CAPÍTULO 12

1.2K 107 16
                                    

Bianca e Rafaella estavam cada dia mais próximas. Não tinham rotulado nada, apenas estavam deixando rolar da melhor maneira possível.

As trocas de olhares sempre acontecia durante o trabalho, o que rendia grandes risadas do casal, que tinham combinado agir naturalmente ali.

Bianca analisava alguns documentos com a secretaria ao seu lado direito. A carioca sentiu os lábios quentes de Rafaella em seu ombro, tentou não se afetar com os toques, mas foi impossível não se arrepiar quando a loira beijou seu pescoço.

- Você esta jogando sujo, muito sujo por sinal. - a carioca mordeu a tampinha da caneta.

Rafaella soltou uma risadinha e se afastou quando percebeu que finalmente conseguiu a atenção da chefe.

- Já deu seu horário de almoço. Ou seja, somos apenas duas simples namoradas, namorando.

Bianca sorriu ao ouvir a outra dizer "namoradas". Rafaella nem se deu conta do que acabará de dizer, e muito menos do efeito que isso causou na carioca.

- Então vamos almoçar, porque saco vazio não para em pé. - a morena beijou rapidamente os lábios da loira.

As duas pegaram suas bolsas e caminharam de mãos dadas até a porta, mas ao passar por ela, soltaram as mãos. Seus corpos sentiram falta do calor uma da outra.

Rafaella se perguntava quando era que poderiam finalmente andar de mãos dadas pelas ruas, sem medo, sem precisar se esconder de ninguém. Sabia das limitações de Bianca, e do tempo que ela precisaria para dar esse grande passo.

Ao chegarem no térreo do prédio, as duas conversavam distraídas que nem perceberam a presença de um homem alto e forte na recepção. Assim que o homem se virou, Bianca sorriu largamente.

- Olha só, se não é a carioca mais quente deste mundo. - Bruno abraçou Bianca, com muita intimidade ao ver de Rafaella. A loira apenas observava os dois.

- Que saudades. Pensei que essas férias nunca acabariam. - os dois se afastaram
- É bom te ter de volta.

- Eu sei. - o Bruni sorriu convencido.

O homem olhou para Rafaella dos pés a cabeça. E por fim deu o seu famoso sorriso cafajeste.

- Essa é Rafaella, minha-minha...

- Secretaria. Prazer em conhece-lo Senhor...?! - Arizona esticou a mão para cumprimentar o homem.

- Bruno. Bruno Carneiro. - o homem piscou fazendo a carioca revirar os olhos. 

- Estamos indo almoçar, quer ir com a gente? - perguntou Bianca ao amigo e colega de trabalho de longas datas.

- Não, valeu. O seu pai esta me esperando para uma reunião. Você sabe o quanto o coroa me ama.

Bianca riu, pois apesar de Marcos gostar de Bruno, ele sempre implicava com o jovem por não ter juízo algum.

- Vai lá vovô do ano. Eu quero saber detalhes dessa viagem.

- E eu tenho muitas fotos do pequeno para mostrar. - o avô babão sorriu.

As duas saíram pelas ruas, o restaurante que eram acostumadas a comer não ficava muito longe, e então optaram por ir caminhado. Bianca contou aos detalhes de sua amizade com o Bruno, que começou no final da quinta série, e juntamente de Saad e Venturotti, os quatro formavam um excelente quarteto. Depois de se formarem juntos, os quatro se mudaram para São Paulo, para estudar Direito.

....

Faltando ainda algumas horas para encerrar o expediente daquele dia. Bianca fechou seu notebook e caminhou até a porta trancando a mesma. Kalimann que estava sentada no sofá, seguiu cada gesto da carioca com um sorriso no canto dos lábios.

- O que você está aprontando? - Rafaella deixou o celular de lado, achando a carioca a sua frente mais interessante, e realmente era.

Bianca prendeu o lábio inferior entre os dentes, perfeitamente brancos. A carioca se acomodou no colo da outra, com uma perna de cada lado de seu corpo. Rafaella passou o dedo nos lábios de Bianca, fazendo a morena desprender o lábio.

- Como esta difícil fugir durante às noites para te ver. Eu acho bom termos um tempinho para nós duas.

- Eu também acho bom - Rafaella passou os braços pela cintura de Bianca, trazendo o corpo da carioca para mais perto do seu.

Rafaella selou os seus lábios. O beijo entre elas era sem pressa. Suas línguas trabalhavam juntas. As mãos tímidas e habilidosa de Bianca brincavam no abdômen de Rafaella, que sentia uma excitação no meio das pernas.

- Você é tão gostosa. - Rafaella apertou a bunda de Bianca, fazendo a jovem carioca soltar um gemido baixo. Cada dia mais, as coisas entre elas estavam esquentando mais e mais.

Em uma tentativa de abafar os gemidos, Bianca passou a chupar e mordiscar o pescoço de Rafaella. A loira sentia o corpo pegar fogo, ao ter o belo corpo moreno se esfregando ao seu. Era capaz de gozar apenas com isso. Tinha que admitir que Bianca tinha um grande efeito sobre ela.

- Estava pensando - Bianca parou de fazer o que fazia para escutar a loira. A carioca colocou as duas mãos nos ombros de Rafaella e com o corpo ainda em chamas, fitou os olhos verdes a sua frente

- Que tal jantarmos, só nós duas qualquer dia desses!? - continuou a loira.

Bianca deu um grande e largo sorriso.

- Esta me convidado para um encontro, Mrs Kalimann!?

- Sim. Eu estou te convidando para um encontro, Mrs Andrade. E então aceita? - Rafaella roubou um selinho da morena em seu colo.

Bianca colocou uma mecha de cabelo de Rafaella para trás da orelha.

- Si yo acepto.

- Esse seu espanhol me enlouquece, sabia? - a secretaria prendeu o lábio inferior de Bianca entre os dentes e puxou.

As duas iniciaram outra sessão de beijos. E apenas pararam quando incansáveis números de batidas na porta foram ouvidas. Bianca saiu rapidamente do colo da loira, a carioca tinha os olhos saltando para fora, com medo de ser a sua mãe.

Com os lábios inchados e a respiração descontrolada, Bianca sentiu o desespero percorrer por seu corpo.

— Ei, calma — Rafaella caminhou até a morena. Em uma tentativa de acalmar a carioca, Rafaella tocou em seu braço. Bianca se esquivou do toque da outra, fazendo a loira sentir o coração sendo esmagado aos poucos.

— Pode ser a minha mãe.

— Eu vou a-abrir a porta. —Rafaella passou pela carioca. Teria que ter paciência com a morena, pois sabia o quanto era tudo novo para ela, mas era difícil entender esse medo todo que Bianca tinha da mãe, e se perguntava se a morena teria coragem de enfrentá-la por elas.

Kalimann passou a mão no cabelo, ajeitando as madeixas loiras. Assim que abriu a porta deu de cara com uma das funcionárias daquele andar.

— Desculpa por bater assim, e por atrapalhar a reunião. — Rafaella sorriu sem graça — Mas é que a recepção ligou, e disse que não estava conseguindo entrar em contado com a sala da senhora Andrade. Tem uma mulher lá embaixo, e esta desesperada querendo falar com a senhora.

Rafaella franziu o cenho, imaginando quem poderia ser. Mulher desperada!? E caindo a ficha, sentiu um desespero.

— O nome dela é Gizelly. — a funcionaria forçou a mente tentando se lembrar do nome da morena.

— Gizelly.

Kalimann sentiu o corpo ficar tenso. Sua boca se secou. Sentindo o desespero ao imaginar inúmeras, e nada coisas boas que poderia ter acontecido com a sua filha. Gizelly não viria assim na porta de seu trabalho sem um motivo grave.

O que aconteceu com a Malu!? — a pergunta girava em sua cabeça.

🗼

Oieee.  O que vcs acham que vai acontecer? 

DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora