Pov's MaliaDepois de fazer a limpeza do curativo da Maya, fecho o quarto onde ela irá ficar e vou até o meu.
Entro e o Gael está mexendo no celular. Me jogo em cima dele e o mesmo geme de dor.
- você não é sacola plástica não filha. Tu pesa sabia? - rio.
- podemos conversar? - pergunto e ele larga o celular na mesmo hora me olhando assustado. - que foi? Por que fez essa cara?
- sei lá. Você não se arrependeu de aceitar se casar comigo não né?
- oque? Claro que não! Não é nada disso. Eu só queria conversar sobre tudo isso sabe?
- oh, sim. Que susto. Pode falar. Oque passa nessa sua cabeçinha?
- é sobre a Luiza. Você ouvio oque ela falou?
- vagamente. Quando eu cheguei você já estava grudada igual sangue suga no cabelo dela. E afinal oque ela queria? Achei que ela estivesse presa.
- ela perdeu o bebê, e queria sua ajuda. Eu até deixaria ela falar com você no dia seguinte, até porque ela perdeu um filho, mas quando ela falu que-
- falou oque?
- que eu nunca poderia te dar um Herdeiro, e que por isso você iria arrumar outra.
- Malia... eu nunca te trocaria. E Você sabe que eu não quero ter filhos. Tenho medo de um dia ser com ele, como meus pais foram comigo.
- mas eu sim. Eu sei que não posso e já aceitei isso, mas quando alguém toca nesse assunto, eu fico fora de mim.
- eu te entendo. Não liga para oque aquela maluca falou. Se depender de mim ela nunca mais pisa os pés aqui. Vou mandar alguns caras irem atrás dela e da um geitinho.
- Gael, como vai ser? A gente vai se casar no cartório? E nossos sobrenomes?
- onde você quer se casar?
- sei lá. Não me importo muito. Estando ao seu lado eu me caso até aqui em casa. - rio fraco.
- Pode ser um casamento na praia. Simples e só para os mais próximos.
- pode ser. Eu gosto de casamentos na praia. E o nosso nome?
- Amor eu faço tudo que você quiser. Subo montanhas e vou até a lua de joelhos, mas não me peça para usar o Guimarães.
- eu te entendo. E também não quero. Não me importo de usar o seu sobrenome. Até porque o Marralo ainda está com aquela ideia de me registrar.
- a propósito, como vocês dois estão? Tem falado com ele?
- antes dele ir com a mamãe pra Salvador a gente conversou no hospital. Foi um pouco estranho, mas ele me contou tudo. Ele disse que está tudo bem se eu não me sentir confortável de chamar ele de pai, mas que ele já me reconhece como filha. E falando nele, eu tenho que ligar para contar a nova.
- sim. É bom você contar com ele longe, porque assim eu não corro o risco de ser assassinado. - ambos rimos.
Um barulho bem alto é ouvido e eu e Gael nós entreolhamos. Gael me tira com cuidado de cima dele e abre a gaveta da escrivaninha, pegando sua arma.
Levanto junto com ele e saimos do quarto com cuidado.
Descemos a escadas e vimos Gabriela chorando horrores e Felipe arremessando um abajur na parede.- que porra é essa?
- oque está acontecendo? - vou até a Gabi. - por que você está chorando?
- Gabriela oque aconteceu? - Gael pergunta tão confuso quanto eu.
- eu estou grávida! - ela confessa e eu e o Gael nos entreolhamos inadreditados.
- que história é essa? Quem é o pai Gabriela? - Gael pergunta furioso.
- Gael calma, não é hora de se descontrolar. Vamos manter a calma.
- Que calma oque Malia! Fala logo Gabriela!
- é o Felipe. - ela confessa um pouco baixo, mas nós dois ouvimos.
Puta merda!
O Gael o olha com fúria, mas ao mesmo tempo confuso.
- Gael calma. - tento evitar oque está por vim.
- Filho da puta! - Gael vooa em cima de Felipe que se defende com a mesma força.
Entro no meio dos dois, jogo arma que está na mão do Gael no chão e tento afastar o Gael que a todo momento xingar e tentar bater no Felipe.
- como você teve coragem de fazer isso? Ela é minha irmã cara! Você tá maluco?
- para de falar como se eu estivesse estrupado ela. Sua irmã é adulta, e eu não forcei ela a nada. E sinceramente não acredito que eu seja pai. Não pego sua irmã a tempo, e na pista, ela tá mais rodada que catraca de busão.
- desgraçado! - Gael tenta novamente avançar, mas eu o seguro.
- Gael para por favor! - Gabriela chora mais. - ele não tem culpa. Eu que me descudei e não tomei o remédio, mas eu posso tirar.
- tirar? Você tá doida. Não vai aborta filho meu nenhum! - Felipe grita com ela.
- essa decisão é dela Felipe. - digo. - está todo mundo tenso, vamos relaxar um pouco, e depois conversar com calma que nem adultos, sem aremeçar coisas, ou bater um nós outros.
- não tem conversar Malia. Se esse filho for meu, ela não vai tirar. Se ela não quiser ficar, eu crio meu filho.
- porra sai daqui Felipe. Deixa eu conversar com a minha irmã. - Gael tenta se acalmar.
- eu não vou pra lugar nenhum!
- Felipe, acho melhor você ir. Você e o Gael estão alterandos e não é hora de vocês dois conversar. - tento tirar ele dali.
- você estragou tudo! - Felipe diz diretamente para Gabriela antes de sair.
Do que ele estava falando? Ignoro isso e vou tentar limpar os dois abajur quebrado.
Gael chama a Gabi para conversar lá em cima e pede para eu esperar aqui. A Maya vem devagar e um pouco apreensiva ao meu encontro.
Coitada, ela deve ter ouvido a gritaria, e se assustou. Pego ela no colo e vou até a cozinha. Talvez não seja legal ficarmos aqui agora.
Esse é um assunto delicado, e entre eles. Se eu ficar, acho que só cou gerar mais confusão.
Continua....
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𝐩𝐞𝐫𝐟𝐮𝐦𝐞 𝐃𝐞 𝐁𝐚𝐧𝐝𝐢𝐝𝐨
Random"Você foi meu inesperado mais esperado" Gael é o dono do complexo do Alemão. Um homem que não pensa em relacionamentos, muito menos, com uma pessoa tão diferente do seu mundo. Malia é uma policial que passou para a bope do Rio de Janeiro. Ela é uma...