CAPÍTULO 40

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Bianca

Eu me encontrava em um estado de preocupação. Tinha quase três dias que a loira não atendia as minhas ligações, e quando respondida minhas mensagens me parecia distante, e demorava quase horas para responder algo simples. Me perguntava o que eu tinha feito de errado, pois da última vez que nos falamos por chamada de vídeo estavamos bem, o que tinha mudado?

Ainda faltava mais um dia para ela voltar, e parecia não chegar. As coisas na empresa estavam uma loucura sem ela, eu sempre me virei sozinha, mas depois que contratei a loira de covinhas, as coisas parecem não fluir sem ela aqui. Deixo os documentos que analisava de lado e observo a bela paisagem de minha grande janela. O celular em minha mão toca, e acabo sorrindo quando vejo que é Rafaella.

- Boa tarde, Bianca. -sua voz soa triste e distante

- Boa tarde, amor. Você esta bem?

Um silêncio se instala na linha, e eu respiro fundo dando o seu tempo. Eu sei que a situação de sua mãe tem mexido com ela, então terei toda paciência do mundo com a minha loira.

- Sim... Queria te pedir um favor.

- Quantos quiser meu bem. -e pela primeira vez ela solta um risadinha, não é a gargalhada gostosa que gosto de ouvir, mas já é um passo.

- Preciso de mais dois dias aqui... Meus pais precisam de mim, depois pode descontar dos dias perdidos.

- Não será necessário... Pode parecer egoísmo, mas eu estava ansiosa para te ver.

Silêncio.

- Também queria te ver...eu preciso desligar... Bianca?

- Sim.

- Me desculpa, eu não sei o que fazer - ela funga, eu não sei exatamente por que ela pede desculpas - Eu te amo muito nunca se esqueça disso, tá?

- Rafaella, por que ta me pedindo desculpas?

- Eu preciso ir, amo você.

- Também amo você. - e a ligação é encerrada.

Passo o resto da manhã tentando entender aquela ligação com a minha namorada. Depois disso não nos falamos mais, e sentimento ruins tomavam conta de meu corpo. Por mais que não quisesse aceitar algo dentro de mim dizia que algo estava errado.

Às 17:00 peguei Cris no colégio e fui pra casa. Depois de meses recebi uma mensagem de Diogo dizendo que queria me ver, não respondi nenhuma e fui tomar um banho quente.

A minha noite foi longa e parecia que nunca iria clarear para me levantar. Meus dedos mexiam na galeria de meu celular nas inúmeras fotos de momento entre Rafaella, eu e as crianças. Perco tempos ali, e quando percebo já está na hora de me levantar.

- Vamos meu amor. -digo ao meu filho que enrola para sair de casa. Eu já me encontro na porta com as minhas coisas, e sua mochila.

Com a cara de sono e todo arrumadinho dentro do uniforme escolar, Cris finalmente caminha até o elevador ao meu lado.

Eu não estava nada animada por diversos motivos. E um deles era por ser a semana que Mag tinha falecido, e nessas datas fico mais sensível. Pode parecer egoísmo de minha parte o que vou dizer agora, tendo a mãe de Rafaella nesse estado, mas eu queria que a minha namorada estive ao meu lado, ter os seus braços para me aquecer e as suas palavras de carinho para me confortar.

[…]

Antes de sair para o almoço tentei entrar em contato com a loira, mas tocou, tocou e nada. Deixei uma mensagem e resolvi sair para almoçar com Bruno e Mari. Nós três fomos até um restaurante ao ar livre e de muito bom gosto que servia comida italiana.

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