive a manhã toda na empresa só tratando de negócios. Irei voltar daqui a pouco. Quero apenas almoçar com minha namorada e esquecer um pouco o trabalho, sim? — Ele tinha razão.

— Tudo bem. — Ele sorriu e me encarou, ficando sério. — O que foi?

— Você é tão linda. — Sorri, envergonhada. — Me sinto o cara mais sortudo do mundo por ter você ao meu lado. 

— Obrigada por me permitir entrar na sua vida.

— Obrigado por realmente gostar de mim.

— Não deveria me agradecer por isso. — Falei e ele sorriu.

— Irei contratar alguém para cozinhar.

— Mas...

— Você poderá entrar na cozinha quando quiser, mas não a trabalho, ok? — Suspirei, contrariada.

— Deixe-me fazer o jantar hoje então.

[...]

Quando Alex voltou para casa, eu estava quase terminando o jantar e, assim que o finalizei, subi até seu quarto e bati à porta. Então, ele me deu permissão para entrar e assim o fiz. Alex estava deitado na cama, ainda com seu terno.

— Achei que já tivesse tomado banho. — Ele riu, balançando a cabeça.

— Estou destruído. 

Então, ele se sentou na cama e eu me aproximei, sentando-me ao seu lado. Depois, levei minhas mãos até seu paletó e o puxei para baixo. Assim que o livrei dessa peça de roupa, ele segurou minhas mãos, fazendo-me olhá-lo. 

Após, Alex as acariciou e colou nossos lábios, enquanto levava uma de suas mãos até minha cintura, puxando-me mais para si. Então, nossos lábios dançaram em um ritmo único e suave. 

Senti quando Alex se inclinou sobre mim, fazendo-me deitar sobre o colchão. Minha mente começou a gritar que aquilo não era para estar acontecendo, e antes que eu o afastasse, ele mesmo cessou com um beijo, olhando em meus olhos. Fui pega de surpresa quando, de repente, ele começou a fazer cócegas em minha cintura, justamente onde se encontrava meu ponto fraco.

— Ah, não… — Tentei pedir para que parasse, mas as minhas risadas não me permitiam. 

Algum tempo depois, ele parou e ficou me observando, enquanto eu me recompus. 

— Amália Anthony, você foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida. Se antes eu achava que amar era tolice, hoje não sei viver sem te amar. Eu… Eu quero tudo com você, Amália…

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