Crime Perfeito

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• Té🤯 •

Eu ia ter a maior cara de pau de chegar na Tainara e consolar ela mesmo depois de eu ter matado o pai dela.

Tô me sentido um vacilão por fazer isso com ela, eu sei que ela tá mal e se algum dia ela soubesse a verdade ela não ia me perdoar nunca!

Mas pô, eu fui mandado pra uma missão, e eu não vou fazer o bagulho só por causa dela? Se eu não fizesse, outro ia fazer e ela ia ficar da mesma forma pô.

E quem procurou foi o pai dela, expondo cara de traficante na mídia, investigando geral aqui, até o Zl tava no meio das investigações dele, até planta do morro o cara tinha. É sério mesmo que ele achou que ele ia viver por muito tempo?

Se tivesse ficado quietinho no canto dele nada disso teria acontecido.

Não me arrependo do que eu fiz com ele não, papo reto mermo, cara tava me investigando a vera, e eu já tenho uma pá de artigo nas costas, o cara me vem com uma dessas, dá não pô, se eu rodar eu tô fudido.

Ajeitei o boné na cabeça e passei pelas câmeras de segurança da casa dela com a cabeça baixa, aproveitei que tinha um cara de costas pra porta enquanto falava no telefone e fui entrando e indo direto para o quarto dela. E ela estava ali, deitada, chorando pra caralho.

E porra, sou vacilão pra caralho.

Principal por vim falar com ela como se não fosse eu o culpado por toda a dor que ela está sentindo agora.

Té: Pô preta, sei nem o que te falar não, namoral mermo. - Me sentei do lado dela.

Tainara: Só me abraça e fica aqui comigo, por favor. - Falou chorando.

Me ajeitei do lado dela puxando ela pra mais perto de mim e a abracei enquanto passava a mão na barriga dela.

Tainara: Só me abraça e fica aqui comigo, por favor. - Falou chorando.

Me ajeitei do lado dela puxando ela pra mais perto de mim e a abracei enquanto passava a mão na barriga dela.

Tainara: Tá doendo tanto... essa é a pior dor da minha vida, é como se tivessem arrancado um pedaço de mim, como se tivessem tirado a minha vontade de viver, se eu estou tentando me manter firme, é pelo nosso filho, mas dói, dói tanto!

Ela falou desmoronando em lágrimas e eu não sabia o que dizer, minha consciência pesava tanto que eu não conseguia falar uma palavra se quer.

Té: Eu sei o que você tá sentindo, e por mais que esteja doendo, e que essa dor que você está sentido nunca vá passar, você precisa ser forte, por você e pelo nosso filho, que depende de você.
Tainara: Eu sei disso, e por ele que eu tento todos os dias levantar da cama, mas é difícil, eu ouvi tudo Té. O que fizeram com ele foi desumano, cruel. Oito tiros, oito! Eu não consegui ver o rosto do pai pela última vez, mesmo que fosse dentro do caixão, e essa imagem não mais saisse da minha cabeça, eu queria ter conseguido me despedi dele direito. - Desabou em lágrimas de novo.

Tainara: E eu te juro que eu não vou descansar até ver quem fez isso atrás das grades, não vai trazer ele de volta, mas vai me dar um pouco de paz quando saber que esse mostro está atrás das grades! - Enfatizou.

Té: Tu precisa se acalmar pô, depois tu pensa nisso, o foco é só vocês ficarem bem. - Passei a mãe na barriga dela. - Se acalma e depois você pensa nisso com calma.

Tainara: Obrigada por estar aqui comigo nesse momento, por não me deixar sozinha. Você está sendo muito especial pra mim. - Sorriu sem jeito e depositei um beijo em sua testa.

Té: Fico feliz pra caralho por saber que você tem um sentimento especial por mim, mas eu não sou isso que você está pensando não, tá ligada? Eu sou falho, se você soubesse ao menos a metade do que eu já fiz tu não falaria isso. - Sorri sem graça. - Só quero que você me perdoe um dia, papo reto mesmo.

Tainara: Pelo o quê? Eu não tenho motivos pra te odiar, até porque você é o pai do meu filho, vamos sempre ter uma ligação.

Té: Eu sei disso mas é que é complicado. - Cocei a cabeça. - Se você souber eu espero que talvez um dia você tente me intender.

E espero que ela não saiba nunca, porque eu sei que ela nunca vai me intender, e se fosse ao contrário eu também não ia intender, então eu nem peço a compreensão dela.

Té: Porra minha coroa falou que não quer perder nada da tua gravidez. - Passei a mão no rosto dela. Minha mãe e a Kethellyn eram um nojo com a Tainara, elas já se conhecem porque eu já levei ela lá em casa várias vezes. E agora que elas sabem que ela está grávida perguntam dela o dia todo.

Tainara: Pode deixar que eu quero elas bem pertinho de mim e do nosso neném.

Beijei a pontinha do nariz dela e fiquei fazendo carinho nela até a mesma dormir em meus braços.

Tô me sentindo um cuzão, papo reto, caralho viado, eu tô consolando a mina que eu amo por um bagulho que eu mesmo fiz.

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