Mais um para vocês, meus amores!!
— E como pensa que vai ser agora?
— Eu não faço ideia, mas de uma coisa eu tenho certeza... — secou mais uma vez o rosto dela. — Eu não quero fazer desse hospital o nosso lugar de encontro!
— E você ainda quer me ver além daqui?
Era uma pergunta difícil de responder já que Maria não tinha certeza de nada ou pelo menos achava que não tinha, Mia lhe causava tantos sentimento, mas ali naquele hospital ela não a queria mais, não suportaria causar algum dano maior para ela. Maria também sabia que tinha os pais dela e depois do encontro mais cedo, ela não sentia confiança em se aproximar e ter que ser agressiva com a mulher que a criou desde pequena.
— Eu acho que sua mãe não vai gostar muito disso depois do tapa que me deu! — não estava ali para fazer intriga entre as duas, mas já que estava sendo sincera, seria em tudo.
— A minha mãe te bateu? — se espantou.
— Ela me deu um tapa, mas isso não importar nesse momento! — segurou a mão dela novamente. — Eu só quero ter a certeza de que me entendeu e que nunca esteve em meus planos te fazer sofrer!
Mia respirou fundo baixando o olhar para pensar em suas palavras, mas logo a olhou novamente.
— Eu vou precisar de um tempo pra absorver tudo que aconteceu e o que me disse!
— Eu sei que não é fácil porque nunca foi pra mim, mas você cresceu em um lar feliz e rodeada de amor!
— Um amor que você nunca será capaz de me dar! — soltou a mão dela olhando para o outro lado.
Maria ficou de pé passando a mão em seu vestido e ali ficou por incontáveis segundos apenas a olhando.
— Eu sinto muito! — era à hora de ir e ela sabia bem. — Qualquer coisa que precisar é só ligar ou pedir pra alguém do hospital que eles têm autorização para te atender no que quiser!
Mia a olhou com os olhos fundos pelo choro e com dificuldade falou.
— Um dia vai me deixar conhecer meus irmãos? — os lábios tremeram assim como os de Maria. — Ou eu não tenho direito a isso?
— Quando estiver melhor conversamos sobre isso! — se aproximou um pouco mais limpando seu rosto mais uma vez e beijou seus cabelos. — Não chorei mais!
Maria saiu o mais rápido dali e ao bater a porta encontrou o marido que lhe abriu os braços e ela se atirou neles chorando forte assim como Mia dentro do quarto, se queriam mais do que podiam dizer e Estevão a agarrou forte dando todo seu apoio a ela. O primeiro passo tinha sido dado, mas a caminhada era grande até que pudessem chegar a um acordo ou um sentimento que pudessem dizer uma a outra que não doesse tanto.
— Vamos pra casa meu amor! — acariciava suas costas. — Foi um dia e tanto, mas não ouve gritaria. — riu de leve.
Maria respirou fundo engolindo o choro e o olhou nos olhos, estava tão exausta que o segurou pela mão para irem para o carro, ele a acompanhou e para a sorte deles não encontraram com os pais de Mia que entraram no hospital assim que eles saíram. Maria passou metade do caminho inquieta com seus pensamentos e Estevão como sempre carinhoso segurou a mão dela dando seu apoio, queria que ela pudesse viver em paz e a paz que precisava era Mia, sua filha e ele faria de tudo para que elas se dessem bem.
— É errado dizer depois de tanto tempo a quero de volta pra mim?
O coração de Estevão até errou as batidas com o que ela disse.
— Meu amor...
— Estevão, eu não sei o que acontece comigo, mas eu quero! — nem deixou que ele dissesse algo antes que ela completasse seus pensamentos.
— Errado seria se depois de tudo que aconteceu você ainda não sentisse nada por ela!
— Eu estou tão confusa! — levou as duas mãos ao rosto esfregando.
— Você vai compreender logo seus sentimentos e vai conseguir sorrir por inteira depois de deixar o passado para trás! — parou o carro na garagem. — O que falta em sua vida é ela e você já aceitou isso!
