Bom dia meus amores, eu sei que estou em falta com vocês, mas aos poucos a gente vai se aplumando e vai saindo com mais frequência!!!
— Meus beijos não mentem, minha pele não mente, meu corpo... — o acariciou com as duas mãos no cabelo e seus lábios se roçaram. — Acho que você pode sentir perfeitamente que não minto pra você em relação ao que sinto!!!
Estevão a apertou na cintura sentindo seu corpo todo responder a ela, mas algo dentro dele o mandava se afastar e foi o que ele fez.
— Eu não te conheço! — com muito esforço caminhou para a porta, abriu e parou a olhando por uma ultima vez.
— Estevão... — os olhos se encheram de lágrimas e ele se foi batendo a porta e ela ficou ali de pé no meio de sua sala...
Maria sentiu seu coração quebrar em tantos pedaços que a respiração lhe falhou e ela sentou no sofá deixando que suas lágrimas por fim rolassem por seu rosto, apertou o estofado da almofada e a apertou em seu peito como se aquele gesto fizesse com que aquela dor diminuísse e ela gritou sua dor. Estevão que ainda estava do lado de fora do apartamento fechou os olhos ao ouvi-la e suas lágrimas foram ainda mais fortes, pensou em voltar para dentro mais não o fez e antes que voltasse atrás, dali se foi.
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Aquela foi à pior noite para os dois, assim como os seis dias seguinte que se passaram, Maria se isolou dentro de casa e a única pessoa que a via era sua empregada que já estava preocupada com sua falta de apetite e as constantes lágrimas já que nunca a viu daquele modo. Estevão não podia se isolar e se afundou no trabalho, bebia quase todas as noites o que preocupou Heitor, ele via que o pai já tinha deixado até de fazer a barba e pouco dormia preso no escritório com seus sentimentos.
Ana Rosa até tentou estar com ele naquela dias, mas ele a dispensou gritando que não a queria mais estava alterado pela bebida e Heitor a tirou da casa dizendo que ela não deveria voltar ali por um bom tempo. Estrela se manteve distante, não falou com o pai em momento algum e nem ele com ela, era preferível o ver sozinho do que ao lado de qualquer uma delas e para que ele continuasse sozinho, ela ligou para sua tia e pediu que ela viesse ficar com eles e ela chegaria em breve.
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Já passava das duas da manhã, era quase domingo e Estevão levantou deixando seu copo sobre a mesa e caminhou com um pouco de dificuldade até a porta do escritório, saiu e respirou fundo fixado seu olhar no caminho que tinha que fazer até o andar de cima. O gosto amargo do uísque ainda queimava sua garganta e ele segurou no corrimão e começou aquela difícil subida até seu quarto, parou na porta do quarto de sua menina e respirou fundo, era difícil ficar sem ela, mas estava magoado e o silêncio era o seu melhor companheiro no momento.
Tornou a caminhar até o quarto e entrou batendo a porta com força sem se dar conta e fez cara feia, foi até a cama, sentou arrancando os sapatos e se arrastou até o meio da cama e respirou fundo sentindo tudo rodar. Ele pousou suas mãos sobre a cabeça e de seus lábios saíram o nome dela... Ele se recriminou por não conseguir esquecê-la se quer um segundo e olhou para o criado mudo, pegou o telefone e com dificuldade discou o número dela e colocou no ouvido.
O telefone tocou a primeira, a segunda e no terceiro toque ele desligou se sentindo um idiota, ela tinha mentido para ele e ele estava ali que nem um paspalho sofrendo por ela. Estevão olhou o telefone e novamente discou o número dela disposto a dizer tudo que estava engasgado em sua garganta. Era tarde mais ele não queria nem saber, precisava dizer o que estava sentindo e culpá-la mais uma vez.
No terceiro toque a voz dela soou um tanto sonolenta por não ter tanto tempo que tinha conseguido pegar no sono, ele ficou um tempo em silêncio e apenas a respiração dele era ouvida pela linha. Maria demorou um pouco para entender de quem se tratava, mas quando sua mente acordou, ela apertou o telefone e disse:
— Estevão, você está bem? — estava preocupada e cheia de saudades, mas não ouviu resposta dele. — Fala comigo... — os olhos se encheram de lágrimas.
Ele apertou os olhos e os lábios tremeram ao ouvir a voz dela.
— Por quê? — a voz dele saiu embargada.
Um soluço escapou dos lábios dela antes que pudesse falar e ela levou a mão aos lábios e respirou fundo.
— Nada que eu disser vai justificar o meu trabalho, mas eu me apaixonei por você e sei que você também se apaixonou por mim! — não queria chorar mais as lágrimas já molhava seu travesseiro. — Vamos conversar?
Ela esperou pela resposta que não veio e deduziu que ele havia adormecido e suas lágrimas banharam seu rosto e seu travesseiro por mais alguns e segundos e quando ia desligar ouviu o suspiro dele e seu nome soar de seus lábios. Ela sorriu sabendo que ele dormir e depois de declarar algumas palavras para ele desligou, sabendo que seria uma longa batalha para que pudessem se acerta.
Maria sorriu por um momento e se arrumou na cama depois de deixar o celular sobre o criado mudo, abraçou seu travesseiro e fechou os olhos sentindo seu coração um pouco mais leve. Não era nada mais que uma ligação mais quando amamos uma pessoa um simples gesto vira tudo e para Maria naquele momento aquela ligação era o que necessitava para se reerguer e ela fechou os olhos para dormir novamente.
Estevão já dormia pesado agarrado ao telefone, tinha bebido tanto, mas ouvir a voz dela tinha deixado seu coração mais calmo e mesmo que não se lembrasse no dia seguinte daquela ligação, dormia relaxado. Quando o dia amanheceu, ele virou na cama e ao abrir os olhos se assustou e foi ao chão gemendo de dor pelo impacto.
— Estevão, querido... — ela falou abaixando ao lado dele e assustada.
Ele gemeu mais e a olhou.
— Tia, o que está fazendo aqui?
Ele olhou Alba sem entender o que ela estava fazendo ali e ela sorriu vitoriosa dizendo:
— Vim colocar ordem nessa casa!
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A CONTRATADA - MyE
Phiêu lưuNo jogo e no amor não a regras!! Quando pensamos que estamos no controle é aqui que levamos um xeque-mate!!!