CAPÍTULO 07

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Bianca ainda se sentia em êxtase com o toque da outra. Seu corpo parecia estar em chamas, seus lábios ainda formigavam. Com as pernas bambas se pôs de pé.

— Mãe, é-o que faz aqui a essa hora? — Com o rosto pálido, Bianca juntava forças para formular alguma palavra coerente.

Dona Mônica olhou rapidamente para a loira sentada no sofá. Rafaella fingia ler algo na agenda de trabalho de sua chefe, em uma tentativa falha de amenizar seu nervosismo.

— O seu pai acha que sou pombo correio e me pediu para te entregar isso. 

A mulher mais velha estendeu a pasta para Bianca, que rapidamente pegou com as mãos trêmulas. Sua mãe não tocou no assunto, e a carioca agradeceu, pois significava que a mulher não tinha visto nada.

— Preciso falar com você. Sobre o jantar que terá em casa hoje. — a mais velha olhou para Rafaella sentada no sofá — Em particular, sem funcionários por perto.

A loira ao ouvir aquilo se pôs de pé. Pegou tudo que estavam usando na mesinha de frente ao sofá.

— Vou deixá-las a sós. Com licença Senhora Andrade, com licença Bianca.

E antes da porta se fechar atrás de si, Rafaella escutou a mais velha dizer:

— Você deixa sua funcionária te chamar pelo nome? Você tem que exigir mais respeito minha filha.

A loira se sentou atrás de sua mesa. Seu corpo estava tenso. O gosto de morango da boca da outra ainda estava em seus lábios e seu coração batia rapidamente.

Se perguntava o que aconteceria dali pra frente. Bianca a demitiria pela ousadia? Mas ela parecia tão entregue aos seus toques. Será que ela também tinha gostado?

Sorrindo passou delicadamente as pontas dos dedos sobre os lábios. Foi tirada dos pensamentos com o telefone tocando em sua mesa. 

— Escritório de Bianca Andrade, boa tarde... Sim, esta marcado para o dia onze de março, às três da tarde... Eu que agradeço. — encerrou a ligação

Dez/quinze minutos depois, Bianca e sua mãe sairam de sua sala. A Andrade mais nova, não estava nada bem com o jantar que teriam mais tarde, mas a casa era de seus pais, o que poderia fazer? Nada, tinha que somente aceitar e participar.

— Rafaella.

A secretária olhou rapidamente para a chefe. Bianca já estava com a sua bolsa e o casaco em mãos. O que significava que já estava de saída.

— Eu já estou de saída. Você também já pode ir. — a morena falava séria, com profissionalismo na voz. — Te vejo amanhã pela manhã. Boa tarde!

— Sim, senhora. Boa tarde!

Mônica que esperava impaciente, falava com o marido ao telefone. A mulher chamou o elevador e aproveitando que a mãe estava de costas, Callie sorriu pela primeira vez desde que saiu da sala com a mãe.

Rafaella se sentiu mais aliviada com aquilo. Andando apressada até a caixa metálica, que acabou de se abrir, a carioca entrou, e seus olhos não saiam de Rafaella até o mesmo se fechar.

....

— Terminei — disse Malu com a sua voz infantil.

— Deixe-me ver se esta correto.

Gizelly que estava sentada no banco alto da bancada, ao lado da sobrinha, pegou o caderno. A morena estava ensinando a menina a escrever alguns nomes de frutas e animais, e Malu estava adorando. 

— Olha só, temos uma menina super inteligente aqui. — Gizelly apertou suas bochechas — Agora escreva laranja.

Assim Malu fez, a menina forçou o punho e com os olhos bem próximos do caderno começou a escrever.

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