"Alguns acreditam que o destino representa uma "força misteriosa que determina os acontecimentos na vida das pessoas, tanto nas suas vidas presentes como passadas". No mundo árabe, ouve-se falar em "maktub" que significa "já estava escrito" ou "tinh...
Depois de almoçar, Bianca estava em um parquinho em frente ao prédio de Rafaella com as crianças, mas teve que sair para pegar a irmã no treino de beisebol.
Assim que viu o carro da irmã estacionar do outro lado da rua, Iris se despediu das amigas e correu até a irmã.
— Pensei que o papai que viesse me buscar. — a menina jogou a mochila no banco de trás.
Bianca respondeu rapidamente uma mensagem de Rafaella e bloqueou o celular, colocando o carro em movimento.
— Chegou um amigo dele lá em casa e ele me ligou para vir te pegar.
— Call!?
— Sim.
— Eu ouvi a mamãe conversando ao celular com alguém hoje pela manhã.— Bianca olhou para a irmã em um pedido mudo para ela continuar. — Ela disse que vai me mandar para um colégio interno, pois seria o melhor a se fazer.
Bianca ficou pasma ao ouvir aquilo. À alguns anos atrás, Dona Mônica tinha entrado nesse assunto, e a menina tinha dito que não gostaria de viver em um outro estado sem a sua família. Então Bianca se perguntava o porquê desse assunto de novo.
— Você quer ir? — Bianca parou quando o sinal se fechou.
— Não! Eu não quero viver longe de vocês. Tenho os meus amigos, o meu time.
— Então você não vai, simples assim. — a menina olhou para a irmã que falava com tanta convicção daquilo.
Todos sabiam do gênio difícil que Mônica tinha, e tudo tinha que ser do seu jeito e ninguém ousava lhe desafiar. Mas Bianca desconfiava o do porque da mãe querer despachar a filha para longe. Se sua intuição estivesse certa, conseguiria manter a irmã por perto.
— Apenas confie em mim, maninha. — Bianca piscou para a irmã. — Vou te levar para conhecer uma pessoa.
Iris sorriu largamente.
Depois de conhecer Malu, Bianca achou justo Rafaella conhecer o Cris. E para a surpresa das duas , as crianças já se conheciam. Se lembram da tal amiguinha que o menino citou ter conhecido no parquinho? Então essa amiguinha "sem nome" era Malu.
Os dois tinham se dado super bem, e o pequeno Andrade tinha toda paciência do mundo com a amiguinha. E para a alegria de Bianca, Cris tinha se apaixonado por Rafaella, assim com ela se apaixonou por Malu.
Bianca e Malu, eram um grude só. A menina sempre estava dando beijinhos na carioca e a loira adorava a interação de suas meninas.
....
— Malu, adorou a sua irmã. — disse Rafaella sentada ao lado de Bianca no banco do parquinho.
Bianca olhou para a irmã que revezava entre balançar Malu, e Cris. A menina sempre foi apaixonada por crianças, e esse amor todo começou quando Cris nasceu e ela só tinha nove anos.
— Sim. E Cris está morrendo de ciúmes da tia. — Bianca riu do grande bico do filho. — Tenho um convite para te fazer.
Bianca segurou o queixo da loira e selou os seus lábios em um rápido selinho. Ato que não passou desapercebido por Iris. Além dos amigos de Bianca, ninguém mais sabia de seu relacionamento.
E Bianca planeja revelar primeiramente ao pai, pois se o mais velho aceitasse, teria o apoio ao contar para a mãe.
— Que convite? Eu aceito qualquer coisa. Menos assaltar um banco, pois tenho uma filha para criar.
Bianca soltou uma risadinha.
— Manoela e Mariana nos convidaram para ir à um barzinho que tem música ao vivo.
— Eu preciso ver com a Ma. Não sei se ela vai poder cuidar da Malu. — a loira olhou para a filha
— Você pode deixa-la em casa. Ana tomará conta de Cris, e ela não vai ligar em cuidar de Malu.
Rafaella olhou para a morena. Ela sabia o quanto era importante para a carioca que ela tivesse bom relacionamento com os seus amigos. Tinha visto Manu algumas vezes na empresa — já que ela trabalhava lá —, e Mari nunca tinha visto, mas a ideia de deixar Malu na mansão dos Andrade não parecia uma boa idéia. Por mais que acreditasse que essa tal de Ana cuidaria bem de sua garotinha.
— Melhor não, Bianca. Eu vou ver com a Ma.
— Ta bom. Vê certinho e depois me fala.
Ficaram mais um pouco ali brincando, e aproveitaram o máximo daquele tempo juntos. Conforme às horas foram passando, a temperatura foi caindo e Rafaella decidiu que era hora de Malu entrar. A garotinha tinha uma saúde frágil e facilmente adoecia.
Depois de encher o rosto da carioca de beijos e abraçar Cris e Iris, Malu segurou na mão na mãe pronta para voltar pra casa.
Bianca se despediu da namorada com um beijo na bochecha.
....
De banho tomado e roupa fresca, Bianca decidiu que era a hora de conversar com a mãe. Não sobre ela e Rafaella, contaria, mas primeiro resolveria o caso da irmã.
— Mamãe!? — Bianca entrou no quarto dos pais. A porta estava apenas encostada, ouviu a mãe gritar do closet. A carioca respirou fundo e entrou.
Mônica estava em frente aos inúmeros pares de sapatos de salto. Os cabelos úmidos, e o roupão em volta do corpo, denúncia que a mais velha tinha saido do banho.
— Preciso conversar com a senhora.
— Seja rápida. Preciso me arrumar para sair — a carioca mais velha olhou por cima dos ombros.
Andrade filha respirou fundo, pois aquele era um assunto delicado. Se suas teorias estivessem certas, abalaria a família toda, e principalmente seu pai e a sua irmã.
— Quem é o verdadeiro pai de Iris?
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