Capítulo 2

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Luma Panazzolo

Fiz apenas um simples coque com fios soltos na frente, pouca maquiagem e peguei qualquer roupa que estava em meus olhos e vesti terminando de me arrumar rapidamente para não me atrasar, pois sei que meu vô me mataria por isso.

- Luma já está na hora de irmos.- disse minha mãe quase gritando

- Já estou pronta, só pegarei a bolsa e desço.

~

Havia inúmeras pessoas na festa. Já me sentia incomodada, pensei que não seria tão aberto o lugar para muitas pessoas, estava cansada demais para ser a boa e educada moça nessa noite.
Já imaginando também que a família Collalto estaria aqui. Essa noite de hoje seria verdadeiramente um martírio para mim!

Fui direto para a mesa de centro que havia no salão, lá havia apenas a família e alguns membros de alto escalão. Eu e minha família poderíamos nos sentar junto a família Collalto, pois meu vô está subindo na máfia. Está a ponto de virar consigliere.

Estava distraída olhando tudo em volta, até olhar para frente e ver um homem alto se sentando.
Ele era bem bonito, cabelos escuros, seus olhos eram azul claro dependendo da iluminação, e sua pele bem bronzeada. Não fiquei olhando muito, pois existem mandamentos e eu tinha que respeitar ao pé da letra, como diz a minha mãe.

Vejo meu vô se aproximar com Martina e seguro uma enorme vontade de revirar os olhos.

- Luma quanto tempo, querida.- disse Martina com um sorriso mais falso do mundo.- Está diferente da última vez que vi você, era uma pequena selvagem arisca.

- Me poupe das suas asneiras Martina!

- Nossa, não precisava ser grossa. Estava sendo educada tentando puxar assunto com você, mas tudo bem. Como se sente na Itália de novo querida?

Quem não a conhecesse acreditaria muito bem nessa sua atuação. Martina nunca gostou de mim, sempre sentia sua indiferença a mim, sempre me alfinetando e fazendo com que meu vô brigasse comigo fazendo preferência dela. Com o tempo, aprendi a me defender de Martina com palavras, sei muito bem o que aconteceria comigo se caísse em cima dela a enganando. Vontade em mim é o que não falta!

- Luma voc...- disse minha mãe sendo interrompida pelo meu vô.

- Onde estava Antonella?

Sim, minha mãe é uma mulher adulta e ainda assim meu vô exige que ela lhe dê satisfação.

- Estava com a Sra.Collalto!

- Hum. Luma, esse aqui é o capo, Paolo Collalto!

Então é esse o capo.
Esperei sua permissão para cumprimentá-lo de forma correta, e mais educada.

Depois de toda aquela gloriosa saudação merecida ao capo, caminhei rapidamente voltando a me sentar no meu lugar, Martina nem esperou eu sair e já se jogou pra cima do capo. Típico dela fazer tais atos exagerados!
Com certeza deve agradecer pelo marido dela ter morrido, o coitado tinha mais chifre do que o próprio boi.
Tinha certeza que meu avô sabia disso, mas mexer um pauzinho aqui e ali fez com que a maldita saísse ilesa e, claro, ela negou quando veio a tona.

- Do que está rindo Luma?- perguntou meu vô sem eu perceber que realmente estava rindo.

- Nada demais, perdoe-me. Preciso ir ao toalete, licença.

Sai da mesa o mais rápido possível para evitar os olhares do capo e da Martina em mim. Se Martina pudesse com certeza me matava ali mesmo só com os olhares mortais que me lançava, já o capo apenas prestava atenção em tudo em sua volta e às vezes me encarava de um jeito estranho.

A Prometida do Capo (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora