15: Anachronistic thoughts about life and cocaine

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— Sai, aberração!

O corredor ficou silencioso, todos virados para um garoto alto e desajeitado que saia pela porta do Clube de Futebol Americano (Topzera). Ele praticamente foi jogado para fora, seus materiais foram espalhados pelo corredor e o seu tênis chegou a sair de seu pé esquerdo, enquanto ele olhava amedrontado para o loiro—de-olhos-azuis-do-pau-pequeno que havia o expulsado.

Por um segundo as pessoas pareceram se importar. Mas aquilo era o ensino médio. E ninguém perdoava ninguém no ensino médio. Todos, sem exceção, caíram na risada, até mesmo Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley, que estavam em frente aos seus armários, segurando, cada um, uma grande quantidade de livros.

— Química aplicada – Hermione comentou, ainda observando Neville. — Eu não acredito que eu estava bêbada o suficiente para querer foder com ele, pelas barbas do mendigo. E vocês?

Rony olhou para o seu horário, grudado a tampa de seu celular – para que nunca perdesse. — Iniciação a Teoria Musical. Você deveria estar retardamente bêbada ontem a noite. Harry?

O garoto parecia perdido em algum ponto desconhecido aos amigos, entre a porta do Clube dos Machões Que Nunca Foderam uma Mina e os armários vermelhos dos alunos do terceiro ano. Rony bateu com um soco no ombro do moreno e ele pareceu acordar de um sono "acordado".

— Oi... Ahn? A história no uso intensivo da hipnose. Eu supostamente acho que Hermione machucou dois garotos a ponto de sair sangue.

— Sério?

— Uns idiotas. Me deu vontade de enfiar uma garrafa dentro do cu deles e estourar depois, com água quente. Um me chamou de puta e o outro passou a rola dura nas minhas coxas. Eles acham que eu sou o quê?

— Anyway – Harry virou para o armário —, eu preciso mostrar uma coisa para vocês dois. Mas vocês têm que prometer que vão ficar quietos, OK?

Hermione abriu um sorriso. — Se eu for algo muito foda eu não seguro meus lábios... e eu não disse se eram os de cima ou os debaixo.

Harry checou o corredor e as pessoas ao redor, para que ninguém visse ou ouvisse o que estava acontecendo, e então abriu a fechadura do armário com seu código. Um click de metal e a porta abriu-se. Uma porção de comida velha, roupas sujas e livros rasgados. Mas lá no fundo, dentro de um pacote de Doritos velho, debaixo de cuecas limpas, estava um pequeno saquinho azul.

— Harry, você não... – Rony começou.

— Porra, Harry – Hermione segurou o grito quando viu Harry tirar dois pequenos papelotes de cocaína de dentro do saquinho azul. — Harry, onde você conseguiu isso? Tudo bem ser um puto-piranha, mas está indo longe demais, né...?

— Quieta, Hermione! – Harry repreendeu, guardando rapidamente tudo no lugar e fechando o armário. — Cedrico deixou no meu bolso enquanto nos beijávamos, de alguma forma ele sabia que a polícia estava vindo.

— Esperto o arrombado – Rony começou a caminhar em direção as salas de aula, sendo seguidos pelos outros dois. — Você quer que eu bata nele, Harry? E devolva essas coisas?

Harry sorriu para o amigo. — Não precisa se meter nisso, Rony. Eu tenho que dar um jeito de tirar isso de dentro da escola. Mas agora que Dumbledore soube daquela festa do Cedrico que supostamente ele tinha liberado – mas não tinha —, a segurança está reforçada. Sou um novato, suspeita número um de qualquer merda ou comportamento anormal.

Hermione concordou com a cabeça.

— Sabe o que eu faria? – dobraram em um corredor. — Colocaria isso no meu estômago, dentro do meu quarto, e sairia na sexta para a cidade. Iria vomitar tudo em algum banheiro público e deixar por lá mesmo.

50 tons de Draco Malfoy - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora