Bianca e Diogo andavam pelas ruas movimentadas da cidade. Depois de passarem algumas horas analisando algumas obras no museu de artes, passaram no palácio, e depois no Rio. Bianca sentia os pés cansados de tanto andar, mas não podia negar que estava se divertindo, Diogo era uma ótima companhia e muito simpático.
As vezes o homem flertava, soltando elogios para a bela morena carioca, porém Bianca não sentia nada com as suas palavras. E quando ele tocava em seu braço, não sentia o mesmo calor que sentia quando Rafaella a tocava. E quando ele sorria para ela, não sentia as famosas borboletas no estômago, que Rafaella fazia ela sentir quando exibia suas covinhas.
Ontem no trabalho, o clima entre elas não estava dos melhores. Bianca percebeu que Rafaella estava distante, apenas falava com ela sobre o trabalho, e quando perguntava se ela estava bem, a loira apenas dizia:
Sim. Esta tudo ótimo.
E Bianca se perguntavam se era por causa do acontecimento do estacionamento no final da tarde de quinta-feira.
— E então, o que você acha? — perguntou Melim tocando no braço da carioca.
— Hm!? O quê!? Desculpa Diogo eu não estava escutando.
— Eu perguntei que tal irmos até a cafeteria dos Mitchell's. Me falaram que lá tem os melhores cafés e uma vista ótima para o Big Ben.
Bianca pensou, repensou. Aquele era o lugar que levaria Rafaella e as crianças. Gostava de pensar que era o lugar delas.
— Desculpa Diogo, mas eu estou cansada. E preciso passar um tempinho com o meu filho antes dele dormir. — explicou a mulher com o tom de voz mais gentil que conseguiu
Melim apenas assentiu, e caminharam até o carro estacionado do outro lado da rua. Como um bom cavaleiro, abriu a porta do carona para a morena entrar.
....
— Obrigado pelo passeio, Diogo.
— Eu que agradeço. Não é todo o dia que se tem uma companhia como a sua. — falou retirando o cinto de segurança.
Bianca, que ia descendo do carro, sentiu seu braço sendo puxado com delicadeza. Quando se virou o rosto de Diogo estava próximo demais do seu, e quando o homem se inclinou para beijar os seus lábios, a carioca virou o rosto, fazendo os lábios do homem tocar em sua bochecha.
— Boa noite. — Bianca saiu do carro fechando a porta atrás de si.
Bianca caminhou para dentro da mansão dos Andrade. Assim que entrou, encontrou o pai e o seu filho jogando xadrez na mesinha de centro, e Iris mexia no celular ao lado dos dois.
— Você demorou mamãe. — reclamou Cris com a cabeça apoiada no punho, olhando fixamente para o tabuleiro.
— Desculpa meu amor. — beijou sua cabeça. Bianca se sentou no lugar do filho, colocando o menino em suas pernas. Depois de beijar o pai e a irmã.
— O que você fez de bom hoje? — perguntou a carioca apertando o filho em seus braços.
Cris moveu sua dama, e olhou para a mãe por cima dos ombros.
— A tia Iris me levou para brincar no parquinho, e eu fiz uma nova amiguinha.
— Uma nova amiguinha? — a carioca olhou para o filho, que respondeu sim com apenas um som nasal — E qual é o nome dela?
Bianca sabia o quanto o menino tinha dificuldade em fazer novas amizades. E ouvir aquilo à deixou mais do que feliz.
O menino forçou a memória para se lembrar do nome da amiga, mas nada vinha em sua mente.
— Eu não me lembro. Nós brincamos só um pouquinho, a tia dela estava com pressa. — explicou dando de ombros.
— A mamãe não esta em casa? — perguntou Bianca para o pai.
— Não chegou ainda. Saiu com as amigas, e não tem hora para voltar.
— Eu vou tomar um banho, e já desço para jantarmos. Te amo mocinho. — beijou a bochecha do filho.
....
Depois do jantar, Rafaella, Marcela e Gizelly colocaram um colchão inflável de casal no chão da sala. As quatro assistiam Os sem-florestas. Todas agarradas umas as outras se divertiam com o filme infantil.
Malu que estava agarrada a mãe, estava quase se entregando ao sono. A loira fazia um cafuné na cabeça da filha, que tinha a metade do corpo em cima do seu.
Gizelly que dormiria na casa da namorada, estava dormindo com a boca aberta e os braços jogados na cintura de Marcela. Era sempre assim quando a morena assistia filme, era só começar que já dormia.
— Gizelly é pior que velho. É só encostar que dorme. — comentou Marcela rindo da namorada
— Tadinha. Hoje Malu cansou ela, minha bebê só queria saber da tia Gi.
Marcela riu baixo da amiga, que era uma mãe ciumenta. As duas voltaram a prestar atenção no filme, e Rafaella sentiu o celular vibrar debaixo do travesseiro. A loira ergueu a cabeça e pegou o aparelho. Ao ler a mensagem seus olhos se arregalaram.
— Ma, olhe isso.
Kalimann estendeu o celular para a amiga, que leu em voz alta a mensagem
Bianca: Estou aqui na porta de seu prédio.
Bianca: Tem como você descer agora!?
Bianca: Preciso te ver.
— E o que você está esperando? — Disse Marcela ,que já sabia da história toda da amiga com a chefe, que viviam nesse chove e não molha.
Rafaella olhou para a filha, que agora dormia tranquila agarrada em seu corpo.
— Eu fico de olho nela, e qualquer coisa te chamo.
Rafaella sorriu em agradecimento, e com cuidado tirou a menina de cima de seu corpo. Se sentia como uma adolescente apaixonada, saindo daquele jeito no meio da noite para encontrar a amada.
Deveria estar com raiva da carioca, mas não conseguia. E sentia que dessa conversa viriam muitas coisas boas.
🗼
Me contem tudo e não me escondam nada.
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DESTINO
Fiksi Penggemar"Alguns acreditam que o destino representa uma "força misteriosa que determina os acontecimentos na vida das pessoas, tanto nas suas vidas presentes como passadas". No mundo árabe, ouve-se falar em "maktub" que significa "já estava escrito" ou "tinh...