15. Aquele com o pequeno passeio pela cidade

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Para Brittany, uma das melhores coisas de se morar em Portland – perdendo apenas para a companhia de Santana, Quinn e Dino; está sendo o fato dela poder andar pelas ruas da cidade com qualquer uma de suas câmeras a mostra, quando e onde quiser (teoricamente), sem correr o constante risco de roubo como nos últimos dois anos, em Oakland. Sempre gostou de andar com suas câmeras penduradas no corpo, selecionar a que mais se enquadra ao dia e, simplesmente, sair, e agora, finalmente, vai ter isso de volta. Hum... Não é nenhuma novidade que tem certo favoritismo pela Polaroid, mas, hoje, para facilitar, vai de Canon. A compacta, claro.

Ela passa a alça da câmera pela cabeça, e dá uma última checada no espelho.

* All Star

* Calça social

* Camiseta branca

* Chapéu Fedora

* Brincos de cartilagem

* Anéis de falange

* Pulseira de pano

* E, câmera

Perfeito, está completa.

Vamos logo, Britt! — Quinn bate na porta de novo, com aquele seu ar impaciente, adentrando o quarto em seguida. — Que demora, Jesus...

— Tô pronta. — A mais nova rodopia, fazendo graça. — O que acha, Quinnie?

— Tá linda... Agora vai pro carro, criatura!

A Pierce ri.

— Sim, senhora.

— É sério, B! Quer nos atrasar, é? — A fotógrafa nega e deixa outro riso escapar, passando pela porta. — A Lopez tá lá fora há uns dez minutos já, se quer saber.

E começam a descer as escadas.

— Desculpa. Me empolguei com a câmera, sabe...

— Eu sei, e tá tudo bem. De verdade. Entendo como é importante pra você tudo isso de poder voltar a andar com suas queridinhas lá fora. Mas, a senhorita precisa agilizar mais, concorda? Chato chegar em cima da hora aos lugares. É tipo demorar horas para retornar ligações e responder mensagens quando você tem tempo suficiente pra o fazer, sabe disso.

— Anotado, minha nobre mentora. Não vou mais esquecer. Prometo.

— E larga de graça...

— Tchau, pequeno. — Brittany se despede de Dino, bagunçando seus pelos. Depois, encara olhos verdes. — Tá.

Lucy dá um sorrisinho falso, soando vencedora. Aí, se despede do corgi também.

— Seu menino sapeca...

E é claro que a cena é toda registrada pela câmera nas mãos da canadense. É Dino de barriga para cima, saltitante, de língua para fora para todo o lado. Mas, logo as loiras vão para o exterior da casa. Dino, um tanto chateado e manhoso com a situação de "abandono", dá um chorinho na sequência. Assim, a Pierce acaba por fitar a porta, mais uma vez.

— Que dó... Ele queria vir junto.

— Da próxima vez ele vem.

— Escutou isso, garoto? — Ela põe a mão na madeira, de forma dramática. — Dino?

"Aw... Aw, aw!"

— Não fique triste, ok? Nós vamos num passo e voltamos no outro. Você nem vai...

Our Hands Tied - BrittanaOnde histórias criam vida. Descubra agora