— Porra, novato! — Simas Finnigan exclamou, no corredor, enquanto Harry o segurava pelos braços, para que ele não saísse correndo. O moreno não sabia de onde havia tirado aquela força, mas que estava usufruindo, estava. — Eu só queria ter um papo legal de novato para novato e vejo o ruivinho babando no teu pau.
Harry ainda não havia processado aquela ideia e ouvir aquilo da boca de outra pessoa era como querer receber vinte golpes direto na boca de seu estômago. Apertou a força nos braços do garoto.
— Você vai me prometer que não vai contar isso para ninguém! — os olhos fixos nos olhos escuros do "navalha". — OK?
Simas caiu na risada, ao mesmo tempo em que gemia pela dor causada em seus ombros. Não havia ninguém no corredor além do zelador surto, que tentava, de várias formas, limpar o vidro de uma das janelas mais altas sem uma escada.
Harry olhou rapidamente para dentro e viu que Rony ainda estava sentado na cama, o olhar perdido. Ele parecia um psicopata, balançando-se em seu próprio eixo, os lábios se mexendo como se estivesse recitando alguma coisa. O moreno sabia das possíveis consequências que poderiam vir caso o ocorrido acabasse vazando pelos corredores.
— Pera aí, pera aí, meu bruxo — Simas afastou Harry apenas com um empurrão. Claramente ele era o mais forte ali. — A gente vai ter que discutir isso aí direitinho. Quanto que você tem?
Harry revirou as sobrancelhas. — Quanto que eu tenho?
Navalha trocou a posição do pé, tirando sua pequena arma de dentro do bolso, indicando a ponta bem em frente ao peito de Harry. Ele não estava com medo do garoto, muito menos da navalha, mas sim do que viria a acontecer caso a direção viesse a descobrir. Ele realmente não queria voltar a morar com seus tios. Não em um período escolar, onde poderia estar ali.
— É, quanto de dinheiro — Simas bateu na cama do garoto de leve. — Viado não sabe fazer conta? Ou só sabe dar o cu?
Harry soltou um suspiro longo, não estava gostando do rumo que aquela conversa estava tomando. — Esqueça o que você viu e volte a fazer o que você está fazendo. Simples.
— Isso tem um preço, novato — Simas sorriu, um sorriso amarelo. — Ou vai querer que teu amadinho platinado descubra que você está dando teu pau por aí nos corredores? Eu realmente não iria querer a segunda...
— Você não parecia assim na primeira semana! — Harry segurou o garoto mais uma vez. — Olha aqui, eu posso ser magro, mas...
— Me paga um boquete!
Harry deixou sua frase no ar, enquanto o outro novato olhava para ele de forma esquisita. O garoto desceu a mão por seu corpo e segurou o membro por cima de sua calça. — É rapidinho, ninguém vai ver. Chama o teu amigo ruivinho.
O moreno estava rindo, mas por dentro estava gritando. — O quanto que você quer de dinheiro?
Simas sorriu. — Opa, agora a gente tá falando a língua das cobras.
Cinquentinha.
— Cinquenta? — Harry controlou-se para não bater no garoto. Sabia que iria receber outros vinte como resposta, mas a vontade era enorme. — Tenho quinze. E é minha oferta final.
— Quinze e você me dá ali no armário das vassouras.
— Vinte e Cinco?
— Vinte e Cinco e uma oral, agora.
— Trinta e Cinco?
— Trinta e Cinco e uma punhetinha. Oferta final.
Harry pareceu pensar. Olhou novamente para dentro do quarto, agora Rony já estava caminhando no corredor em estado de choque. Olhou para os dois lados, em busca de alguém que pudesse estar escutando a conversa. Mas assim como antes, eles eram os únicos além do zelador. O moreno parecia estar entrando em um dilema da qual não iria conseguir sair tão cedo.
— Vinte e Cinco e dois baseados do Draco — Harry disse baixinho perto dele. — Fechado?
Simas fechou a cara rapidamente, repensava a proposta. — Fechado.
— Me encontra às dez em frente ao meu dormitório que eu te passo os negócios — Harry deu um passo para dentro do quarto de Rony. — E se eu descobrir que você contou para alguém, eu acabo que essa porra que você chama de bunda.
Simas soltou uma gargalhada. — Você não tem cara de que faria isso, novato. Boa sorte com o ruivinho aí. Só não mela a boquinha dele, tá, viado?
— Me chama de viado de novo que vai ser só cinco e o meu pau no teu cu, idiota! — Harry entrou e fechou a porta na cara de Simas. Rony estava parado em frente ao seu guarda-roupa, como se estivesse em busca de alguma roupa.
— Rony?
O ruivo fez um sinal para que Harry ficasse quieto e assim ele o fez. O novato jogou-se na cama do amigo, tirando os sapatos e jogando-os no chão. Harry olhou mais uma vez para Rony, ele parecia estar limpando a boca de cinco em cinco segundos.
— Caralho, Harry! — o ruivo exclamou. Harry sentou-se em um pulo. — Rony?
— Harry, eu chupei a porra do teu pau. A merda do teu pau peludo!
Harry sorriu sacana para ele, mas o mesmo ainda estava de costas. — E....?
— Eu odiei! — Rony enfim virou-se para Harry. — Foi a coisa mais sem sentido e nojenta que eu fiz na minha vida. Depois de tomar um copo de mijo da Kátia Bell, claro.
Harry já esperava por aquela reação. Voltou a calçar os sapatos e caminhou até o amigo. — Não se preocupe, não vou contar para ninguém. Você precisava experimentar, certo? Ótimo, já experimentou! Foi o meu primeiro, aliás!
Rony bateu nas costas do amigo. — Eu não sei se iria conseguir aguentar você gozando na minha boca, novato. Guri quando pagam boquete para ele na primeira vez, não consegue controlar o leitinho na mamadeira.
— OK, Rony, isso não foi algo legal de se ouvir. Vai na festa do Cedrico hoje?
Rony estava novamente em frente ao guarda roupa, onde Harry agora via um espelho acoplado, checando os seus lábios. — Onde? Minha boca está suja?
— Na festa do Cedrico, nas extracurriculares, lembra? — Harry caminhou até a porta. — Rony, eu não gozei na tua boca, não está sujo!
Rony levou os braços para cima e sorriu para o novato. — Obrigado, Harry. Vou tentar aparecer por lá. Convide a Mione e a Luna, elas vão querer ir. E, por favor, não comente com ninguém sobre isso, pode ser?
— Claro, Rony, minha boca é um túmulo.
— RONY TE PAGOU UM BOQUETE? — gritou Draco no dormitório, alguns minutos depois.
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50 tons de Draco Malfoy - DRARRY
FanficA família Dursley, cansada da inoportuna presença de seu sobrinho Harry, resolve mandá-lo para a Esplêndida Academia para Jovens Dotados de Hogwarts. O promissor menino se vê obrigado a conviver com a nova ideia de escola e a de socialização, ainda...