Até aonde você iria por um amor?
Um amor que mesmo sendo errado se tornou a coisa mais gostosa e intensa.
Que mesmo todos sendo contra nos levou as alturas.
E que mesmo sendo perigoso se tornou no grande amor da minha vida.
"Logo eu acostumado a enj...
Olha, eu nunca achei que as crianças estivessem uma memória melhor que minha, sério mesmo. Prometi pra Lara, uma menina que deve ter uns cinco, seis anos, que eu iria fazer um desenho desses de tinta, no rosto dela. Isso deve ter quase um mês, e ela lembrou isso hoje. Falou até que a mãe dela já tinha comprado as tintas.
Aí lá vai eu fazer desenho no rosto dela, que mostrou pra um amiguinho, que mostrou pra outro, e pra outro, e eu tô aqui, sentanda no balanço do parquinho aqui do condomínio, fazendo desenho no rosto de um monte de crianças.
Zl: Arrumou outro emprego foi? - Chegou por trás falando no meu ouvido, o que me fez assustar no mesmo instante.
Nicolly: Um dia você ainda me mata do coração. - Falei com a mão no peito.
Zl: Quero te matar só de prazer, o resto, tá fora de cogitação. - Falou com o rosto próximo do meu, o que me fez arrepiar, mas eu logo empurrei ele, que deu risada.
Nicolly: Tá vendo as crianças aqui não? Senso Zl, senso. - Ele deu risada e deu a volta no balanço que eu estava e se sentou no outro vago do meu lado. - Quer fazer o que no seu rosto Lucas? - Olhei pra ele que me olhou todo pensativo.
Lucas: Uhmm... - Colocou a mão no rosto. - O homem aranha.
Nicolly: A tia só sabe fazer coisas básicas, então pede alguma coisa mais fácil aí. - Ele deu risada e ficou pensando por uns segundos mas logo pediu para eu fazer um gatinho. Me ajeitei e comecei a desenhar no rosto dele.
Larissa: Como é o seu nome? - Falou olhando pro Vinicius. - Eu me chamo Larissa. - Estendeu a mão pra ele e eu e ele demos risada.
Zl: Pode me chamar de Zl, pô. - Pegou na mão dela e apertou.
Larissa: Vocês é o que da tia Nicolly? Posso te chamar de tio? - Dei risada balançando a cabeça. Larissa é o tipo de criança que se você der confiança ela vai te fazendo perguntas e mais perguntas.
Zl: Nós é casadão, tá ligada? Ela é a minha mulher. - Dei um sorriso enorme ao ouvir isso e tentei focar em fazer o desenho no rosto o Lucas direito.
Nicolly: Pode chamar ele de tio sim, só não conta segredos pra ele, porque ele é uma pessoa muito boca aberta sabe? - Ela deu risada e ele me xingou.
Zl: Eu contei por que se fosse comigo eu ia querer saber. É diferente. - Deitou a cabeça no meu ombro e concordei irônica. - Tu tá mó cheirosa. - Afundou o rosto no meu pescoço e eu me encolhi.
Nicolly: Eu tô cheirosa todos os dias meu querido. - Ele ficou com a cabeça no mesmo lugar e eu fui terminado o rosto do Lucas. Ouvindo a Larissa conversar com o Zl, que respondia ela rindo.
Larissa: Vocês vão ter filhos, titia? Igual minha mamãe e o meu papai tem...
Nicolly: A tia tá muito nova pra ter um filho ainda meu bem... - Passei a mão no cabelo dela percebendo que o Zl me olhava. - Mas vamos falar de outras coisa porque isso não é assunto de criança.
Terminei com Lucas, que era a última criança e ajeitei tudo bonitinho pra ir pra minha casa. Pintar rosto de criança cansa, e eu nunca mais invento isso na minha vida!
Larissa: Tchau titia Nicolly. - Abraçou minhas pernas e eu a peguei no colo, beijando seu rosto. Me despedi dela e coloquei a mesma no chão. - Tchau tio Zl. - Fez toque com ele e em seguida saiu correndo dali.
Zl: Ela gosta de falar em, caralho tava quase dormindo ali, papo reto. - Me abraçou por trás e eu dei risada.
Nicolly: Tadinha Zl, ela é falante assim mesmo, mas ela é legal.
Zl: Acabei de crê que você gosta muito de criança, porque pra aguentar aquele tanto de criança gritando e fazendo pergunta de minuto em minuto...
Nicolly: Criança é uma bênção, você só tem que ter paciência com elas. - Dei um selinho nele.
Raul: Oi Nicolly. - Falou simpático e eu me virei vendo que era o pai da Tatá.
Nicolly: Oi tio Raul. - Ele sorriu. - Já vai trabalhar?
Raul: Vou sim, mais um dia né. - Falou sorrindo. Ele olhou pro Zl, que já encarava ele há alguns segundos e ficou os dois se olhando de uma forma estranha. - Seu namorado?
Nicolly: Sim.. - Fui pra falar o nome dele, mas pela forma que eles se olharam e também pelo tio Raul ser policial, achei melhor não falar.
Raul: Bom, eu já vou indo. Passa lá em casa depois tá bom. Tchau, tchau...
Nicolly: Não entendi esse jeito estranho que vocês se olharam.
Zl: Deve que ele percebeu que eu não sou daqui. - Concordei com a cabeça tentando engolir essa resposta. Estava na cara que era mentira!
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Esqueci de colocar foto do personagem do Té no outro capítulo...
Wallace Siqueira, 25 anos
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