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Rafaella
- Não Malu, assim você machuca ele e você. -disse Bianca séria.
- Me pega Cris. -Malu ignorou a carioca. Bianca respirou fundo, todo mundo sabe que ela odeia brigar com as crianças, e os pequenos muitas das vezes tiravam aproveito disso.
Eu apenas fiquei em silêncio na minha. Estavamos em nosso quarto, Bianca e eu resolvendo algumas coisas pessoais, enquanto os dois faziam a sua bagunça por ali.
- Mali, o que eu acabei de te falar? -sua voz saiu mais séria fazendo a menina parar de querer se pendurar no irmão. -Você quer se sentar para pensar?
- Não, mamãe. -a pequena negou com a cabeça. Pude ver um sorriso querer se formar nos lábios da morena, mas ela se manteve firme. Toda vez que Malu a chamava de mamãe ela se derretia toda. Quando aconteceu pela primeira vez foi algo que partiu da pequena, que pegou todos de surpresa em um almoço que fizemos para Iris e Marcos.
-Ótimo. Você também Cris, sossega se não colocarei os dois para pensar.
Bianca logo volto para o meu lado na cama. Não tardamos a por os dois para dormir, logo cedinho Malu tinha uma de suas consultas de rotina, e tinha que estar bem descansada para uma manhã torturante de exames.
Depois de conversamos um pouco sobre o nosso dia acabamos dormindo também.
Na manhã seguinte acordamos mais cedo do que de costume. Devidamente pronta Malu dormia no colo da carioca enquanto aguardavamos Anna chegar para cuidar de Cris.
- Não acha melhor colocar mais um agasalho nela? Está bem frio lá fora. -disse a carioca olhando dócil para nossa princesa adormecida.
- Não, ela já esta bem agasalhada, e eu irei jogar a manta dela por cima depois. -avisei apontando para a manta cor de rosa em cima do sofá
Soltando um bocejo a carioca assentiu. Anna logo chegou e nós saimos, acabamos indo com o meu carro já que seria eu a dirigir, e o carro cheio de paranauê de Bianca era demais para mim.
- Papai estava cheio de ciúmes ao contar que Iris chamou Sebastião para assistir o final do campeonato do ano. -disse a carioca com a voz divertida.
Iris finalmente tinha dado uma chance de nosso pai conhecê-lo. Isso tinha acontecido a poucas semanas atrás, e desde então eles vem trocando mensagens diariamente.
- Já já ele se acostuma -digo a olhando pelo retrovisor. Estaciono o carro e pego nossas coisas, enquanto a missão da carioca é carregar nossa garotinha.
Malu não demora a ser chamada, e os exames começarem a serem feitos. A menina começa a ficar irritada como sempre, eu tento distrair a pequena dando a ela o celular da carioca colocando em um daqueles vídeos chatos de mulheres adultas imitando crianças que ela e Cris perdem horas assistindo.
- Amor? -sussurra Bianca quando a pediatra nos deixa sozinhas por breves minutos
- Oi.
- Não acho uma boa ideia deixar meu celular na mão da Malu não. -diz me deixando sem entender -Rafaella, e se ela entra na galeria e ver nossos nudes?
- Aaah -começo a rir -Deveria deixar trancada a galeria, porquê cê acha que o meu tem senha, meu bem?
- Não tinha pensado nisso.
- E não se preocupe, Malu não vai sair do vídeo -a tranquilizo deixando um suave beijo em seus lábios.
A doutora logo volta. Ela explica que Malu esta bem, e que tem apenas que continuar com os remédios diários e tomar cuidado com a friagem. A próxima consulta é marcada para o final do mês, e qualquer coisa podemos ligar para ela.
Stevens era a nova pediatra de nossa pequena, a loira alta era uma mulher muito gentil e doce. A mesma é casada à quase onze anos, e tem uma linda garotinha da idade do nossos gêmeos, chamada Sara. Depois de nos despedirmos da mulher, e de alguns funcionários que são muito carinhosos com a nossa menina, entramos no carro.
- Malu quer mamadeira, mamãe. -disse a pequena agora sentada no banquinho do carro, e Bianca se encontrava ao meu lado na frente.
- Minha filha, tem dias que você não pede isso. Você já é uma mocinha. -a olho pelo retrovisor vendo a pequena sorrir sapeca.
Tem quase um mês que finalmente consegui tirar a mania de Malu de dormir apenas depois de tomar a sua mamadeira, de início ela chorava muito e era apenas vencida pelo cansaço, mas depois ela mesma parou de pedir e dormia facilmente, então era estranho ela pedir isso depois de semanas.
- Mamãe, Luna quer mamadeira. - se dirige a carioca que me olha.
- Nem pensar Bianca. -digo já sabendo que ela era capaz de mandar parar em uma farmácia próxima e comprar a mamadeira. -não podemos fazer todas as vontades dela não.
- Tadinha Rafa, ela passou a manhã toda sendo picada por agulhas. Ela ta cansada. -justificou me fazendo negar com a cabeça.
- Você já sabe a minha resposta. -digo parando no semáforo.
Não tardamos a chegar em casa, enquanto Bianca ajudava Malu no banho eu preparava algo para comermos, já que trabalharemos daqui de casa hoje. Malu acabou dormindo, o que facilitou para trabalharmos mais a vontade, e por volta do meio dia eu sai para buscar Cris no colégio, pois acabamos dispensando Anna por hoje.
[…]
O dia estava mais fria que o normal. Era um feriado de sexta-feira e estava bem chuvoso. Marcela tinha acabado de pegar Malu para passar o dia com ela. Cris estava com o Sr Marcos e Iris na mansão. E dona Mônica, essa tinha sido expulsa da casa, eu não sei por onde ela anda, e nem faço questão de saber apenas quero que ela pague por tudo que fez.
O silêncio da casa era bom, há dias que nem sei o que é isso. As crianças falam o dia todo. Bianca tem a cabeça repousada no vão do meu pescoço enquanto dorme, sua respiração quente e tranquila me faz cócegas. Na tv passa Mistério no Mediterrâneo, com Adam Sandler e Jennifer Aniston. Dois grandes atores que gosto muito, Bianca e eu já assistimos umas três vezes esse filme, e eu não me canso dele.
Estava concentrada no filme quando o meu celular começou a tocar debaixo das almofadas. Com cuidado retiro o corpo quente da minha namorada de cima do meu, e pego o aparelho. Sinto o meu corpo gelar e minhas mãos tremerem quando vejo que é o meu pai. Algo dentro de mim dizia que o pior já tinha acontecido.
Me sento no sofá e tento controlar minha respiração.
- Papai, ela já se foi não é? Ela nos deixou...- fungo quando escuto a sua resposta...
- Sim minha querida, a sua mãe faleceu.
E um grito de desespero sai dos meus lábios, assustando Bianca que acabou de acordar.
- o quê foi Rafa?-pergunta a morena ao ver meu desespero. Papai pede para falar com a carioca, eu apenas vejo ela assentir enquanto me olha.
- Claro, senhor Kalimann. Tchau. -encerra a ligação deixando o celular de lado. - Sinto muito querida. -diz me puxando para os seus braços.
"Mesmo sabendo que ninguém vive para sempre, nunca estamos preparados para dizer adeus para aqueles que amamos. Essa dor que parece sufocar, que faz querer que o tempo volte, para um último abraço dar, pelo menos uma última vez a voz ouvir."
🗼
Saiam do tt, respirem, leiam, ouçam música, assistam, mas parem de dar ibope a quem não merece. Tudo sempre cai no cu da Rafa, e eu sei que dói, pq dói pra caralho em mim tbm, mas não vale a pena se desgastar. Vamos emanar amor e cuidar da nossa saúde mental.
Amo vocês.

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DESTINO
Fanfiction"Alguns acreditam que o destino representa uma "força misteriosa que determina os acontecimentos na vida das pessoas, tanto nas suas vidas presentes como passadas". No mundo árabe, ouve-se falar em "maktub" que significa "já estava escrito" ou "tinh...