Capítulo 20

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Luma Panazzolo

Duas semanas depois do casamento já haviam se passado lentamente. Paolo estava um carrasco de tão insuportável, seu estresse era incomum e sempre estava descontando sua fúria em mim, toda vez que chegava estressado quebrava tudo pela casa e largava lá, sem se importar com a pessoa que fosse limpar. Eu pedia paciência todo dia antes dele sair de casa e quando chegava. Às vezes até tentava escapar para dormir em outro quarto que não fosse o dele, já que ele sempre queria sexo e dessa vez sem preservativo, algo que eu já sabia que iria acontecer. Eu não teria mais escapatória de Paolo.

A nonna disse que meu avô também estava assim como Paolo, só que tratava ela melhor.

Minha mãe e a nonna foram uma em um milhão de mulheres sortudas na máfia que teve sorte em seus casamentos, seus maridos a amavam e elas também os amavam. Comigo parece ser tudo diferente.

- Eles estão assim por que a Cúpula vem causando dor de cabeça para eles, e com isso tem a DEA e os federais que estão tentando cercar aqui e se infiltrarem.- disse a nonna.

- Soube que também haviam roubado uma droga de Paolo que ainda estava sendo produzida no laboratório.

- Talvez tenha sido a polícia, se fosse alguém de fora essa pessoa já estaria morta.

- Que devolvam logo essa merda, não estou sabendo lidar com Paolo.

Fiquei mais algumas horas com a nonna, e logo após fui embora.

***

Paolo já havia chegado em casa, mas era cedo. Sabia disso por que tudo estava escuro e silencioso, a casa só fica assim quando ele está presente.

Andei em passos lentos pela casa indo para a cozinha, onde eu iria fazer hora para não lidar com Paolo.

Subi para o quarto e Paolo não estava lá, muito menos no escritório que sempre fica uma luz fraca acesa. Se eu me lembro, eu tinha deixado todas as luzes da casa acesa e janelas abertas, então por que estavam apagadas e fechadas se Paolo não estava aqui do jeito que eu imaginava.
Algo de errado não está certo. Só não podia piorar o fato de não ter luz na casa.

Desci para o andar de baixo sem fazer barulho e fui procurar por uma vela para meu auxílio, e achar o celular.
Mandei mensagem para minha mãe perguntando se ela estava sem energia.

Embora fosse dia, as pessoas não iriam notar muito mas minha mãe disse que também estava sem energia. A casa estava um breu amedrontador.
Ouvi o barulho de algo caindo e corri me trancando em um quarto não fazia idéia do que estava acontecendo aqui. Não tinha nem a merda de nenhum segurança na casa como tinha para sempre estar vigiando.

Passos ecoaram pelo corredor e entrei no guarda roupa e pedi para que minha mãe viesse com alguém.

Em frações de segundos a pessoa já havia entrado no quarto e estava falando com alguém no celular. Tinha que ser uma pessoa muito burra para entrar na casa de uma pessoa, sem verificar sem tem ou não alguém em casa para estar no celular. E por fim, como sou muito mais burra deixei a vela acesa em cima de uma mesinha antes de entrar no guarda roupa.

- Vai suja, fala de novo do mal lavado.- disse sussurrando para mim mesma.

- Tem alguém na casa, você disse que a casa estaria vazia.- disse o tal homem.

Pausa.

- Eu sei fazer a porra desse trabalho direito. Se fosse ele que estivesse aqui, a essa altura já teria sido pego, deve ser ela. Se eu a pegar vamos estar sentenciando nossa morte com ele e com o chefe.- houve mais outra pausa até o homem voltar a falar.- Essa porra de sósia não vai funcionar, ele conhece ela. Caralho, ela tá aqui!- disse o homem vindo até o guarda roupa.

Comecei a entrar em pânico, não sabia se defender nem do meu avô imagine desse homem.

A porta do guarda roupa foi aberta bruscamente e fui pega pelos cabelo pelo homem.

- Se tem uma coisa que não admito que façam, é que peguem na merda do meu cabelo.- disse lhe dando uma cotovelada na barriga, ainda surpreendida pela defesa que fiz.

Tentei correr para fora do quarto e o homem deu um tiro próximo ao meu pé me fazendo parar no mesmo instante.

- Se tentar fazer mais alguma coisa, eu torturo você até morrer.- disse ele sem hesitação alguma.

Ele deu uma coronhada em minha nuca me fazendo apagar.





































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A Prometida do Capo (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora