Capítulo 10

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AMÁLIA

Otávio voltou um tempo depois, dizendo que o patrão havia amado a comida. Ele disse, porém, que Alex não havia falado com palavras, mas com suas expressões, pois quando ele sempre comia, demonstrava isso. Eu fiquei muito feliz em saber disso e satisfeita também. 

Após, Otávio me levou até o quartinho em que eu ia dormir. Era um bom quarto, mas estava repleto de tralhas e poeira.

—  Mália, eu tentei convencê-lo a...

—  Tudo bem, Otávio. Nada que uma boa faxina não resolva. —  Avalio o quarto. 

Sobre a mesinha, estavam algumas revistas e jornais. Já na cama, havia alguns travesseiros. Quando bati neles, a poeira levantou, causando tosses em mim e em Otávio.

—  Vou chamar Greta e as outras faxineiras para limpar.

—  Não. Não precisa. Eu mesma posso fazer isso.

— Mas Mália, esse é o trabalho delas e...

— Eu não quero incomodá-las, elas já têm essa casa enorme para limpar. Tudo bem, Otávio. Eu posso fazer, não se preocupe. Terminarei antes do horário, para fazer o jantar. Pode ir fazer o que você faz. —  Ele ri. 

—  Você não tem jeito, menina. —  Ele fala, saindo.

Assim que fico sozinha, eu vou até o quarto de limpeza para pegar os equipamentos de faxina, mas antes de chegar ao meu destino, Otávio aparece novamente. Ele tinha ido me avisar que Elisa estava no jardim me esperando, certamente para me entregar minhas malas que haviam ficado na pensão. 

—  Não demore. O patrão não gosta de visitas.

—  O que esse homem gosta afinal? —  Me pergunto mentalmente.

Assim que chego ao jardim pelos fundos, avisto Elisa. Ela acena para mim e faço o mesmo, enquanto percebo que estava acompanhada por um rapaz. Assim que me aproximo, Elisa me entrega a mala e a abraço, mesmo sabendo que ela não gosta muito. 

—  Esse aqui é o Taylor. —  Ela aponta para o homem que sorria.

—  Seu namorado? —  Ela nega, fazendo careta. 

—  Não, não. Esse é o hóspede que está de volta.

— Ah. —  Murmuro, sorrindo, e vou em sua direção, o abraçando. —  Não sei o que você foi resolver, mas obrigada por ter ficado fora. — Falo depois que nos separamos e ele me olha confuso. Eu sorrio.

— Então, tá. —  Ele fala, sorrindo de lado.

—  Nossa! —  Exclama Elisa, olhando para a mansão. —  Isso aqui é enorme. Como que limpam isso tudo? — Ela pergunta, incrédula.

— Bem, por mais que não suje muito, aqui tem muitos empregados. —  Ela abre a boca.

—  Nossa! E seu chefe, como ele é?

—  Digamos que ele tenha um gênio complexo… Eu fiz cookies, vocês querem? —  Eles assentem e, então, fomos para a cozinha.

Quando chegamos, dei a volta no balcão para pegar os cookies que ainda estavam no forno, enquanto os dois sentavam nos assentos do balcão.

—  Você não me disse que cozinhava, Mália. — Elisa fala.

— Na verdade, você não me perguntou, Li. Isso não é uma coisa que eu falo assim. Aliás, eu não imaginei que seria importante falar. —  Elisa semicerra os olhos e depois dá de ombros.

—  É que a Elisa tem esse costume de querer saber tudo da vida da pessoa. —  Taylor fala, sorrindo. —  Teve um dia que ela me cobrou explicações por eu ter "escondido" que era virgem. O signo, claro. —  Ele fala e Elisa revira os olhos, dando um pequeno tapa em Taylor. — Au, sua agressiva! —  Eu e Elisa acabamos por rir e Taylor nos acompanhou. Na mesma hora, Alex aparece na cozinha com um semblante nada bom. Ele os olha, um a um, como um leão procurando sua presa, até parar em mim.

— Posso saber quem deu permissão para que a Senhorita trouxesse essas… — Ele pausa, olhando para os dois em sua frente com desdém. — Pessoas?

— Eu achei que…

— Achou errado! — Ele me interrompe e, então, engulo em seco. 

— Ei, não precisa gritar também. — Taylor fala, ficando de pé. Alex olhava para ele, com seu maxilar firme, parecendo que estava se segurando ao máximo ali. Depois, volta a me fitar, com sua respiração pesada.

—  Assim que eu chegar à noite, no meu escritório, quero você lá. —  Ele aponta para mim. —  Dispense seus amigos! —  Ele dita firmemente e eu permaneço olhando para ele. Era estranho o quão forte era seu gênio. —  Agora, Amália! — Salto de leve, me assustando, e afirmo várias vezes. Então, ele sai. Eu, por fim, olho para eles.

— Desculpem-me. — Sorrio fracamente. 

—  Quando você disse que ele tinha um gênio complexo, você quis dizer irritante e dono de si mesmo? —  Taylor fala, incrédulo. Dou de ombros.

—  Amália, como você pode trabalhar para esse homem? — Dou de ombros novamente.

—  Não é como se eu tivesse escolhas. Mas eu prefiro pensar que, por trás dessa máscara rude, existe um homem bom. — Naquele momento, mesmo longe, Alex havia escutado sua fala.

—  Não tem essa de máscara, Mália. O que ele tem de bonito tem de arrogante. Você viu o jeito que ele nos olhou? —  Afirmo, chateada. —  Olha… A gente já vai indo antes que ele volte aqui e chute nossas bundas. —  Sorrio com sua fala. Elisa conseguia ser sempre engraçada. —  Aquele nosso programa ainda está de pé? —  Afirmo.

—  No final de semana. Ainda preciso falar com ele.

—  Boa sorte! —  Despedimo-nos com abraços e eu fiquei novamente sozinha. Respiro fundo, pegando um cookie e o mordendo.

[...]

Sinto o suor descer pelo meu rosto, enquanto passava o esfregão no chão empoeirado. Depois, limpo os móveis e troco os lençóis de coberta por novos limpos, que Greta havia me trazido. Ela insistiu para que eu a deixasse me ajudar, mas eu falei que não precisava várias vezes até ela se dar por vencida e sair.

Suspiro, olhando para o novo quarto agora bem mais bonito. Decido não desfazer minha mala, não antes de ouvir o que o Alex tem para me falar. Que Deus me ajude.






Hey...amigos. A história está flopada :( porém continuarei a escreve-la)

Obrigada a quem chegou até aqui comigo...Até o próximo cap. ❤✔

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