31: Look at me and say I ain't your bitch

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POV HERMIONE


— Ah, caralho! Vai, fode. Caralho, delícia. Fode essa porra, idiota! — um estalo, um tapa no rosto, forte. — Não sabe meter direito, ô viado? Filha da puta da tua também não te fez macho? Porra, não tem peteca, tu tem um pau, enfia caralho!

A minha capacidade de raciocinar naquele momento não era dos melhores. Pelada, com as pernas abertas e para cima, a cabeça dolorida e os olhos lacrimejando — e não era de dor, quem dera fosse — tentava encontrar prazer no garoto em cima de mim. Do que adianta ter vinte centímetros de rola se só dez deles fazem o serviço e o resto parece que tem vida própria?

— Não, sai, sai! Eu disse para sair! Sai, levanta de cima de mim. Tira essa peteca da minha boceta, caralho — levanto-me, suspirando fundo e olhando para a cara do garoto. — Pensei que um garoto de quatorze anos iria saber foder nos dias de hoje. Agora vai embora desse quarto e se eu receber qualquer denúncia de pedofilia, eu mando alguém arrombar esse teu cu que vou de virar em 90º graus e colocar sua cabeça dentro, tá entendendo?

O menino levantou-se com medo, sua rola extremamente grande balançando, guardando-a em sua cueca e atravessando a porta do meu quarto. Ele era um dos garotos da vizinhança que não faziam nada além de jogar futebol e patolar o pau do amigo. — Falta muita punheta para ti ainda, pirralho! Vai chupar uma rola que eu acho que tu vai melhor!

Me jogo no chão, meu pulmão subindo e descendo à medida que minha respiração vai normalizando. Olho para o meu teto, pintado em estrelas e nuvens, com os nomes dos meus melhores amigos do fundamental.

— Mia, puta. Hendrix, traficante. Luke, viado que deu para o meu ficante. Gi, entrou na faculdade mais cedo mas tenho certeza que dá para a classe inteira e ainda chupa o cu do professor.

Coloquei meu melhor pijama — vestido para sair velho e rasgado — e desci para o porão, onde meus pais guardavam os instrumentos de carpintaria. Procurei pelos armários as tintas, uma escada e pincéis. Em duas viagens, levei as coisas para meu quarto. Abri as janelas, forrei o chão com jornais e provas do ano anterior e comecei a pintar todo o teto de branco, escondendo as estrelas, as nuvens e os rostos dos meus amigos zoados e perdidos na vida.

— Filha — meu pai parou na porta. — Escutei alguém gritando lá da clínica, era o Judy, filha da vizinha?

Não olho para meu pai. Judy era o menino de quatorze anos dotado que não sabia meter ou seu irmão de vinte anos que ela adorou chupar no dia anterior? — Judy? Não

conheço nenhum não, por quê?

— Eu acho que eles estão de espiando pela janela de novo. Sabe como é, os meninos de hoje em dia só pensam em foder uma boceta e gozar em um par de coxas. E eles sabem fazer, não seja ingênua, Mione.

Judy parece que não, pensei.

— Pai! — gritou, com falsidade. — Isso são coisas que se falem com sua filha? Posso continuar a pintar meu teto.

— Não vai desenhar o rosto dos amigos de novo, vai?

— Não.

Mentira. Quanto a tarde avançou e o teto ficou seco novamente, subi uma segunda vez, agora com uma paleta colorida. Primeiro desenhei Rony, meu crush eterno, amor da minha vida e o menino que não sabe controlar o gozo. Harry, viado apaixonado por pau — fiz questão de desenhar um pequeno Draco sorrindo ao lado dele. Olho para o espaço vazio, onde mais rostos poderiam ser colocados.

Mas quem são meus outros amigos?

Acabo por desenhar a mim mesma. Corações, estrelas e brilho, um toque mais refinado do que os outros desenhos. Ao lado do meu nome A Puta que Você quer ser e a Puta que Você quer comer, supere. Jogo-me na minha cama e ligo para Harry.

— E aí, viado? O quê? Não sabe falar em um celular, Harry? OK. Ahn? Não, não acredito! Sério? E agora?

Vejo minha mãe na porta, me olhando de canto de olho. — O que aconteceu?

Tiro o celular de perto de minha boca. — Meu amigo viado descobriu que pode caber mais de dois paus na bunda dele, mãe.

Claro, minha mãe não acreditou no que eu disse e continuou seu caminho pelo corredor, enquanto voltava a entender o que Harry dizia. — Está bem, agora volta um pouco. Você chupou o Navalha? Aquele porco sujo que toma banho uma vez na semana, você chupou ele? Que? Ele tem gosto bom? É limpinho? Porra, Harry, homem é porco com o corpo, mas sempre vai deixar o pau cheiroso, aprenda isso. Que nojo, Harry!

Agora era meu pai na porta. — O que aconteceu?

Mais uma vez, tiro o celular de perto da minha boca. — Meu amigo viado quer saber se a porra acumula no estômago ou se ele vai defecar ou urinar ela depois.

— Pede para desligar, diz que você vai nos ajudar com a ceia. E diz para ele que tomar leite direto da fonte pode fazer mal. Se ele quer chupar uma rola, que seja com camisinha.

— Você escutou, Harry? Ele disse para ti chupar a rola dele, pai.

Meu pai soltou uma gargalhada e seguiu minha mãe. — Harry, vou ter que sair. Mas olha, quando eu voltar daqui a dois dias tenho duas coisas para colocar na tua cara, viado burro. Primeiro, chupei mais rola que tu em três dias. Segundo, você chupou a rola do sujo do Simas e agora está, provavelmente, com tétano. Não, não Harry, eu não estou roubando, isso é mais a sua cara. Harry, antes de querer ser espertinho, lembre-se que eu já sou rodada antes de você bater uma pela primeira e eu não duvido disso!

Paro de falar quando vejo que meu pai volta a atravessar o corredor.

— Olha para a minha cara, Harry, e diga que eu não sou uma vadia. Quê? Cho? Porra, onde ela está? Não, não! Espera eu chegar aí e nós vamos buscar, está ouvindo? Agora tchau, Harry. Não eu não vou.... desligou na minha cara, viado!

Jogo meu celular na cama e olho para o teto, para os meus desenhos. Talvez eu pudesse adicionar Cho, agora que ela poderia estar de volta novamente. Mas quem sabe quando ela não iria desaparecer novamente ou, pior, se ela iria continuar a conversar comigo e Harry. Suspiro forte.

— Hermione? — Minha mãe grita lá embaixo. — Por que tem um menino aqui dizendo que você deve uma gozada para ele?


Harry abre a boca em frente ao espelho, para seu reflexo à luz de um grande pedestal de fotografia que encontrou no clube do Jornal da escola. Olhava todos os cantos de suas bochechas, de seus dentes em busca de qualquer resto de sujeira proveniente de Simas. Idiota, é claro que não ficaria visível caso ele tivesse passado algum germe! Olhou para seu celular, logo após desligar mandou uma mensagem para Draco perguntando se as coisas estavam bem, mas até agora não havia recebido nenhuma resposta.

50 tons de Draco Malfoy - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora