Maristeb - 42

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— Eu não queria falar assim! — respirou fundo sem ouvi-la. — É só meu braço que dói!

Maria abaixou um pouco a cabeça para olhá-la e com calma a abraçou somente com um braço e beijou seus cabelos.

— Me desculpe mamãe!

Foi tão natural dizer às palavras que Mia somente conseguiu ouvir os batimentos de Maria acelerar de tal maneira que ela teve que se afastar para ver se estava tudo bem, não queria a mãe passando mal e uma mão foi a seu rosto a fazendo se perder mais ainda em seus sentimentos, com ela tudo era tão intenso. Maria a olhou e somente assim levou ar a seus pulmões e antes que pudesse dizer algo Estevão as chamou para saírem do meio da fila já que ele é Antônia estavam com as bandejas com um monte de coisas dentro.

— A senhora está bem? — caminhou com ela.

Maria ainda estava impactada mais sorriu.

— Do jeito que a coisa está indo, eu terei que marcar um cardiologista! — brincou a trazendo para ela com calma. — Já faz uma semana que está de alta e seu braço não melhorou?

— Eu bati algumas vezes e hoje Antônia me abraçou com vontade e...

— Você está tomando seus remédios? — a cortou como sua mãe fazia e ela riu.

— Tomei, mas não está fazendo efeito. — negou. — As dores são fortes e o médico havia dito que não era nada de mais.

— Vou pedir para o médico te receber novamente amanhã mesmo! — parou ao ver a moça dos ingressos. — Amor...

— Está no meu bolso esquerdo! — levantou a bandeja para ela pegar. — Eu comprei mesmo sem saber se viria.

Maria sorriu apaixonada, pegou as entradas e deu a moça que lhes desejou um bom filme, caminharam com as meninas na frente e eles foram atrás segurando as bandejas.

— Nosso filho?

— Pedi para o motorista levá-lo para casa! Ele comeu, correu e quando deu a hora do cinema ele já estava bem cansado!

— E também não daria pra ver filme com ele que não para quieto! — riram juntos.

— Verdade meu amor! — olhou para frente. — Você está bem?

Ela também olhou para frente e logo entraram na sala.

— Eu vou aprender a conviver e vai dar tudo certo! — estava mais confiante depois da conversa de manhã.

Eles subiram as escadas e as meninas sentaram na penúltima fileira com uma bandeja e eles na última fileira com a outra bandeja. Maria olhou o que ele tinha pegado e saboreou a pipoca doce o olhando nos olhos com um sorriso tão lindo no rosto que o fez se apaixonar mais uma vez.

— Acredito que estar aqui no fundo é uma estratégia sua! — brincou.

— O filme é pra elas e os beijos são pra mim! — riu a beijando com tanto amor que ela se afastou por ouvir a risada da filha. — Filha, o filme já vai começar.

— Eu não tenho dezoito anos pra ver isso papai! — zombou e ele riu alto.

— O filme é aí na frente e não aqui atrás! — Maria advertiu e ela virou com a sala ficando mais escura. — Quanto tempo faz que não namoramos no cinema? — sussurrou.

— O suficiente para que você me pague com juros!

Maria sorriu baixinho e se aproximou mais dele erguendo o encosto de braço, o beijou acariciando seu rosto e uma perna ficou sobre a sua o fazendo suspirar com os pensamentos indecentes que teve e que não poderia realizar ali com as duas meninas em sua frente.

A CONTRATADA - MyEOnde histórias criam vida. Descubra agora