A Prometida do Capo (EM ANDAMENTO)

Capítulo 30

Luma Panazzolo

Definitivamente havia uma balada na minha cabeça e me sentia triste por não poder participar. Sentia as marteladas da dor em minha cabeça. Não sei ainda o motivo que eu coloco na cabeça para beber, se sou fraca para a bebida no dia seguinte.

Rolo pela cama e meu corpo se choca com o de Paolo que ainda estava dormindo, e meu sangue começa a borbulhar quando olho a bagunça de roupas pelo quarto. Esse desgraçado está tão desesperado por uma porra de herdeiro, que até bêbada me usa como se eu fosse uma mulher qualquer que ele fica.

Levanto da cama e vou para o banheiro e bato a porta com força a trancando, e ouço algo cair pelo lado de fora se quebrando.
Não poderia sair desse inferno para ir em uma farmácia, na fazia idéia de nada que desse certo para se prevenir de uma gravidez, exceto em uma série que assisti que as mulheres tomavam chá, mas não era mencionado que tipo de chá. Se eu procurasse na internet, Paolo com certeza saberia já que vive me monitorando. Minha única salvação seria Andrea, mas ainda assim estaria a expondo para a máfia, e ninguém de fora deveria saber eu de fato a comprometeria.

Tomo um banho rápido e saio do banheiro, e vejo que não há nada no chão e que a cama já está arrumada, de certo ele mandou alguém vir arrumar a bagunça que ele fez. Mesquinho, acostumado a toda vez que fazer uma bagunça ter algum capacho para limpar em seu lugar.

Meu celular vibra e vejo inúmeras mensagens de Andrea, e na tela seu nome exposto em uma ligação.

- Fala rápido.- digo baixo com os olhos fixos na porta.

- O que aconteceu com você? Sua mãe me disse que estava no hospital mas não me explicou direito.

- Não era nem para você ter ligado para minha mãe, eu estou bem. Alguém invadiu a casa desse bastardo e me esfaqueou, e foi um recado para ele eu creio, e agora ele não me deixa mais sair e a todo custo quer esse herdeiro. Preciso da sua ajuda, mas não venha até aqui.

- Desgraça, e você não avisa? Quer me matar? O que quer que eu faça?

- Preciso de anticoncepcional, aqueles adesivos sabe? Não sei se vai dar resultado em mim, mas vou tentar, é o único que vou conseguir esconder do Paolo.

- Já estou indo comprar, como faço para entregar?

- No parque em uma hora minha mãe vai buscar. Não posso mais falar agora.- falo desligando assim que vejo a maçaneta da porta se movimentar.- Ah, não, acho que deve ter me confundido. Não moça, não quero plano para celular tá bom, tchau. Bom dia.

Pego um saia e uma blusa no guarda roupa e visto, logo após faço um coque e desço as escadas correndo.
Assim que abro a porta para dar um passo para fora, Paolo me impede com um aperto no braço.

- Não é para sair daqui, ou você é burra e eu devo lembrá-la?

- Eu vou ficar com a minha irmã, minha mãe foi em uma consulta!- digo me desvencilhando brutalmente de seu aperto.- E saia da minha frente desgraçado.

Tento passar pela porta e Paolo novamente me segura e aperta minha mandíbula, batendo a porta.

- Preste atenção no que fala ragazza, não a deixarei me destratar na frente dos meus seguranças. Não pense que só por que você foi a prometida, que pode fazer tudo o que quiser, eu ainda sou o capobastone antes de ser seu marido.- diz ele me soltando depois de beijar minha boca.

Empurro Paolo para trás e sou puxada para o seu peito de uma vez, e me debato contra toda a sua força que me prendia em si. Por um momento, Paolo descuida e me solta deixando com que minha barriga batesse em um móvel. Sinto uma dor no estômago me atingir e respiro fundo com meu olho lacrimejando, pelo impacto da batida.

- Desgraçado infeliz, por mim você pode morrer que vai estar fazendo um favor a mim. Tomara que você apodreça no inferno junto com todos os seus demônios, bastardo maldito!

Volto para o quarto e vejo um pouco de sangue na minha blusa. Provavelmente eu deva ter cortado em algo pontudo na hora da batida, e não percebi. Não conseguia respirar direito por causa da dor que estava sentindo, meu raciocínio não estava lógico. Minha pernas frequejam e perco a força para ficar em pé e caio no chão, e continuo respirando fundo.

Donatella, espero que esteja errada. As palavras tem poder.

Capítulo não revisado por que estou igual uma viva morta de cansada, depois eu corrijo os erros que há nele. Beijinhos ❤️.