41: The cowboy effect

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— Central, temos um caso de invasão de propriedade privada; como devemos proceder, câmbio?

Harry percebeu que o cowboy estava mais gostoso do que o normal naquelas roupas de policial. Como um policial conseguia ser um stripper e prostituto ao mesmo tempo?

— Quais os nomes de vocês? — ele pergunta.

Harry e Draco se olham de canto de olho, como se estivessem decidindo se iriam ou não revelar suas identidades.

— Draco Malfoy — disse o loiro.

— Harry James Potter — o moreno seguiu o exemplo.

O cowboy repetiu os nomes no rádio, colocou a mão em seu cinto e olhou para os dois, esperando uma resposta.

— Tu viu o volume dele? — sussurrou Draco, tentando miseravelmente se soltar das algemas em seu pulso. — Será que ele teve caxumba e desceu pro saco?

Harry riu. Mas riu de nervoso. Ele não podia contar a Draco sobre já ter fodido com aquele homem, podia? Pior, será que o próprio cowboy se lembrava de ter colocado sua linguiça no creme mostrada de Harry?

— Câmbio! — ele guarda o rádio em seu cinto, faz um sinal para seu companheiro de patrulha. — Vocês serão levados à delegacia para prestar depoimento e serão soltos logo depois, por serem menores de idade. Fazem parte de alguma instituição de ensino?

Os dois novamente se olham.

— Academia para Jovens Alucinados da Sonserina.

Harry solta uma risadinha para a resposta de Draco, tentando não acabar com o disfarce. Entretanto, o homem solta uma risadinha.

— Estão brincando com a minha cara? J. K. Rowling está gargalhando na mansão dela nesse momento.

— J. K. Rowling? — o loiro e o moreno questionam ao mesmo tempo.

— Deixa quieto. Pode colocar eles no carro, Olho-Tonto.

Em parte, Harry ficou confortável por estar tão colado a Draco no carro, mas, também, sentia-se desconfortável por estar tão colado a Draco no fundo do carro.

O cowboy e o tal de Olho-Tonto conversavam sobre um ex-agente da polícia que parecia ter se metido com filmes pornôs.

— Harry?

— Sim, Draco?

— Tu acha que consegue tirar as calças e sentar no meu pau?

Harry fica vermelho. — Agora?

O loiro concorda.

Harry olha para as suas mãos algemadas e para os dois policiais na frente.

— Nem pensem nisso — diz o cowboy. — Isso é uma viatura, não um motel de quatro rodas. Se querem foder, esperem serem liberados.

— Eu não importaria, na verdade — disse o velho que dirigia, o tal Olho-Tonto. Harry não entendia o apelido até ter olhado para seu rosto, tão feio quanto o de Cho Chang. Um olho de vidro, que se mexia feito um passivo em uma orgia em São Paulo. O que deveria ter acontecido com seu olho? — São adolescentes, só querem fumar, meter o pau em qualquer lugar e ficarem bêbados até vomitarem pelo cu.

O cowboy olhou desconfiado para o companheiro de trabalho. — O que houve contigo? Parece até uma outra pessoa.

O Olho-Tonto solta uma gargalhada, parando em frente a delegacia. — Tá achando o quê? Que eu sou outra pessoa que tomou uma poção pra parecer com seu colega de trabalho? Sou eu, Skeeter. Hello, velhos também gostam de foder.

O homem saiu do carro, fechando a porta e se dirigindo para um outro carro, que entrou, deu partida e foi embora pela mesma rua.

— O que aconteceu? — perguntou Harry.

— Acabou o turno dele — disse o cowboy, depois olhando estranho para Harry. — Vamos, saindo.

Ele abriu a porta e os dois saíram um atrás do outro. Não havia ninguém no estacionamento, então era menos vergonhoso para Harry e Draco, apesar do moreno ter quase certeza que seu namorado já havia estado em cana.

— Eu gostava mais do que Olho-Tonto — comentou Draco baixinho.

— E eu gosto mais da minha rola no teu rabo. Cala a boca! — gritou o cowboy.

Harry soltou uma risadinha.

— Se for grande — sussurrou o loiro.

Enooooooorme, pensou Harry.

Eles foram deixados em dois banquinhos do lado de dentro. O cowboy policial desapareceu e por mais de uma hora eles ficaram ali, esperando alguma coisa acontecer ou alguém chegar.

Harry chegou a dormir e quando abriu os olhos, viu uma fina camada de luz entrar pelas janelas. O sol estava nascendo. E eles não estavam na escola.

— Precisamos sair daqui — disse para Draco. O garoto estava de olho fechado, dormindo, mas tinha um volume no meio de suas pernas. — Draco!

O loiro acordou com um tapa no rosto, mas não era de Harry. O cowboy estava ali novamente, mas agora sem o uniforme policial.

— Vamos indo, preciso levar vocês de volta para a escola.

Harry estranhou. Draco queria dormir.

— Mas...?

— Não tinha lugar nas salas de interrogatório para vocês. Foram dispensados. Prometem que não vão mais naquele mercado de madrugada?

Os dois já estavam de pé, no estacionamento. O cowboy voltou a falar: — Tem outros menores onde vocês podem foder legalzinho.

Harry abriu os olhos com força, assustado.

— Tu é o menino assustado daquele dia, não é? — pergunta o homem. — Você ficou louquinho no meu pau.

Harry não estava acostumado com uma mudança tão bruta de personalidade. Olhou assustado para Draco, mas ele parecia estar em outro planeta.

— Esperem aqui.

Harry e Draco ficaram encostados em uma mureta, longe da delegacia. Esperaram por alguns minutos, até que o cowboy voltou, dessa vez vestido completamente, de calças largas, botas e chapéu. Ele sorriu maliciosamente para os dois. — Quem é o primeiro?

Naquele momento, Draco já estava acordado. Ele sorriu, abaixou suas calças e o cowboy se ajoelhou, já pegando seu pau e colocando em sua boca.

Harry não conseguia acreditar; um cowboy chupando seu namorado, o sol nascendo e eles não muito longe de uma delegacia.

O cowboy sorria para Harry enquanto chupava Draco. Ele apertou Harry e o moreno não pode se controlar. Ficou duro.

Era o efeito cowboy em seu corpo.

50 tons de Draco Malfoy - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora