A CONTRATADA - MyE

Maristeb - 5

Boa tarde amores, mamãe não resistiu e aqui está mais um!!!

Maria colocou seu pé no sapato e o sentiu doer, respirou fundo e Estevão a segurou pela cintura para dar apoio e eles começaram a caminhar para fora da casa depois que ela se despediu dos dois deixando ali uma Ana Rosa furiosa para trás. Quando a porta se fechou os dois olharam para ela e sorriram pela cara que ela tinha.

— Se vocês pensam que assim vão me tirar do caminho... — caminhou pegando a bolsa do sofá. — Estão bem enganos porque Estevão é meu!!! — e sem mais também saiu da casa batendo porta...

Estrela sentou no sofá e olhou para o irmão que parecia bem sério depois de toda aquela cena que tinham presenciado.

— Por que está assim tão sério? — tirou o celular do bolso.

— Aquele homem disse que papai seria o próximo golpe e que se fossemos esperto a afastaríamos dele logo!!! — sentou ao lado dele.

— Aquele homem é um maluco e se ela não tivesse gritado nem sei o que poderia ter acontecido. — olhou o celular e depois o olhou. — Maria disse que ele era um ex namorado que não aceitou o fim!!!

— Eu não sei... — falou pensativo. — Ela é uma profissional e se ele estiver certo?

— Acho que você está preocupado demais porque o plano está dando certo!!! — sorriu. — Você viu a cara da Ana cobra?

Heitor teve que rir naquele momento dando o braço a torcer que o plano estava muito bem encaminhado para tirar Ana Rosa do caminho do pai.

— Maria, soube muito bem como a colocar em seu lugar!!!

— Simmmm. — comemorou. — Deixe de pensar besteira e apenas vamos assistir Maria trabalhar!! — abraçou o irmão.

Heitor nada disse e apenas a agarrou um tanto pensativo, ele ficaria de olho em Maria e não deixaria que nada acontecesse a seu pai.

&&-&&

Estevão dirigia em um completo silêncio, ele não queria constrangê-la com perguntas e achou melhor apenas dirigir até o seu endereço. Maria pela primeira vez não sabia o que dizer, sua vergonha era maior pelo que tinha acontecido e ela respirou fundo dando mais uma olhada pela janela e depois o olhou concentrado na estrada.

— Eu sei que deve ter perguntas!!! — quebrou o silêncio por fim. — Deve querer saber como fui parar em sua casa principalmente.

Ele a olhou por um momento e depois voltou os olhos para a estrada.

— Pelo que entendi estava indo ali para ser contratada!!

— Exatamente, eu não quero que pense o que não é. — mordeu o lábio. — Eu não estou te perseguindo e de verdade nem liguei os sobrenomes.

— Me esqueceu assim tão fácil? — brincou sorrindo.

— Um homem como você não se esquece assim!!! — ele a olhou quando parou no sinal.

— E que tipo de homem eu sou? — a voz saiu tão intensa que ela sentiu a garganta secar.

— Um homem capaz de virar o mundo de uma mulher e acho que é por isso que sua namorada é tão ciumenta!!! — a voz dela tinha a mesma intensidade que a dele.

Ele iria respondê-la, mas o sinal abriu e ele voltou a dirigir enquanto era olhado por ela, Maria podia jurar que estava caindo em sua própria armadilha, mas pensar assim era loucura porque mal conhecia aquele homem para que ele mexesse tanto assim com ela. Maria tratava com homens há tanto tempo que não podia acreditar que estava sendo traída por si mesma. O caminho voltou a ser silencioso até que eles chegaram ao prédio dela e ela abriu o portão da garagem para que entrassem com o carro.

Estevão desceu assim que ela indicou onde estacionar e foi para o lado dela abrindo a porta, Maria já estava sem sapato por achar que seria mais fácil caminhar, mas ao colocar o pé no chão sentiu como se uma corrente de dor passasse por todo seu corpo e ela se agarrou a ele o abraçando. Ele a segurou em seus braços e esperou que ela o soltasse para que pudesse pegá-la nos braços, Maria ficou ali por longos minutos sentindo o cheiro dele e por fim o olhou.

— Estevão...

Ele apenas sorriu e depois de travar o carro dela a pegou nos braços e foi na direção do elevador, já era conhecido ali e subiu direto com ela e somente a colocou no chão para que abrisse a porta e logo voltou a pegá-la e entrou a levando direto para o quarto. Quando entrou no quarto a colocou na cama e como ela estava bem presa a ele seu pé resvalou no tapete que tinha ali e ele ficou por cima dela com seus rostos bem próximos, Maria o olhou nos olhos e num instinto a mão foi a seus cabelos e disse:

— Que me passa contigo?

Ele negou com a cabeça sem saber o que se passava consigo mesmo.

— Não sei, mas algo também se passa comigo!!! — a mão dele apertou sua cintura. — Maria...

— Me beija Estevão San Roman...

Estevão sabia que deveria negar aquele pedido, mas já não era dono de seus desejos e seus lábios foram aos dela em um beijo que no início foi calmo, mas que logo foi arrebatado pelo desejo que já existia entre os dois e eles sorveram um do lábio do outro uma necessidade que nem eles mesmos sabiam que tinham. Maria o apertou em seus braços o trazendo mais para si e ele ficou em uma posição bem desconfortável naquele beijo e a soltou ficando de pé.

Ela o olhou ofegante e sentou na cama tirando as pernas para fora dela, ele passou as mãos no cabelo e logo no rosto a olhando também, não era certo o que fazia ali mais seu corpo respondia a ela com uma loucura sem igual. Maria ficou de pé e com dois passos o alcançou e passou seus braços por seu pescoço o olhando nos olhos, às mãos dele foram para sua cintura e ele a segurou se lembrando do pé.

— Estevão, eu... — não sabia o que dizer apenas queria mais e mais daqueles lábios.

— Eu preciso ir... — falou para fugir ou não sabia o que poderia acontecer.

Ela negou com a cabeça.

— Fique comigo... — acariciou os cabelos dele. — Não vá agora, fique!!! — aproximou mais seus lábios dos dele e o beijou novamente. — Fique!!!

Ele a olhou sem saber se podia ou não ficar ali com ela, sem saber o que viria dali em diante e apenas ficou a olhando nos olhos...