50 tons de Draco Malfoy - DRARRY

30: Scandal is my cup of tea

Harry olhou para dentro do quarto de Simas. As luzes estavam apagadas, nas paredes brilhavam adesivos autocolantes em forma de planetas. Um notebook estava aberto em cima da cama, de onde ele conseguia ouvir, com certa dificuldade, os gemidos de alguma atriz pornô de algum filme pornô que Simas deveria estar vendo. Seus olhos miraram para o menino. Foi a primeira vez que prestou atenção em Simas desde o primeiro dia de aula, quando o viu ao lado do quarto de Draco.

Ele era um pouco menor que Harry, os cabelos cortados e emparelhados rentes a cabeça, não era careca, mas também mal tinha cabelos direito. Seu rosto era repleto de pequenos tufos de pelos, desde as bochechas até o queixo. Seus olhos eram escuros e pequenos e suas sobrancelhas eram estranhamente delineadas e rentes uma a outra, como se ele a fizesse, mas estava claro que ele tinha sobrancelhas perfeitas por nascença.

Para Harry, a única coisa que estragava em Simas era o jeito que ele se vestia. Em dias da semana, usava os costumeiros uniformes da escola, porém naquele momento ele estava vestindo uma de suas bermudas táctel, uma camiseta azul que ia até os joelhos folgada nos braços, com a estampa de uma mulher deitada apenas de biquíni em cima de um carro dos anos '70. Nos pés, suas chinelas de vovô.

Harry, por outro lado, estava vestido com sua calça jeans preta e uma camiseta que havia trago depois de sair do banheiro. Seus sapatos velhos e encardidos nos pés e os cabelos ainda molhados depois do banho. A diferença entre eles era gritante. Mas até que ele gostava da forma que Simas se vestia.

O garoto abriu a porta e deixou que Harry entrasse. Não fechou a porta sem que antes checasse o corredor e se certificasse de que ninguém estava os observando. Ligou as luzes, para que Harry conseguisse se encontrar dentro do quarto, e então fechou a tela do computador, fazendo com que os gemidos da atriz pornô cessassem. Os dois se olhando por algum tempo, Harry com as mãos no bolso e Simas segurando sua navalha na mão direita.

— Você não vai contar para ninguém!

— Com toda certeza, não.

— Cadê meu pó?

Harry olhou para seus próprios bolsos. — Esqueci. Mas eu prometo que te trago pela manhã.

— Você não está brincando comigo, está?

— Não. Eu juro. Eu te chupo, te dou o pó amanhã e você me diz onde Cho Chang está. Eu prometo.

Simas sentou-se em sua cama, olhando para o computador e então novamente para Harry. Ele não estava cem por cento confiante em Harry. Não deveria, na verdade. Era um garoto que conhecia a quatro meses, nas quais as conversas eram, geralmente, ameaças um ao outro. Suspirou.