Crime Perfeito

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• Zl🎭•

Apagão foi certeiro, todos os sinais de telefone foram cortados, comunicação dos botas tava impossível, isso ia dar um atraso do caralho pra eles e um adianto maneiro pra nós. Bagulho era ter o maior tempo possível pra agarrar eles e nós ter mais tempo ainda. 

A porta de vidro do banco não foi nem estourada pra não fazer barulho, bagulho foi cortado na maior agilidade já fui logo entrando na frente com a glock em punho, mesmo sabendo que não tinha ninguém lá dentro, ninguém nunca se sabe o que tá pra rolar. 

Ajudei os caras a posicionarem as bombas no caixa forte e também nos caixas eletrônicos e já fui saindo logo com os meninos. Quando os caras que estavam no outro banco que era praticamente na rua de cima dessa avenida onde nós estava, avisou pra gente que as bombas lá já estavam posicionados a explosão foi certa. 

Dentro do batalhão a movimentação começou e eu só vendo tudo pelo drone, acionei a bomba que estava no caminhão bem na entrada do batalhão e esperei o show com começar.. 

Bagulho era atirar em tudo ao redor pra deixar eles sem reação e quando eles reagissem era explodir o caminhão e deixar eles sem muito espaço de saída. Um atraso do caralho pra eles. 

O tempo foi passando e como era de esperado o reforço dos canas já estava a caminho, coisa que a gente já tinha pensado que obviamente iria acontecer então pra atrasar mais ainda o lado deles o túnel que liga essa cidade com a outra de onde vinha os reforços foi incêndiado. O foda é que os caras pensa que nós não pensa. 

Rafinha: Tá vindo reforço da sul pô, o águia vai subir. Pega o que tem que pegar e vamo adiantar a fuga. - Falou todo afobado no radinho e eu peguei o mesmo apertando no bagulho pra falar. 

Zl: Deixar vir pô, armamento tá pesado explode até carro forte! - Falei olhando os menó levando as malas para o carro, enquanto os outros estavam ativando as bombas nas ruas principais da cidade.

Sai atirando pro alto pra deixar bem claro pra eles como que nós tava forte. Pra vim peitar tem que tá muito bem preparado. 

Quase duas horas de assalto, a cidade inteira tava apavorada, teve troca de tiros com alguns na principal, mas cessaram logo em seguida. Com certeza eles viram que pra brincadeira nós não tava. 

Tava tudo pronto pra fugir, coloquei a última mala no carro e bati a porta entrando no lado do passageiro e o Té arrancou com o carro antes mesmo de eu fechar a porta, dando vários rajadão pra alto pra mostra que foi tudo bem sucedido. 

Vitin: Coé a rotan fechou a rua de cima pô, muda a porra da rota porque lombrou legal aí onde nós ia passar. - Falou no desespero todo no rádio e os menó já começou a ficar na afobação toda no rádio.

Soares: Eles vão fechar a área que a gente ia passar caso desse errado igual a gente já tinha pensado tá ligado? Só que nós não achou achou que ia ter tantos carros lá assim... 

Zl: Coé Té, consegue meter fuga com os bota atrás da gente? - Falei colocando o fuzil na janela e ele deu risada. 

Té: Sou o melhor piloto de fuga daquele morro, né caraí. Meto marcha sem estresse. 

Soares: Seis tão inventando moda mesmo sabendo que um carro só não consegue dispersar aquele tanto de carro né? Isso é um tiro na nossa cabeça. 

Zl: Fica suave que vai dar certo pô, a gente vai levar elas pra principal de novo e lá aciona as bombas depois que nós passar. Os outras carros já vão ter saído pela estrada e o nosso vai logo em seguida. Não tem estresse. - Falei pra ele e no radinho também pra todo mundo intender. 

Podia ser um tiro na própria cabeça, essa ideia minha? Podia, mas se a todos os carros fossem passar juntos, ia começar uma perceguição do caralho e aí a merda era certeira. 

Té saiu da rua onde nós tava já cantando pneu, chamado a atenção dos canas aí foi um caô todo nós a milhão na avenida e eles atrás de nós trocação de tiro tá a vera. Bagulho tava parecendo cena de filme. 

Zl: Aí Soares manda o Rogerin me conectar no rádio deles lá. - Recarreguei o pente e já fui descarregando ele sem nem olhar onde pega Pegava. 

Soares: Lá vai o Zl querer provocar os caras pô. Só faz merda. - Falou todo revoltado e eu já surtei logo com ele. 

Zl: Bagulho é fazer o que tô mandando e esquecer o que cê sabe, quem tá de frente nessa porra aqui?! 

Geral que me conhece sabe logo que se eu estou em vantagem eu debocho mesmo, gosto de pagar de doido e que não gosta tem que aguentar. Aí vem um cara que entra pra essa vida achando que tudo é flores querendo me dar lição de moral? 

Zl: Perguição tá intensa né? - Gastei legal assim que o menó me passou o rádio e nem demorou pra alguém me responder.

- Está mas não por muito tempo, se eu fosse vocês eu me entregava. Vai ser melhor para todos. 

Zl: Tá aí uma parada que tu não vai ver pô. Mas pra vocês não falar que nós é ruim ó, vamo deixar um presente aí pra vocês. - Olhei pra trás vendo o Fael jogando todo o dinheiro de uma das bolsas pra fora da janela. - Vê se isso aí paga os prejuízos da cidade. É nós aí, até a próxima...

Joguei logo o rádio pela janela que com a velocidade que estava o carro, bagulho estourou tudo. 

Passamos pela avenida principal onde ia estourar tudo e foi só nós passa pô, quando os cara veio atrás a bomba acionou e o bagulho ficou igual cena de filme. Só se via de longe as chamas do fogo e carro deles voando.