Capítulo 32

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O barulho da água logo foi cortado pelo corpo de Camila, adentrando à corrente e trazendo Gabriela consigo. As duas carregavam um sorriso que se provocavam, já sem uma única peça de roupa. Camila avançou sobre Gabriela, colando as bocas novamente em um beijo que encaixava tão perfeitamente que só fazia o seu apetite aumentar.

— Você não faz ideia... – Camila sussurrou, entre beijos que dava incansavelmente nos lábios molhados de Gabriela. – Não faz ideia de como eu senti falta disso.

Gabriela sorriu, se aproximando devagar e laçando a cintura de Camila com carinho.

— Eu nunca mais vou te deixar ir embora.

A frase saiu com determinação e arrancou um riso baixo de Camila.

— E pra onde mais eu iria? Aqui é muito mais interessante que qualquer outro lugar.

— Ah, é? – Gabriela perguntou, arqueando a sobrancelha como se estivesse gostando do que ouvia.

Camila assentiu com a cabeça, fingindo despretensiosidade, enquanto deslizava os dedos pelo braço de Gabriela, até alcançar sua mão, e a guiou até o seu corpo, deslizando um dos dedos por toda a extensão do seu sexo, já molhado.

— Só você... – Camila interrompeu com um gemido baixo, e a respiração cortava ao sentir o toque na região, que já estava sensível. – Só você me deixa assim.

Gabriela respirou pesado, sentindo a umidade entre as pernas de Camila, misturado à água que escorria pelo seu corpo, e sorriu, beijando seu ombro com carinho, mas a expressão logo deixou de ser inocente e gentil e tornou-se maliciosa. Gabriela tomou a cintura de Camila e girou seu corpo, colocando-a contra o box. Camila sorriu satisfeita, sem se importar em sentir o vidro gelado contra o seu corpo.

— Tá com raiva de mim? – Camila perguntou com um tom malicioso.

— Um pouco. – Gabriela aproximou-se, sussurrando ao pé do ouvido de Camila. – Você tá?

— Pra caralho. – Camila respondeu com a respiração pesada, e lançou a mão direita para trás, alisando os cabelos de Gabriela, enquanto sentia o corpo arrepiar pela certeza do que aconteceria naquela posição.

Gabriela aproximou-se mais uma vez, mordiscando o ombro de Camila levemente com um sorriso, e beijando suas costas, deslizando a boca pele arrepiada e molhada. Camila arfava ao sentir a língua quente percorrendo o seu corpo, provocando cada instinto dentro de si. A mão esquerda de Gabriela passeou devagar pela barriga, subindo até encontrar o seu seio e agarrando-o com firmeza, e a direita permanecia firme sobre sua cintura.

Camila gemeu fraco, tomando a mão de Gabriela por cima da sua e apertando com força.

— Não me tortura, não, por favor... – Pediu, com a voz manhosa.

Gabriela riu fraco, afastando-se por um segundo, e voltando a colar os corpos, dessa vez com certa brutalidade. Beijou a nuca de Camila, mordiscando a pele levemente, e deixou que a mão direita deslizasse corpo abaixo, para que sentisse o percurso que fazia, até que ficasse entre as pernas de Camila, guiando seu corpo para cima e fazendo com que empinasse o quadril, descolando o seu corpo do box parcialmente.

— Empina essa bunda pra mim. – Gabriela pediu em um sussurro, roçando os lábios ao pé do ouvido de Camila e lhe causando um arrepio pelo toque e a frase.

Camila mordiscou o próprio lábio, atendendo ao pedido com um sorriso malicioso e um pouco tímido, mas a expressão mudou assim que sentiu o toque ainda mais firme entre suas pernas. A respiração cortou ao sentir os dedos deslizando pelo seu sexo, penetrando devagar e acompanhando a reação de cada centímetro, entre contrações e espasmos. Camila ofegava e tentava conter os gemidos que pediam por mais, mas logo conter os instintos tornou-se impossível. Quando sentiu ser totalmente preenchida, os gemidos ficaram intensos e mais altos a cada investida, que Camila acompanhava movimentando os quadris discretamente. Camila mordia o próprio lábio, respirando pesado e sentindo os movimentos dentro de si cada vez mais precisos e determinados. Gabriela alternava entre movimentos rápidos e lentos, provocando Camila como se quisesse levá-la ao limite, e Camila sabia disso, sabia que Gabriela conhecia o seu ponto G de olhos fechados. Sorria involuntariamente, apreciando cada segundos dos poucos minutos que aguentou naquela posição, até que o corpo indicasse que não demoraria à gozar.

Sob Nossas Peles (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora