CAPÍTULO 13

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Assim que chegou a recepção, Gizelly explicou a amiga que o pai tinha passado mal e estava sendo levado ao hospital por uma vizinha. A morena estava desesperada, pois era apenas ela e o pai, desde que sua mãe faleceu a dois anos atrás.

Rafaella pegou a filha nos braços, juntamente de uma mochila que Gi tinha preparado. Depois de agradecer a amiga, e Gizelly se desculpar mais uma vez, Kalimann subiu com a filha.

Se sentia mais aliviada por não ter acontecido nada com Malu, mas rezava para não acontecer nado com o pai da amiga. Podendo respirar melhor, Kalimann saiu do elevador, alguns outros funcionários daquele andar ficaram olhando para Rafaella, que tinha a filha o tempo todo com a cabeça em seu pescoço.

— Obrigado, Bella. — Rafaella agradeceu quando a jovem abriu a porta da sala de Bianca.

Bianca que estava sentada atrás da mesa, falando ao telefone — esse foi o motivo de não ter ido atrás da loira. Era uma ligação importante.— encerrou a ligação, a carioca olhou com o cenho franzido para a loira. Se preocupando em ter acontecido algo grave com a garotinha, Bianca se levantou.

— Ela está bem?

— Sim. Graças a Deus. — Curiosa por ter ouvido uma voz desconhecida por si, Malu tirou o rosto do pescoço da mãe. A garotinha mexia no pequeno brinco na orelha da loira, e com vergonha por ter a morena lhe olhando, Malu encostou a cabeça na cabeça da mãe.

Bianca olhou naqueles pequenos olhinhos verdes. A carioca via tanta familiaridade, era como se aquela pequena menininha, não fosse tão desconhecida assim por ela.

Malu ficou olhando para a carioca. As duas ficaram se encarando e Rafaella ficou apenas observando como a filha iria reagir. Malu era uma criança extremamente tímida e a cada desconhecido ela reagia de uma maneira.

— Moça bonita. — Malu levantou a mão e se esticando passou os dedos por cada detalhe do rosto da carioca. Bianca sorriu ao sentir os toques quentes e delicados. A carioca se aproximou mais, para a pequena Kalimann não se esticar tanto.

— Você é muito linda princesa. — Bianca sorriu,  e com cautela beijou as bochechas gordinhas de Malu.

— Mamãe também é princesa. — Malu sorriu sapeca. 

Bianca e Rafaella sorriram com a frase da menina.

— Sim, sua mamãe também é uma princesa. — Bianca sentiu vontade de beijar a loira em sua frente, mas se segurou por causa de Malu.

Sentindo os braços cansarem, Rafaella colocou a filha no chão. Malu logo agarrou nas mãos da mãe e olhou tudo a sua volta.

— Bianca, será que Malu pode ficar aqui? O pai da Gi não se sentiu bem, e ela foi encontrar com ele no hospital. — explicou a loira mordendo o lábio inferior.

— Claro que sim. Se não tivéssemos que terminar aqueles documentos ainda hoje, eu te liberaria. — Bianca piscou para a loira.

Depois de acomodarem Malu no sofá e deixar várias folhas para ela colorir, as duas voltaram ao trabalho, pois aquela pequena pausa, minutos antes de serem interrompidas, deu uma atrasadinha nos afazeres.

Horas e outras Rafaella olhava para a filha, apenas para checar se estava tudo bem. E Bianca não parava de reparar nas pequenas manias que a menina tinha quando desenhava. Como a mania de colocar a mão no queixo pensando — talvez pensando em um desenho para fazer —, os lábios entre abertos e as pernas dobradas em formato de borboleta. A mania de colocar a mão no queixo e as pernas dobradas, eram as mesma que a de Cris.

— Responda esse e-mail pra mim, por favor — Bianca virou o notebook para a secretaria. Rafaella assentiu.

Malu rabiscava folhas e mais folhas. Bianca se levantou e Rafaella acompanhou a morena por cima do notebook. Andrade se sentou ao lado de Malu, a menina continuou concentrada na folha e jogou as tranças para trás dos ombros

— Você é uma grande artista. Posso ver os seus desenhos?

Malu finalmente olhou para a morena, e sem dizer nada estendeu a folha para a morena ver. No centro da folha tinha apenas um grande rabisco marrom e verde

— Muito lindo, Malu.

— Obrigada — A pequena Kalimann sorriu, deixando os seus olhinhos ainda mais pequenos. Seus verdes olhavam Bianca com ternura.

Malu logo se arrastou até o colo da morena, Bianca sorriu com a atitude da criança. Malu logo pegou a folha e o lápis verde, começando a rabiscar.

Bianca sentiu seus olhos encherem de lágrimas. Ter Malu assim tão perto, a fez pensar como que seria se sua filha tivesse sobrevivido. Essa era uma parte de sua história que poucos sabiam. Foi tirada dos pensamentos com Malu tocando em seu rosto para mostrar o seu desenho.

Rafaella tentava se concentrar no e-mail, mas estava sendo meio difícil ao ver a sua filha e a sua namorada interagindo. Era bom para Rafaella ver que a filha tinha gostado de Bianca, pois imaginava um futuro com a mulher que estava completamente apaixonada.

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Eita atrás de eita! 

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