6 - Quando foram para a escola

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- Ok, vocês pegaram tudo? - O tom de Shoto era de preocupação.

Os gêmeos concordaram.

- Mochilas, lancheiras, crachás, lápis de cor, cadernos?

Eles balançavam a cabeça concordando a cada novo item.

- Você está exagerando, Shoto - avisou Katsuki.

- Estão se sentindo bem? Se qualquer coisa acontecer, peçam para a professora me ligar e eu busco vocês na hora, certo?

- Eu não vou pedir - disse Mitsuki. Ela estava animada a semana toda para aquele momento.

- Certo, papa - falou Touya. Ele não estava tão animado quanto a irmã, mas não odiava totalmente a ideia.

Shoto olhou para os portões abertos e depois para os filhos novamente. Os olhos de Mitsuki brilhavam intensamente, já Touya segurava forte a mão do pai.

- Senhor - uma mulher se aproximou deles -, está na hora deles entrarem.

- Está bem. - Abraçou os filhos mais uma vez e ficou de pé para falar com a mulher. - Se acontecer alguma coisa, pode me ligar que virei o mais rápido possível.

- Sinto muito, senhor, mas eles só poderão sair mais cedo em casos extremos, faz parte da política da creche.

- O quê?

Antes que Todoroki pudesse contrapor a moça, Katsuki interveio colocando a mão em seu ombro e dizendo:

- Não se preocupe - dirigia-se a ela. - Nós só viremos buscar eles na hora da saída como todos os outros pais, certo? - Olhou para o marido.

- Certo... - respondeu relutante.

- Agora - Bakugou se abaixou para falar com os filhos -, divirtam-se, mas também se comportem. Principalmente você, mocinha. - Ela sorriu brincalhona. - Vamos querer saber tudo que fizeram depois.

E assim, Mitsuki correu para dentro, Touya segurou a mão da mulher e entraram conversando.

- Eu amo vocês - Shoto disse já vendo os filhos longe. - Cresceram tão rápido.

- Eles têm um metro de altura - brincou Katsuki. - Vamos.

Depois de ver os portões fechados, caminharam até onde estava o carro e entraram. O ômega ligou o veículo e dirigiu até em casa. Katsuki estava bem, sabia que daria tudo certo, já Shoto tinha as mãos suadas e milhares de pensamentos o atormentando.

Foram em silêncio o caminho todo. Chegando em casa, Todoroki continuava inquieto: andava de um lado para o outro, roía as unhas e tinha um olhar perdido, enquanto Bakugou só se arrumava para ir trabalhar.

- Você precisa se acalmar, Shoto - disse apertando a gravata.

- Eu sei! Como você consegue estar tão calmo assim?

- Eu preciso ser seu porto seguro quando você está tão perdido assim - deu um beijo em sua testa e sentou ao seu lado na cama. - Preciso ir trabalhar agora. Passarei aqui para buscarmos eles juntos. Por último, quero que me prometa que não vai ligar lá nenhuma vez.

Shoto não gostava daquela promessa, mas sabia que não tinha escapatória.

- Prometo... - suspirou.

- Ótimo.

Deram-se um último beijo, então Bakugou pegou suas coisas e saiu para trabalhar. Todoroki se jogou na cama pensando no que faria o dia todo.

Ao longo dos anos - TodoBakuOnde histórias criam vida. Descubra agora