— Eu estou com tanto medo! — suspirou o olhando.
— É normal ter medo! Ela não é mais o bebê que você deixou e sim uma mulher idêntica a você até no modo de agir! — sorriu. — Eu estou aqui para te ajudar em tudo!
Maria se aproximou mais dele o acariciando no rosto.
— Eu te amo tanto! — o beijou. — Consigo te amar cada dia mais!
— Isso é muito bom de ouvir porque hoje eu quero fazer amor a noite roda! — riu a beijando e ela riu junto a ele. — Te amo Maria.
Eles ficaram ali namorando por alguns minutos e Maria ficou mais tranquila, quando entrou em casa Maria já foi agarrada pelo filho e Estevão sorriu por ver sua menina sentada no chão da sala e rapidamente foi até ela. Clara era linda, tinha olhos claros como os dele e o cabelo loiro assim como os de Ana Rosa, sua mãe, ela sorriu para o pai e o abraçou gostosamente.
— Faz tempo que chegou? — beijou seus cabelos sentando no chão.
— Umas duas horas e desde então estou aqui com Anthony que não para de dizer que a mamãe foi na bulância. — olhou Maria se aproximar e sentar no sofá. — Esta tudo bem?
— Seu pai atropelou uma garota sem querer e tivemos que prestar socorro a ela. — sorriu acariciando o filho que estava agarrado nela cheio de sono. — Afortunadamente não foi nada grave e ela vai se recuperar rapidamente.
— Que bom! Eu fiquei preocupada. — sorriu e depois olhou para o pai. — Eu estava com saudades pai! — o agarrou.
Clara por mais que ouvisse tudo que a mãe falava contra o pai e Maria, ela era apaixonada pelo pai e não conseguia ver a maldade em Maria.
— Papai também estava filha! — a encheu de beijos. — Se eu pudesse te mantinha aqui pra sempre!
— Só se for pra ter mais uma guerra mundial! — riram. — Mamãe mandou dizer que já mandou os boletos pra sua secretária!
— Sua mãe não perde a mania de mandar recados pro seu pai! — comentou Maria.
— É só um modo de irritar ele!
— E ela consegue! — beijou mais sua menina.
Maria olhou o filho e ele já dormia, sorriu o beijando mais algumas vezes e buscou com os olhos a filha.
— Cadê Antônia?
— Esta na cozinha aprendendo a fazer bolo! — Clara a olhou. — Ela também estava muito ansiosa e nervosa com vocês no hospital de novo!
Maria no mesmo momento levantou com o filho e o levou para seu quarto, o arrumou com cuidado na cama e logo voltou ao andar debaixo indo direto para a cozinha. Entrou na cozinha e viu sua menina ao lado da empregada olhando para o forno, sorriu e deu mais alguns passos parando no balcão.
— Será que eu vou poder ser a primeira a provar esse bolo?
Antônia virou no mesmo momento e deu um pulo indo a ela com o maior dos sorrisos.
— Mamãe!
— Oi, amor! — a encheu de beijo. — Mamãe está aqui!
— Eu fiquei tão preocupada!
— Está tudo bem comigo e eu estou aqui para provar desse bolo que você aprendeu! — sorriu lindamente. — Me conta como foi fazer seu primeiro bolo?
Antônia sorriu lindamente e puxou a mãe para sentar e começou a contar como foi fazer com a ajuda da empregada, seus olhos brilhavam ao falar e Maria não pode evitar se lembrar do olhar triste de Mia ao perguntar se ela nunca a amaria ou se não permitiria que ela conhecesse os irmãos. Maria era tão boa mãe para ela e Anthony que naquele momento decidiu deixar que ela se aproximasse através dos filhos e assim teria a chance de entender seus reais sentimentos.
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A CONTRATADA - MyE
AdventureNo jogo e no amor não a regras!! Quando pensamos que estamos no controle é aqui que levamos um xeque-mate!!!