CAPÍTULO 20

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Depois do caloroso abraço, Rafaella se afastou do pai sem deixar o sorriso sair de seus lábios. Estava feliz em vê-lo ali a sua frente, mas se perguntava o porquê da visita repentina e sem aviso algum, pois tinha falado com o homem a alguns dias atrás, e ele não tinha dito nada sobre uma visita.

— Papai, essa é Bianca, minha namorada. — apontou para a carioca que mantinha um sorriso nos lábios, e analisando o homem a sua frente discretamente.

— Então você é a famosa Bianca, a mulher que roubou o coração da minha menininha. — brincou o mais velho apertado a mão da nora.

— Essa sou eu. — sorriu a morena mais uma vez —Fico feliz em finalmente conhecê-lo senhor Kalimann.

Rafaella tinha os braços em volta do pai e cabeça no peito do mesmo. Bianca olhava admirada com a cena.

— Nada de senhor Kallimann, apenas Sebastião. E quem é essa garota bonita?

Iris sorriu agradecendo pelo elogio. E prontamente apertou a mão do homem. Mônica que se afastou assim que percebeu de quem se tratava chamou a filha de longe para irem embora, e Bianca não perdeu a oportunidade de chamá-la de volta.

— Mamãe, venha conhecer o pai de Rafaella. — disse a carioca com um sorrisinho de canto.

Sebastião quando percebeu de quem se tratava congelou no lugar. Ali estava a mulher na qual teve uma noite de prazer, depois de uma briga com a esposa. Quão pequeno o mundo chegava a ser? Fazia mais de quatorze anos, e nunca mais viu aquele rosto.

Com a cabeça baixa e um sorriso forçado nos lábios, Mônica se aproximou.

— Oi. — cumprimentou rudimente —Iris vamos, não podemos nos atrasar. —disse a mais velha puxando a sua caçula pelos braços. Nem deu tempo de Sebastião dizer alguma coisa, e Iris se despedir de todos.

Bianca sorriu sem graça pedindo desculpas, e logo caminharam até o estacionamento. Sebastião estava de carro, e Rafaella acabou dispensando a namorada. Se despedindo com um beijo nos lábios, Bianca foi para o seu carro.

Durante o percurso pai e filha conversavam, e o senhor Kalimann não deixou de notar o brilho nos olhos de sua menina.

— Eu vejo que você esta bem aqui nessa cidade. —comentou Sebastião sem tirar os olhos da rua movimentada.

— Sim, finalmente minha vida esta indo para frente. Malu esta conseguindo se enturmar com crianças de sua idade, não poderia estar melhor.

Kalimann sorriu segurando na mão da filha. Não demoraram a chegar na pré-escola frequentada por Malu, a menina foi só alegria ao ver o avô ali, depois de meses longe.

Ao chegarem na casa, Marcela ainda estava pra rua, a mulher tinha mandado uma mensagem avisando que estava lanchando com a namorada e que não tinha hora para voltar.

Sebastião se divertia com a neta que contava sobre o seu novo amiguinho de escola. Enquanto Rafaella preparava um café para eles.

— Vai me dizer o porque aparecer assim tão de repente? —perguntou a loira depois de servir o café para o pai.

— Achei que ficaria feliz com a minha visita. —sorriu o homem, recebendo um olhar indignado da filha —Eu e sua mãe brigamos, e eu aproveitei esse meio tempo para ver as minhas meninas.

Rafaella tomou um gole de seu café, e logo negou com a cabeça.

— Qual é o motivo dessa vez?

— Os de sempre. Eu acho que ela nunca me perdoou na verdade. — desabafou — Sempre que me atraso para chegar em casa, é motivo de desconfiança... Eu não seria capaz de fazer isso pela segunda vez, e da primeira apenas aconteceu porque ela me pediu um tempo, e eu me arrependo por ter feito isso.

— O senhor sabe como a mamãe é, ela não consegue segurar as palavras. Dê um tempo a ela.

Sebastião sorriu em concordância. Até pensou em entrar no assunto Monica Andrade, mas decidiu deixar quieto, era melhor assim, não tinha o porque de sua filha saber o rosto da mulher com quem traiu a sua mãe.

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PASSADAAAA!

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