Capítulo 07

3.4K 230 27
                                    

Camila beijava Gabriela com calma, mas parecia ter pressa em evoluir aquele beijo. Passou a ponta da língua em torno dos lábios de Gabriela, somente com o intuito de provocar, e lançava um olhar que provocava. Ofegava com pequenos gemidos quando pensava no que estava prestes a acontecer, e dessa vez não sentiu a mesma apreensão da última vez que esteve naquela situação. Parecia certo, parecia necessário e urgente. Sentiu um arrepio no corpo todo quando os lábios de Gabriela invadiram seu pescoço, e as mãos apertaram seu corpo firme, de um jeito que só Gabriela fazia. Mesmo quando a apertava, não lhe causava nenhuma dor ou desconforto, tudo era macio e suave como nunca havia sido.

— Me leva pra sua cama. – Camila sussurrou, já parecendo se conter.

Camila recebeu o olhar de Gabriela que esperava desde a primeira noite, na piscina. Finalmente, os olhos famintos olhavam para ela. Naquela noite, naquele momento, aquele olhar e aquele sorriso que prometiam maldades eram exclusivamente para ela. Gabriela guiou seu corpo para dentro do quarto e a deitou na cama sem rodeios, também retirando a camiseta que vestia. Camila suspirou ao ver o corpo de Gabriela. Sem aquela camiseta, Camila pôde ver o que as roupas escondiam. Tinha absolutamente tudo no lugar e bem definido. Era a cena mais sexy que Camila já havia visto. Tudo parecia minuciosamente projetado para fazê-la ter os pensamentos mais maliciosos.

Gabriela foi por cima, deslizando a mão pelas costelas de Camila. Atrevidamente, ergueu seu corpo apenas o suficiente para levar a mão direita até suas costas e abrir o seu sutiã em um segundo, como se fosse profissional naquilo. As mãos eram extremamente habilidosas, como se fizesse aquilo com frequência há anos. E provavelmente fazia, Camila pensou. Levou os dedos até as alças da peça e a retirou devagar, quase pedindo permissão. Camila ergueu os braços, consentindo, e os seios ficaram à mostra.

Gabriela parecia querer apreciá-la antes de qualquer coisa. Camila se sentia linda, via o sorriso nos lábios de Gabriela como se estivesse diante de uma obra de arte. Sentiu as mãos descerem até sua cintura e a observou enquanto retirava apenas a calça jeans que usava, deixando a calcinha intacta, o que lhe pareceu mais uma novidade no quesito "encontro" e um progresso. Parecia não ter pressa e o foco era Camila, totalmente. Gabriela avançou sobre o seu corpo novamente e a beijou, com o puro intuito de excitá-la ainda mais. Camila já sentia a umidade dentro da única peça que ainda lhe restava e ofegava sobre os lábios de Gabriela, deixando os dedos deslizarem pelos seus ombros. Sentiu seus dois braços serem guiados acima da cabeça e os pulsos presos pela mão esquerda de Gabriela, enquanto a direita deslizou corpo abaixo, até alcançar seu sexo, por cima da calcinha. Deixou os dedos  deslizarem e sentiu o corpo de Camila vibrar pela provocação. Guiou os dedos devagar para dentro da peça, pedindo por uma reação que veio imediatamente; Camila ofegou, de olhos fechados, e comprimiu os lábios contendo um gemido mais alto.

— Você quer? – Gabriela sussurrou no seu ouvido.

— Quero. Muito. – Ofegou forte.

Os dedos continuaram deslizando para dentro, até alcançar o clitóris e arrancar um espasmo delicioso. Gabriela passou a massagear devagar, apreciando os gemidos que Camila mal podia conter. Queria fazê-la pedir por mais. Camila ainda tinha os punhos presos pela mão de Gabriela e não conseguia conter as sensações que sentia.

— Não me tortura. – Camila pediu, mordendo os lábios.

— Pede. Pede o que você quer.

Camila abriu um sorriso que adorava a provocação e o tom rouco de Gabriela próximo ao seu ouvido.

— Me come, Gabriela. Me fode.

Gabriela soltou seus punhos, ajoelhando na cama. Tinha um sorriso malicioso que deixava a dúvida do que faria. Posicionou-se no meio das pernas de Camila e as mãos alcançaram a calcinha, já visivelmente molhada. Retirou a peça devagar e a jogou no chão, arqueando a sobrancelha, satisfeita com a cena que via. Camila estava nua, completamente nua e pronta. O corpo remexia de leve involuntariamente, implorando para que continuassem.

Sob Nossas Peles (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora