Luma Panazzolo
Alguns dias havia se passado depois do ocorrido de eu ter sido esfaqueada, mas as dores não cessavam. Parecia que havia um buraco dentro de mim que nunca cicatrizava, antibióticos não estavam dando conta, quando comecei a me encher de calmante para sentir a dor ir embora nem que fosse por poucas horas, que era uma das quais eu conseguia descansar e poder respirar com mais facilidade sem ter medo da dor.
Paolo estava sendo a mesma pessoa de sempre, sem paciência e muito mal humorado acho que só não arremessou nada na minha cabeça por conta de já estar toda encaralhada com esses cortes, se não fosse isso provavelmente ele ou eu estaríamos mortos por se atracar por conta da sua arrogância.
Mamma sempre vinha com Daire para ficar durante i dia comigo, assim como a nonna também vinha às vezes. As únicas pessoas que não vi foi meu avô e Martina. Talvez fosse melhor assim depois da nossa última briga, pois não estávamos nos falando definitivamente.
- Como se sente Lulu?- perguntou Daire ajeitando meus travesseiros.
- Muito bem! Recebendo um bom tratamento da melhor enfermeira. Acho que está na hora de tomar o anti-inflamatório e trocar o curativo.
Daire traz o remédio juntamente a água, e depois de toma-lo limpo a ferida e troco o curativo.
O dia do ocorrido em que fui ferida vem como flashbacks em minha cabeça, como se estivesse a ponto de reviver aquele momento novamente.
Não havia contado tudo a Paolo, mas o tal homem disse que não me mataria por que precisavam de mim, mas, que me daria uma degustação de como seria pior se não aceitasse o que fosse proposto, caso eu recuse seria as pessoas que mais amava diante dos meu olhos e eu as veria morrer, típica coisa que qualquer membro de máfia fala.
Eu seria uma isca para alguma coisa que pudesse atrair Paolo para ele ser pego, e sabe lá Deus o que fosse acontecer...Desperto dos meus pensamentos quando a mãe e a irmã de Paolo entram no quarto. Acho que a Villa inteira sabe o que aconteceu, aquela peste deve ter falado para meio mundo além dos mais próximos. Odeio que sintam pena ou dó de mim.
- Como se sente, querida?- perguntou a mãe de Paolo.
- Muito bem eu diria, e vocês?
- Estamos bem. Sente muita dor?
Apenas balanço a cabeça em sinal positivo respondendo a pergunta de Donatella.
- Eu imagino como deve ser horrível a sensação, ainda mais agora que você tá tomando muitos remédios lhe deixando debilitada.
- O evento que ocorrerá daqui algumas semanas já foi organizado?- perguntei.
Depois de ter ficado dias e dias, e muitos mais outros dias que virão na cama, me surgiu uma enorme vontade de sair de casa nem que fosse para um evento social e ver caras odiosas, parece até que estou sendo mantida de cárcere. Mamma e Paolo, até mesmo Daire evitam muito contato comigo quando digo que sinto dor por dentro do corte que estava sobre minha barriga, também era evitada de receber visitas até do próprio oxigênio do mundo se Paolo não permitisse.
- Ainda não, viemos aqui para conversar sobre isso, sua mãe disse que você é ótima em organizações pensei que poderia nos ajudar já que talvez não possa comandar tudo de frente, se não for cansar você.
- Sem problemas. Em poucos dias estarei noventa por cento recuperada, pronta para outra.
- Que assim seja.- disse dona Giulia depois de um tempo ouvindo eu e Donatella.
- Então, vamos começar a organizar o evento?
Começamos pelas bebidas, copos e os que foram mais essenciais para eventos. O tema não foi tão complicado escolher, já que o clima de agora estava como se fosse do verão. Optei por um evento tropical de gala, por ser aberto para jornalistas como se fosse apenas uma reunião de "empresas e negócios", o que de fato em parte não era.
Pelo que a nonna disse, os Collalto estão bem famosos em ambos ramos, máfia e empresas. O dinheiro estava jorrando feito uma água de cano quebrado. Sendo dinheiro errado ou não, minha fortuna por estar casada com Paolo quando ele morresse já estava garantida. Espero que eu não seja a pessoa que mate ele pelo estresse que passo. E que ele morra enquanto eu for jovem para mim aproveitar minha vida.Uma semana depois
Hoje finalmente iria tirar os pontos e o alívio percorria meu corpo, os cortes pequenos estavam cicatrizando graças aos remédios e muito repouso que tive em quase três semanas.
A caminho do hospital me sentia eufórica por tirar os pontos, parar de tomar remédios e fazer o que eu quisesse, de fato é um enorme alívio para mim, tirando o fato de evitar Paolo. Enquanto estive debilitada não aconteceu nada entre nós dois, mas agora duvido muito que ele não queira reivindicar do meu corpo, acho que as suas fodas não foram tão boas para desestressar ele nessas semanas.
Ele precisa encontrar uma que dê um chá bem dado, assim me deixa em paz por um momento.- Chegamos.- diz Paolo me ajudando a descer do carro.
Saio do carro e entro no hospital às pressas para me livrar desses malditos pontos, se levar uma facada dói desse jeito imagine ter um filho saindo da sua vagina, Deus, que horror.
A enfermeira me chama e em passos largos chego na sala do médico, onde começou o processo da retirada dos pontos com uma certa cautela no corte maior, não entendia o fato de só este lugar doer mais do que os outros...
- Sente dor Sra.Collalto?- pergunta o médico.
- Um pouco apenas. Somente nessa região onde está removendo os pontos.
- Certo. Terminamos aqui. Irei te passar um remédio para a senhora tomar, caso sinta dor em qualquer lugar dos cortes, mas não tome com muita frequência só se sentir dor.- disse prescrevendo em um papel de receita.
- Tudo bem, muito obrigado pela ajuda e competência, doutor.
Pego a receita e saio da sala indo ao encontro de Paolo que estava na recepção a minha espera, enquanto as urubus das enfermeiras sem vergonhas olhava fixamente para ele com um olhar de "me come", eu hein. Nem conhece a peça que é a desgraça desse homem e ficam se jogando para ele, não duvido muito que nesse tempo que estive na sala do médico ele não tenha dado bola para elas. Pois ele as encarava de um jeito... Passei direto por Paolo para evitar ser deboche de alguma delas, e não sair dando na cara de ninguém. Apenas feliz por finalmente poder fazer o que quero.
Entro no carro e espero o Don Juan sair do hospital para me levar para casa, estava louca para ir ao clube ver Andréa já que fiquei esse tempo todo sem falar com ela.
Paolo entra no carro todo sério e dá partida para Villa. Tomara que ele suma do meu campo de visão hoje, ele estava um carrasco essa manhã.***
Já pronta para ir ao clube, me deparei com Paolo em casa. Essa peste tinha saído com o carro porque voltou.
- Onde pensa que vai?- disse sério.
- Estava de saída ao clube.
- Não irá sair de casa por algum tempo, estamos sendo atacados e não quero um problema a mais em minhas mãos para resolver!
- Não irei demorar, vou almoçar fora ainda não posso cozinhar.- disse mentindo na cara dura.
Paolo aperta seus olhos em minha direção demonstrando sua raiva. O monstro estava a ponto de ser despertado.
- Só não vou protestar por que não estou afim de brigar, mas amanhã nada me impede de sair dessa casa.
Ou eu mudo meu nome!
Vou demorar um pouquinho mas postagens desse livro, estou preparando outros livros, e vai ter um envolvimento desse livro aqui........ O que será que vai sair?😏
Beijinhos, cremosinhas ❤️.
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A Prometida do Capo (EM ANDAMENTO)
FanfictionCapa feita por @vanessauthor •NÃO ACEITO ADAPTAÇÃO DAS MINHAS OBRAS. "Nem tudo nessa vida é flores, ainda mais quando você e sua família estão dentro de uma máfia em um beco sem saída, por estar a mercê de uma maldita Cúpula! Planos, decisões e mand...