Capítulo 46

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Luma Panazzolo

A última vez que vi Paolo foi na noite passada quando soube que estava sob custódia da cúpula, depois disso dormi e acordei essa manhã com a presença dos membros da cúpula em minha casa. De certo Paolo não sabe que fui tirada de casa, pois se soubesse teria me avisado antes disso acontecer ou até mesmo evitado isso na sua presença, ou na sua ausência. O homem com certeza vai ficar doido quando souber o que aconteceu.

Meu estômago estava completamente revirado com o movimento do carro. Sentia que minhas tripas iriam sair aqui mesmo se eu não parasse para respirar um ar puro. Vou usar isso ao meu favor, a fulga que não dei no meu casamento eu vou dar com esses desgraçados.

Deus, me ajude a salvar a pele minha e do meu filho... respiro fundo e começo meu teatro.
Prendo a respiração por alguns segundo e vou soltando por conta do bebê não ficar sem ar, no momento não conseguia pensar em coisa melhor.

- A garota está pálida - disse o homem que dirigia, para os outros dois que iam atrás comigo.- Vejam o que está acontecendo.

Ao todo, eram quatro homens comigo, o que poderia dar errado se homens conseguem ser pior que um burro.
O carro freia e os olhares são voltados para mim. Bingo!

- Eu não estou bem, eu preciso comer e ao mesmo tempo vomitar. Não tomei minhas vitaminas e preciso muito delas.

Eles se olharam por um momento e o homem volta a dirigir. Que droga! Continuo prendendo e soltando a respiração até que sinto uma pontada agonizante em minha barriga, e sem conter o susto acabo gritando. Mais uma vez o carro freia e eles me olham.

- Eu tô sentindo pontadas muito fortes, por favor façam alguma coisa dói muito.

Não doía quase nadinha, foi apenas uma pontada que provavelmente o bebê deu chutando para dar mais sucesso na atuação. O canal RAI tá me perdendo, uma ótima atriz assim não se acha no lixo do aterro sanitário.
O homem para o carro em uma cafeteiria e manda eu descer. Nas dores que senti na gravidez sempre causou sangramento, por mais que isso fosse sério eu teria que envolver essa droga na minha atuação.
Sento em uma mesa fazendo o pedido e em pouco tempo chega. Enquanto os homens olhavam o local com grande concentração, pego uma faca guardando em meu bolso e peço para me deixarem ir no banheiro.
Se eu não ter uma atitude enquanto eu tenho tempo, eles poderiam fazer alguma coisa comigo ou até mesmo me matar.

Tranco a porta do banheiro olhando fixamente para minha mão e para a faca, não deve ser difícil. Os personagens nem fazem caretas cortando a própria mão atuando, e alguma pessoas em certas máfias fazem pacto de sangue.
Respiro fundo fechando os olhos firmemente, e mordo a língua evitando um grito assim corto minha mão na faca xingando milhões de vezes pela dor e pelo corte profundo. Pressiono o dedo para sair mais sangue e vou passando na minha região íntima e deixo pingar um pouco na calcinha, até ficar um pouco visível na calça meio clara estou usando. Abaixo mais a calça e vou passando em minhas pernas.
Nem eu acredito que tô usando meu sangue para isso, se eu desmaiar provavelmente nem vai ser no hospital de gente que vou acordar. Continuo meu trabalho até finalizar na calça. Lavo minhas mãos e molho um pouco minha nuca, meus cabelos e o rosto para parecer que estava meio suada. Me olho no espelho para ver se realmente estava apresentável.

- Ótimo! Melhor que isso estraga. Vamos para luta, filho.

Jogo a arma do crime na privada e dou descarga. Em seguida limpo os resquícios de sangue e enrolo os papéis que usei para estancar o sangue, em outros papéis assim não deixaria nenhum vestígio.
Saio do banheiro fazendo caras e bocas de uma expressão de dor e respirando fundo. Assim que um dos homens me avista vem correndo até mim.

- Me ajuda por favor, estou perdendo muito sangue, meu filho... aí como isso dói muito.

Meu choro era o mais falso que já vi na minha vida, mas não poderia rir.
O bebê começa a ficar agitado na barriga e aquilo realmente me assusta, um dos homens olha para minha barriga desnorteado e ver a agitação do bebê. Todos os movimentos estavam me causando uma enorme agonia e foi aí que de verdade desabei em choro, talvez deveria ser o karma por brincar com a vida do meu filho. Deus, perdoa juro nunca mais fazer isso se o senhor me tirar dessa situação.

















Bichinha da Luma, não tem um minuto de paz 😅.

Beijinhos amores, até o próximo capítulo 🤭❤.

A Prometida do Capo (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora