capítulo 10

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Pov's Gael

Eu e a loira ficamos conversando mó tempão. Ela é até legalzinha. Por algum motivo eu consigo conversar de boa com ela. Nesse exato momento ela está me contando de uma vez que ela tinha 7 anos e jogou o peixe da irmã dela na piscina, porque achou que assim ele teria mais espaço para nadar.

- meu deus, não acredito que você fez isso! - dou uma gargalhada alta.

- Por favor não me julgue, eu só tinha 7 anos, como eu ia saber que na piscina tinha cloro? - ela ri também.

Depois de altas conversas desse tipo, levei ela pra casa e subi pro morro. Amanhã vai rolar um baile aqui e eu pedir pra ela encosta, mas não acho que vai vim.

Sem os mulekes nem a Gabi, seria bom ter a Malia por perto. Espera por eu quero que a Paty venha pra cá? Eu em, to doidão já, melhor ir dormir.

[..]

Pov's Malia

Onde é o cu da cobra?

E se tudo que está atrás da gente desaparece quando viramos de costa, e quando voltamos reaparece?

E se a luz no fim do túnel e na verdade a luz da sala de um hospital, por isso nascemos chorando, estamos lembrando da nossa vida antiga?

E se estamos em coma e tudo isso é fruto da nossa imaginação?

- terra chamando malia? - a minha parceira chama minha atenção.

- Foi mal, eu viajei, o'que você estava dizendo?

- que temos uma ocorrência agora, no morro do jacarezinho, os traficantes de lá fizeram 3 famílias de refém. Vamos rápido. - ela me aparece.

Termino de pegar minhas coisas e entro na viatura. Eu, Isis e o ribeira vamos em direção ao morro. Quando chegamos lá já vemos a movimentação logo na entrada. Paramos a viatura e descemos.

- iai como tá? - pergunto ao comandante.

- Tá tudo na mesma, estamos tentando uma negociação a 1 hora, mas eles estão relutantes. A imprensa já chegou e está nós pressionando.

- como aconteceu? - Isis pergunta.

- os suspeitos estavam com droga, fugiram e entraram aqui, fazendo, ao que os moradores falaram, 3 famílias, composta por 5 mulheres, 2 homens e 3 crianças.

Quando íamos avançar ouvimos o barulho de 2 tiros. Pessoas começaram a gritar e se afastar. Ajeito minha bandoleira e corro com os outros. Vimos 2 bandidos pulando o muro da casa enquanto o outro saia pela porta da frente. Corro atrás do dos dois que pularam pelo muro junto com a Isis.

Enquanto eles correm, atiram contra a gente. Revidamos nos escondendo. Fiz um sinal pra Isis ir atrás do de camisa azul enquanto eu ia atrás do de vermelho.

Ele passa pelos becos e vielas do morro, enquanto eu fasso o mesmo atirando. Ele acaba entrando em um beco sem saída.

- calma ai moça eu sou inocente eu juro. - miro a arma para ele, e ele faz o mesmo com uma pistola. Antes que ele pudesse atirar eu dou dois tiros na sua cabeça, fazendo o mesmo cair.

Missão cumprida. Dou um toque no rapidinho pedindo pra mandar uma ambulância.

Vejo o outro pulando o muro de uma casa. Miro a arma na cabeça do mesmo, dou um tiro, fazendo ele cair.

Bandido bom, é bandido morto. Vagabundo que mata e rouba pessoas inocentes tem que morrer mesmo.

Não entra na minha mente como tem meninas que gostam desse tipo de cara. Eu bato no peito e digo com o maior orgulho que eu nunca, me envolveria com um homem desses.

Volto para o lugar de encontro com os outros oficiais dando a minha versão do ocorrido.

- okay Guimarães, foi legítima defesa, o suspeito morreu em confronto. Vou passar pra imprensa. - o coronel diz.

Saio do morro e vou para outra ocorrência. O Gael me chamou ontem para um baile que vai ter lá. Acho meio arriscado fica indo lá, mais eu também quero me divertir.

Meu pai me ligou ontem a noite, falando a mesma merda de sempre. Eu só quero esvaziar a cabeça um pouco.

Continua...


𝐩𝐞𝐫𝐟𝐮𝐦𝐞 𝐃𝐞 𝐁𝐚𝐧𝐝𝐢𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora