26: Key, date and love

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— Ei, Potter!

Harry estava com aquela chave dourada envolta da palma de sua mão, aquele medo e aqueles arrepios subindo por toda a sua espinha. Olhou para o corredor a sua frente, vazio, as pessoas ainda não haviam sido liberadas do ginásio. O que significava que a voz deveria vir de alguém às suas costas.

Ele nunca tinha conversado com ele e muito menos se apressado. Constantemente o encontrava pelos corredores das aulas e pensou já tê-lo visto em um dos banheiros do terceiro andar. Mas não conseguia se lembrar. De qualquer forma, Neville Longbottom era um garoto baixinho, de cabelos cortados a moda antiga, roupas gastas e um olhar que parecia perdido.

— Ah, Neville, certo?

O menino balançou a cabeça em concordância. — Nunca nos falamos, Harry.

Harry não disse nada, continuou olhando nos olhos do garoto. — Sim?

— A professora Dolores me pediu que viesse em busca de você.

— De mim?

— Sim. Na verdade, era você e a Hermione, mas ela ainda parece estar na sala do diretor. Acontece que vocês foram os últimos que viram Cho Chang na escola e ela parece que está desaparecida.

Harry então lembrou-se da garota. E de como ele e Hermione haviam a chamado durante a madrugada e de como ela havia desaparecido repentinamente. Tentou esquecer. — Cho? Sério?

Neville balançou a cabeça novamente. — Você poderia me acompanhar para o ginásio?

Só de lembrar de tudo que estava acontecendo naquele lugar. E na confusão que deveria estar naquele momento, com a supervisão da mulher rosa. Respirou fundo e olhou para a chave por entre os dedos.

— Sabe o que é? — tentou se afastar de Neville. — Eu realmente não posso agora. Preciso resolver uma coisa que Dumbledore me encarregou e... Eu posso passar na sala dessa professora mais tarde?

Neville não parecia muito confiante em relação ao que Harry dizia. Mas deixou que ele se afastasse. — Ei, Potter! Passa no meu clube qualquer dia desses. A gente tem...

— O Shawn Mendes como Rei?

— Exato! — Neville abriu um largo sorriso. Harry desapareceu pelo corredor e ele ficou ali parado. — Eu dava para o Shawn e o Harry juntos.

Harry parou de correr quando chegou no corredor das Biológicas. Estava deserto, assim como outros. Guardou a chave dourada no bolso e começou a passar de sala em sala, em busca de algum lugar que poderia ser fácil de ser guardada uma chave. O laboratório estava fechado, assim como todas as outras salas de experimentos. Deu a meia volta e subiu até o corredor das Humanas.

A sala de História era a única aberta. Passeou por entre o local, em busca de algum armário ou qualquer outra coisa. Nada. Parou em frente à janela, observando o pátio dos fundos. No fundo da paisagem, havia uma única árvore, envolta a um campo vazio. Era o lugar perfeito.

Saiu do prédio e correu até lá. Colocou a chave em um pequeno plástico de salgado que achou voando pelo lugar, amarrou, e enterrou junto ao início da raiz da árvore. Certificou-se de que ninguém estava vendo e então voltou para o seu dormitório.

Por um tempo, ficou sentado em sua cama, apenas olhando para as paredes, para as dezenas de roupas que Draco havia deixado espalhadas pelo quarto, as milhões de cinzas encrustadas no lençol. O que ele iria fazer? Deveria contar a Draco sobre a conversa com Dumbledore ou simplesmente deixar que Draco descobrisse as coisas por si só?

— Oi, Harry! — Draco entrou pela porta. Ele segurava seus sapatos na mão, assim como as manhãs, e caminhava descalço pelos corredores. Jogou-os junto as roupas e jogou-se na cama ao lado de Harry, colocando seu braço envolta da cintura do garoto. — Como está o meu amorzinho?

— Amorzinho? — Harry tentaria, de todas as formas, mudar um possível assunto em relação a conversa com Dumbledore. — Desde quando você tem toda essa liberdade, loiro?

Draco sorriu e piscou para ele ao mesmo tempo, fazendo um check com os dedos. — Eu andei pensando bastante nesse caminho da sala de Dumbledore até aqui, moreninho...

— São dez metros — zombou.

— Dez metros de reflexão, Harry. Eu pensei. Bom, Harry e eu estamos fodendo. Eu estou fodendo com outros garotos, mas sei que Harry também está fodendo com outros garotos. E também sei que, no final dia, nós dois gostamos de ficar um com o outro.

— Onde você quer chegar?

Draco encostou a sua cabeça no ombro de Harry, olhando para ele por baixo, passeando seus dedos pelo peito do garoto e fazendo-os subir até os lábios do moreno. — Por que a gente, sei lá, não começa a namorar oficialmente?

Harry sentiu aquele friozinho na barriga. Mas logo ele passou. — Namorar?

— Deixar claro para nossos ficantes que temos donos e que no final do dia temos alguém para... dar prazer.

— Eu não sou uma puta, Draco. Não uma puta desse tipo.

— Puta é puta, Harry — Draco mordeu sua orelha. — Você pode dar para todos os garotos dessa escola, mas no final você é a minha puta.

Bebê. Harry lembrou-se de como aquele caubói havia o tratado no outro dia. Mesmo que tenha sido levemente bruto, o prazer e a forma da brutalidade haviam deixado Harry levemente abismado e faminto por mais. Agora ele perguntava-se se ele era realmente a puta de Draco ou a puta de todos os garotos para quem ele já havia dado, que no total contavam três

— Quer tornar oficial, então? — tudo para tornar a conversa cada vez mais longe de Dumbledore e a maconha de Draco.

— Sim. O que você acha? Aceita? — os dois se olharam e então Harry soltou um sorriso. — Ótimo, Harry! Sabia que você ia aceitar. Agora a gente namora, viado! Bate aqui, porra!

Harry não quis, mas então eles se beijaram. — Vamos comemorar. Que tal com.... maconha? Ah, merda! Eu tinha esquecido de comentar contigo, moreninho. Você pegou, quem sabe, os meus baseados?

O moreno balançou a cabeça, de um lado a outro, tentando parecer o menos culpado possível. Draco continuou: — E você não viu ninguém aqui, também?

Não, novamente.

— Estranho. Todo meu baseado sumiu. Tudo, como pó. Desapareceu. Acha que o Simas pode ter pego? Ele indicou com você mais cedo, talvez esteja querendo brincar com a nossa cara. Mas isso tem cara de ser alguma coisa da Hermione, pode falar com ela?

— Por que, ao invés de comemorarmos com baseado, a gente não enfia a porra desse teu pau dentro de mim?

Draco soltou uma gargalhada e jogou-se na cama. — Desculpe, putinha, mas eu realmente preciso dormir. Passei a noite fora e, sabe, tive que te proteger dos vilões hoje. Foi um ótimo dia de super-herói. Qualquer coisa, me chama pelo sinal.

— Sinal?

50 tons de Draco Malfoy - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora