— Senta, Harry — Hermione segurou seu copo de conhaque com certa tremedeira, deixando que seu corpo se embalasse pela sua mente afetada recentemente pela bebida. — E relaxa.
Rony jogou Harry no banco e os outros dois foram conversar sozinhos em um canto, enquanto o novato observava a decoração de natal naquele pequeno porão onde havia sido decorado. Não haviam quase nada além de luzes piscando pelas paredes, alguns pinheiros em miniatura e flocos de neve por todo o lugar.
Naquela manhã, os primeiros pedacinhos de gelo haviam começado a despencar do céu. Nada muito extraordinário, o calor ainda reinava em Londres. Mas, dali algumas semanas, os casacos começariam a ser necessários. Pelo que havia escutado nos corredores nessa sua primeira semana de aula, as saídas de final de semana eram liberadas apenas quando a neve não mostrava risco aos alunos.
Merda! Quando que a neve não mostra risco?
Hermione aproximou-se, levemente tonta. — Hoje eu não quero sóbria, eu quero beber, beber, beber e foder! Mas antes de disso - largou seu copo em uma pequena mesa redonda -, Harry, bem-vindo ao Molejo!
Ela e Rony abriram os braços, como em uma festa de aniversário surpresa, e Harry apenas sorriu para os dois: — Isso deveria soar impactante?
— Basicamente - Rony aproximou-se de Harry. — Molejo: o maior e melhor openbar de Hogwarts da qual você pode participar. Encher a cara, curtir um pagodinho batuta e ainda ter a oportunidade de encontrar aquele boy desgraçado para esmagar a tua rata!
Harry estava levemente aterrorizado com tudo que o garoto havia dito: — Pagôdin? Pagodinho? Ah, pagodinho! Que merda é essa?
Hermione e Rony se olharam, boquiabertos, e então os dois riram da cara de Harry.
— A maior banda brasileira que você respeita! - Hermione abriu os braços novamente, dessa vez sem Rony.
— Brasileira? - Harry perguntou curioso.
— Brasileira? - Rony parecia igualmente perdido. — Sempre achei que fosse Argentina. Eles falam a mesma língua né? Norueguês.
— Rony! - Hermione bateu com sua mão livre na nuca do garoto. — Anos de Molejo e você não sabe o contexto histórico dessa maravilha que deveria se tornar uma Escola Literária?
Rony reclamou da dor que surgiu em sua nuca, enquanto tentava se esquivar dos outros golpes de Hermione: — Estrangeiros e essa mania de achar que o espanhol é igual ao português.
Os garotos riram da cara da garota, Harry disse: — Mas você é estrangeira... Ou você é brasileira?
Hermione parou para pensar por alguns segundos, enquanto os amigos lhe observavam. Ela parecia estar fazendo um cálculo longo e díficil, uma vez que Harry pensou ter visto alguns cálculos, gráficos e raízes aparecerem em volta da garota.
— Eu já vi isso em algum lugar... - disse o novato.
— Naz'Aré Tedëxcô - o ruivo tomou mais um gole de sua cerveja. — Opa, norueguesa, também!
Os dois riram.
— Com base em uma pesquisa minuciosa em minhas memórias, conversas fiadas com meus parentes e álbuns-de-fotos-escondidos-cheios-de-pornográfica-e-nudes-de-meus-pais, não, eu não tenho qualquer relação com os brasileiros. Mas, como eu disse, Rony, foram três anos de Molejo!
Rony esquivou-se mais uma vez, mas dessa vez Hermione parecia não estar com vontade de bater no garoto. — Harry, o Molejo é esse pequeno porão exclusivo para poucos alunos do ensino médio, com música, muita pegação, drogas e, claro, brioco violado.
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50 tons de Draco Malfoy - DRARRY
FanficA família Dursley, cansada da inoportuna presença de seu sobrinho Harry, resolve mandá-lo para a Esplêndida Academia para Jovens Dotados de Hogwarts. O promissor menino se vê obrigado a conviver com a nova ideia de escola e a de socialização, ainda...