DESTINO

CAPÍTULO 48

9/10

Bianca

Tinha sido um final de semana daqueles. Minha mãe tinha sido presa finalmente, mas de certa forma isso me deixou mexida, me causando uma grande raiva por me sentir assim, pois a mulher me causou tanto sofrimento. E eu não deveria sentir por isso, ela apenas esta pagando por tudo que fez.

Iris sofreu com a sua prisão, ela fingia ser forte o tempo todo, mas eu a conheço bem o bastante para ver isso. Sebastião e papai estava sendo para ela o apoio, assim como eu e Rafaella. Falando na loira, estou planejando pedi-la em casamento. Estamos juntas à um bom tempo, vivemos uma vida de casadas, então nada mais justo que oficializar o nosso casamento.

Planejei algo bem simples e fofo. Dois dias atrás Rafaella comentou sobre o desejo de adotarmos um cãozinho. Ela tinha visto um enquanto passeavamos com as crianças pelo centro em uma feira, e o pequeno cachorrinho conquistou o seu coração e das crianças, e claro que o meu também, mas não comentei sobre, e deixei passar.

Na noite de ontem, enquanto assistíamos um filme acabei tendo uma idéia. Enquanto Rafaella preparava o almoço de domingo, eu inventei uma desculpa qualquer e sai com o carro sozinha. A loira não gostou muito da idéia, pois a refeição estava quase pronta.

Para a minha sorte, ou era o Destino me ajudando o abençoado cãozinho ainda estava lá. Agradeci a mulher, e aproveitei para entrar em um pet shop aberto e comprei tudo que o bichinho fosse precisar.

- Me parece assustado amiguinho. -falei para o mesmo que se encolheu assustado. - Calma, eu serei a sua mamãe, e terá outra mãe de sorriso encantador.

No caminho até o apartamento o cachorro se mantém em silêncio dentro de uma mala de transportar cachorros. Estaciono o carro, retiro do bolso do meu jeans o bilhete com o pedido e coloco na coleira vermelha em volta de seu pescoço.

- Pronto para conhecer a família mocinho? -pego a mala pela a alça, depois de fechar o carro, e ao entrar no elevador tento controlar o nervosismo.

Quando abro a porta de casa, tudo esta em silêncio pela sala.

- Querida cheguei. -grito imitando o pai da família dinossauros

- Meu Deus Rafaella, que demo... -Rafaella para ao ver o animalzinho dentro da mala. -Que coisa mais lindinha.

- É o nosso cãozinho, mamãe. -Cris vem todo saltitante atrás da loira juntamente de Malu que ajeita o seu óculos.

- Eu fui buscá-lo. -digo deixando a mala em cima do sofá. Rafaella olha apaixonada para o animal

- Venha com a mamãe meu amor. -ela tenta tirar o cão que se encolhe assustado.

Aproveito que a loira e as crianças estão de costas, e Rafaella preste a pegar ele nos braços, retiro a caixa de aliança do bolso do meu casaco.

- O que você tem aqui querido? -pergunta retirando o bilhete de sua coleira. As crianças passam a mão no bicho entretidos. - "Rafaella, quer casar comigo?"

E quando a loira se vira, eu já estou ajoelhada no tapete felpudo com a caixinha de veludo na mão.

- E então o que você me diz?

- Meus Deus, Bianca... -ela funga sorrindo. Aquele sorriso capaz de iluminar o mundo - Claro que eu aceito.

A loira dá o cão para Cris segurar, e estende a mão. Eu deslizo a aliança por seu dedo, e beijo o local.

- Te amo meu amor. -me ponho em pé sendo envolvida em um abraço apertado.

- Também amo você. -beija os meus lábios -Obrigada por ser tão maravilhosa meu bem.