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• Zl🚩•

Gw: Tenta se acalmar aí Zl, tu fica andando aí de um lado pro outro não vai resolver muita coisa não porra.

Zl: Ela se jogou na frente de um tiro, tá dentro de uma sala de cirurgia tem quase uma hora e tu pede calma. O médico falou que nem tem muita esperança pô.

Gw: Tu gosta dela ou algo do tipo? - Me encarou e eu neguei na hora.

Zl: Tu tirou isso de onde o caralho? - gesticulei com as mãos e ele riu.

Gw: Tu tá todo preocupado aí com uma mina que você nem conhece, tu sequestrou ela parça. - Falou baixo. - Se ela morrer mesmo tu vai ligar? Não que eu quero que isso aconteça, tô torcendo pra ela ficar bem, e pá, mas tu tá aí parecendo que a mina é da tua família.

Zl: Qual parte tu não entendeu que ela se jogou na minha frente, eu não sei por que, mas se jogou, tu que que eu fique tranquilão sabendo que ela pode morrer a qualquer instante ali dentro?! - Ele abaixou a cabeça.

Gw: Faz o seguinte, pega a minha blusa aqui, veste porque tem uma placa bem grande atrás de você falando que não pode ficar sem camisa aqui dentro. Vai lá no banheiro, se limpa porque tu tá todo sujo de sangue, e tenta fica suave. Eu vou esperar lá fora, até porquê eu não posso ficar muito aqui já que eu sou visado pra caraí, cê sabe.

Ele tirou a camisa me entregando e foi saindo, entrei no banheiro vendo eu tava todo sujo de sangue mesmo e me limpei, vesti a blusa e sai dali esperando por notícias da Nicolly.

Ela já estava na sala de cirurgia a horas pô, a gente tinha vindo pra um hospital público o primeiro que tinha, mas aí o estado dela era grave mesmo e tiveram que transferi ela pra outro, aí eu já pedi pra eles levarem ela pra um particular mesmo.

O tempo passava e eu ficava cada vez mais nervoso esperando por notícias dela, parecia que as horas não passavam não pô. Já tava perdendo as esperanças papo reto.

Na verdade o médico mesmo disse que o estado dela era grave mesmo, e qualquer erro na cirurgia podia levar ela a óbito. E eu só queria saber o porquê que ela fez isso, eu só vi ela caindo mano, ela se jogou na minha frente sendo que a porra da bala era pra mim.

E isso tava fodendo a minha mente, porque mesmo eu tentando ficar calma eu sabia que ela podia morrer a qualquer minuto por uma parada que ela não tinha nada a ver. E eu ficava pilhado pô, nem eu tava entendendo essa preocupação toda.

Vi umas das médicas que estava acompanhado a Nicolly parando na recepção e já fui logo falar com ela pra saber se ela sabia de alguma coisa.

Zl: Tô ligado que a cirurgia não acabou ainda, mas eu só quero saber com ela tá pô.

- Olha, o caso da paciente é bem grave, isso você já sabe, só que acontece que agora a gente teve um novo problema. A paciente Nicolly perdeu muito sangue e eu estava indo agora nesse momento checar a bolsa de sangue.

Zl: Mas tem a possibilidade de não ter o sangue compatível com o dela, não tem? - Ela concordou. - E se não tiver.

- A gente vai tentar ver em hemocentros perto daqui, mas como eu já disse o estado dela é grave e cada segundo que passa o estado dela vai piorando. Eu sei que é ruim pra você ouvir isso. Mas eu tenho fé que ela sai bem dessa, pra Deus nada é impossível. - Sorriu de lado.

Zl: Eu posso doar?

- Olha, se o sangue for compatível, sim, se vocês forem parentes as chances de você ter o mesmo sangue que ela é grande. Se você quiser me acompanhar a gente pode conferir certinho, mas você sabe que não é só ter o mesmo sangue né, sua saúde tem que estar em dia para doar.

Eu concordei, ela checou primeiro se no hospital tinha o mesmo sangue que a Nicolly precisava, mas a própria médica disse que já sabia que estava em falta.

Fomos indo pra área onde eles coletam sangue, e a moça veio conferir a parada do sangue lá, pra ver se era ou não compatível.

Crime PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora