Maristeb - 33

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oii, será que Maria vai ceder? Beijos e fui!

— Eu te amo tanto!

— Eu também te amo tanto! — se aproximou beijando seus lábios.

— Vamos tomar banho juntos, eu preciso de você!

Estevão sorriu apaixonado e se ela precisava dele, ele estaria ali para ela sempre. O corpo de Maria foi encostado na parede gelada e os lábios de Estevão percorreram cada pedacinho de seu pescoço que o agarrava com as unhas sentindo seu corpo tremer de desejo. Ele era o seu amor e o único capaz de fazê-la esquecer-se de seus problemas por alguns minutos que fosse, puxou seu rosto e o beijou na boca enroscando suas pernas em sua cintura.

Maria o queria dentro de si e o sentiu lambuzar seu membro em sua entrada molhada e pronta para o deleite de ambos, sorriu o olhando nos olhos e ele se empurrou para dentro dela que abriu lentamente a boca o fazendo gemer de paixão, amava as expressões de seu rosto enquanto faziam amor e ele a beijou mais uma vez. Estevão estava faminto de amor, ela também e ele se moveu apaixonado num vai e vem enquanto suas mãos desfrutavam de seu corpo macio.

Não foi preciso de muito pra que se desmanchassem em prazer juntos e Maria o abraçou forte declarando mais uma vez seu amor e ele a encheu de beijos e sorrisos para que ficasse pelo menos um pouco melhor depois de um dia tão longo e complicado, ele a queria bem e faria de um tudo para que seus olhos voltassem a brilhar de felicidade. Depois do banho, desceram para lanchar com a filha e Anthony despertou manhoso querendo somente o colo de sua mãezinha, Maria não se negou e se agarrou a ele o enchendo de beijos, carinhos para que despertasse de vez e corresse pela casa toda os deixando malucos.

Maria era tão boa mãe, amorosa, sorridente com os filhos que vê-la não conseguindo ser mãe de sua mais velha era triste, ela cuidava tão bem dos pequenos e também de seus filhos mais velhos que vê-la naquele conflito interno era desesperador porque ela queria a filha, mas não conseguia passar por cima do passado para estar ao lado dela. Ele sabia que ela tinha um grande trauma, mas a menina estava ali em sua na vida e ele estava determinado a curar o coração de ambas para que pudessem ser ao menos amigas um dia.

Era a metade dela que faltava e que a fazia sofrer muito mesmo que ela não demonstrasse, era Mia quem faltava para que ela pudesse ficar em paz com sua alma e consciência, mas não seria fácil fazê-la entender por ser tão cabeça dura e não permitir que ninguém a ajudasse com esse problema. Maria cuidava dela durante todos aqueles anos e agora tinha a chance de perdoar seu passado e ele estaria ali para segurar sua mão.

Eles ouviram a porta principal bater e sabiam perfeitamente de quem se tratava, esperaram até que ela apareceu e Estrela estranhou todo aquele silêncio.

— Quem morreu? — questionou a todos sentados a mesa.

O silêncio seguiu e nem mesmo Anthony que amava a irmã se moveu dos braços de Maria para ir com ela e Estrela olhou para o pai.

— Não vão brigar por eu não ter chegado no horário ou por não ter atendido ao telefone? — era muito estranho aquele silêncio.

Estrela vivia ali com eles há três anos, deixou a casa que foi de sua mãe para que o irmão formasse sua família e dando o braço a torcer se instalou na casa do pai junto a Maria e ali seguia feliz junto aos irmãos que eram a sua adoração. Maria por fim a olhou e depois de respirar profundamente falou:

— Você sabe das suas obrigações e se não cumpriu já não podemos mais ficar brigando com você como se fosse uma menina de dez anos!

— Até porque eu te obedeço mamãe! — Antônia falou de imediato se defendendo e dando um meio sorriso pra irmã mais velha.

— Isso sim que é novidade pra mim!

Estevão olhou para sua filha e respirou fundo, estava sim aborrecido por ela não ter atendido ao telefone no momento em que precisava dela para ficar com os filhos enquanto ele estivesse no hospital com Maria.

— Por que não atendeu ao telefone?

— Estava ocupada... — foi curta em sua resposta.

— Quantas vezes já falamos que você tem que atender ao telefone? — a encarava bem sério. — Precisamos de você para cuidar dos seus irmãos enquanto eu estava no hospital com Maria e você mesmo depois de dez ligações se quer retornou.

Estrela olhou para Maria que tinha atenção totalmente voltada ao filho.

— O que aconteceu? — a pergunta era para Maria, mas ela não respondeu e os olhos se voltaram para o pai. — Diz papai?!

— Maria passou mal e teve que ficar em observação...

— Mas já estou bem! — terminou.

— Meu Deus, me desculpe! — colocou o cabelo atrás da orelha. — Eu trabalhei na parte da manhã no abrigo como sempre e depois fui resolver umas coisas, só vi a primeira ligação e como não tinha como responder. Ignorei! — se sentiu culpada.

— Senta e come! — Maria mandou.

— Maria...

— Estrela, você não tem obrigação alguma com seus irmãos... — a cortou. — Então esquece o assunto porque de nada vale suas desculpas e eu já estou em casa para cuidar dos meus filhos! — foi grossa.

— Nossa! — encarou Maria que se quer a olhava e virando as costas se foi.

Estevão respirou fundo e Maria o olhou.

— Me desculpe! — quis chorar já arrependida de ter sido tão grossa.

— Depois vocês se resolvem! — deu um meio sorriso e segurou sua mão.

Maria confirmou com a cabeça e respirou fundo, ficou mais um tempo ali com os filhos e logo os deixou com Estevão e foi para seu quarto, deitou e em meio a tantos pensamentos pegou no sono... Intranquilo, mas dormiu.

&&-&&

DIAS DEPOIS...

Uma semana havia se passado desde o fatídico encontro entre mãe e filha, Maria pagou a mensalidade da faculdade para que Mia pudesse voltar as aulas e pediu que ela fosse avisada de que já poderia voltar, mas ao receber essa noticia Mia sentiu mais ódio ainda por Maria e seu modo de resolver as coisas. Maria sabia perfeitamente onde ela morava, mas se quer dignou-se a buscá-la para uma conversa e isso a revoltou mais ainda, esperou todos aqueles dias que ela viesse até sua porta e como não aconteceu, ela pegou suas coisas e seguiu diretamente ao endereço de Maria.

Quando Mia foi chegando próximo ao endereço, pediu para que o homem parasse abruptamente e lhe pagando o que mostrava no taxímetro, desceu e do outro lado da rua viu Maria sorrindo com um menininho que corria para todos os lados, mas sempre voltava a ela para beber água. Mia não soube dizer quanto tempo ficou a observar aquela cena, mas quando piscou algumas vezes voltando a focar no mundo ao redor, ela atravessou a rua parando atrás de Maria que pode sentir seu corpo todo tremer sem se quer ver de quem se tratava.

— Como consegue olhar para ele sabendo que me abandou ainda sendo um bebê?

Maria virou lentamente sentindo o gosto amargo na boca e a olhou nos olhos, podia desfalecer novamente em sua frente, mas respirou fundo para se manter calma.

— Responde! — se controlou para não gritar e as mãos se apertaram.

— Eu... Eu não te devo explicação alguma! — foi virar para pegar o filho e ir embora dali, mas Mia a segurou pelo braço a fazendo voltar seu olhar para onde segurava e logo para seu olhar.

— Engano seu se pensa que vai sair daqui sem me dizer tudo o que quero saber! — aportou mais o braço dela a vendo se mexer para fugir. — Foi você quem se meteu em minha vida e agora eu exijo uma explicação!

A CONTRATADA - MyEOnde histórias criam vida. Descubra agora