Pov's Malia
O dia foi puxado e foi um ótimo dia para o primeiro dia. Quando estava no horário de almoço a Gabi me ligou, avisando que já estava a caminho de Angra. Ela me chamou para ir, porém não deu. Tenho trabalho e não posso viajar assim do nada.
Quando saio do trabalho passo em casa e tomo um banho, vesti uma roupa e sigo em direção a uma loja de lingerie. Eu precisava comprar umas novas e as daquela loja me chamaram atenção.
Quando estou na rua de casa, vejo uma espécie de briga na rua. Que porra é essa? Caminho para mais perto e vejo o Gael batendo nos seguranças! Mais que diabos!
Certifico que o Gael está bem e chamo ele para subir. Abro a porta do apê, e ele entra.
- Eu vou pegar sua camisa, pode sentar aí. - digo jogando as minhas compras de qualquer jeito no sofá. Entro no quarto vendo a camisa dobrada no meu closet.
Saio do quarto e vejo o Gael com a minha lingerie preta nova na mão e as outras espalhadas no chão.
- Gosta de preto? - ele perguntou com um sorriso malicioso.
Olho para ele incrédula tentando entender a situação. - o'que você está fazendo!? - corro para o chão cantando tudo e pondo na sacola. Tomo a que está na mão com um certa brutalidade guardando também. - Quem te deu o direito de mexer nas minhas coisas?
- eu não mexi em nada, você que jogou e acabou caindo no chão, eu só peguei para tentar ajudar.
- que seja, toma sua camisaEntrego para ele tentando esconder meu rosto coroado e um pouco bravo. Por que eu não guardei no quarto? - Você pode me explicar que confusão era aquela na porta do meu prédio?
- seu não, Predio onde você mora. O porteiro que não deixou eu entrar, então ele veio pra cima e eu caí na porrada com ele.
- Vou conversar com ele, aquele ali era o porteiro noturno, ele é chato e grosso, o outro é muito mais simpático e receptivo. - Digo. - bom, posso fazer uma pergunta?
- pode, mas não garanto que irei responder.- Ele diz.
- você conhece algum restaurante bom por aqui? Eu estou com preguiça de cozinha, mas quero comer comida boa.
- quando você diz boa, que dizer cara? - confirmo com a cabeça. Querendo ou não, comida boa é cara.
- Você é bem esnobe né? Conheço vários restaurantes bons e baratos. - ele diz, como se pudesse ler meus pensamentos.
- Dúvido, pela região só tem lugar caro.
- se veste. - ele manda
- o'que? - como assim se veste?
- É. Você não duvidou? Então, agora vou te mostrar. Vai tomar banho ou trocar de roupa, vou te esperar lá embaixo no carro. - diz, levanta e sai.
Que porra foi essa rapaz?
Será que eu vou? Acho melhor sim né?
Levanto, tomo um banho rápido, e visto uma roupa. Pego meu celular, minhas coisas e desço, acho que demorei meia hora ou algo assim.
N/A (Roupa)

tranco tudo e desço ao encontro do Gael. Atravesso a rua para entrar no carro vendo o Gael encostado olhando o relógio com uma cara de impaciente.
- finalmente! Entra já demorei demais aqui. - entro no carro.
O Gael entra e começa a dirigir para um lugar que eu não faço a menor ideia de onde seja. Ele tá cortando todos os carros e acelerando bastante. Pra que correr tanto assim? Depois morre e eu tenho que ficar investigando o motivo da morte, e,por que ele causou um acidente que provavelmente vai matar um homem e deixar uma mulher ferida. Eu juro que se ele soubesse que sou uma policial eu mandava prender ele agora.
Aliás, por que eu não conto? A é... eu mentir que era cantora, se eu contar ele vai achar que eu sou uma mentirosa.
Sou tirada dos meus pensamentos com o Gael parando o carro em um restaurante que vende comida caseira.
Descemos, e foi um pouco difícil de estacionar,Estava tudo simplesmente lotado.
Quando chegamos na entrada um homem explicou pra gente que não tinha mesa. O Gael pediu para eu voltar para o carro e assim eu fiz. Dizendo ele que "vai da um geito".
Fico uns 40 minutos no carro, até ver o Gael vindo com várias sacolas de lanche ou algo assim.
- Tive que comprar para viagem, mas não vamos comer aqui. - ele diz ligando o carro e dando partida.
- o'que estamos fazendo na praia uma hora dessas?- perguntou quando ele estaciona o carro na orla.
- você vai ver. Vem.
Descemos do carro e caminhamos junto com as sacolas em direção a areia. A praia está com pouco movimento. Caminhamos até uma área mais deserta, várias pedras que iam da areia até o mar.
Subimos na pedra mais alta e sentamos. O Gael pegou a comida e abriu a sacola na maior "delicadeza".
- O que é isso?
- filé de Oswaldo de Aranha.- ele responde
- Nunca comi, parece ser bom. - Pego os pratos e talheres que veio e começou a me servir. O Gael faz o mesmo.
- Como é salvador? - ele pergunta depois de alguns minutos em silêncio.
Termino de comer e respondo:
- é bom, eu acho. Eu nasci e cresci lá, então não sei explicar muito bem.
- Em que parte de Salvador você morava?
- Na Graça. - ele faz uma cara de nojo. - A qual foi, eu sei que é área nobre, mas não me julgo por isso.
- Eu nasci e cresci na favela com muito orgulho. A Gabriela sempre sonhou em morar no Leblon ou em qualquer lugar de gente rica. Desde novinha é toda fresca. Sempre queria aquelas Barbie caras, gostava de tomar Danone e de usar um lenço no pescoço porque dizendo ela, é coisa de gente chique. - ele ri ao lembrar da memória. - já eu nunca fui assim, sempre gostei de andar descalço, jogar bola e brincar na rua.
- Eu gostava de brincar, mas meus pais nunca deixavam. Sempre quando podia sair por 15 minutos no fim de semana era só para descer para o parquinho do prédio e com minha irmã junto. - digo ao me lembrar da megan. Ela é minha irmã só por parte de pai, mas sempre morou comigo. Ela é mais velha e muito mais resolvida.
- Você tem irmã?
- sim, depois que ela cresceu ela vive viajando, então não temos muito contato.
- Eu nunca conseguiria ficar longe da minha irmã. Ela é simplesmente tudo pra mim. Depois que meus pais se foram eu sinto como se tivesse que proteger ela de tudo e todos.
- O que houve com seus pais? - pergunto dando mais uma garfada na comida. - ele pareceu ficar desconfortável. - que dizer... tudo bem não precisa falar eu sei bem como é ter que tocar em assuntos delicados.
Ele me dá um meio sorriso e volta a comer.
Continua....
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𝐩𝐞𝐫𝐟𝐮𝐦𝐞 𝐃𝐞 𝐁𝐚𝐧𝐝𝐢𝐝𝐨
Random"Você foi meu inesperado mais esperado" Gael é o dono do complexo do Alemão. Um homem que não pensa em relacionamentos, muito menos, com uma pessoa tão diferente do seu mundo. Malia é uma policial que passou para a bope do Rio de Janeiro. Ela é uma...