Boa tarde gente! Não adianta tomar partido de Maria e odiar Mia ou tomar partido de Mia e odiar Maria. Vocês tem que entender e ter empatia que é difícil para ambos os lados e escolher um pra defender não é certo! Maria erra por não saber como agir e ela precisa aprender a ter Mia em sua vida!
Beijos fui!
— Mia... — ergueu a mão para que ela se levantasse.
As mãos passaram no rosto e ela levantou seu corpo que quase não tinha a força necessária para mantê-la de pé, mas tinha que sair dali ou não sabia do que seria capaz. Olhavam-se com profundo desespero e unindo suas últimas forças Mia saiu correndo, ela não foi longe já que estava atordoada sem quase enxergar um palmo a sua frente a fazendo atravessar a rua sem olhar para os lados e um carro sem tempo de frear a encontrou e o corpo dela rolou longe pelo chão.
Maria sentiu seu coração parar por um momento ao vê-la ser jogada pelo carro, pegou Anthony nos braço como pode e correu até onde tudo acontecia, Estevão desceu do carro desesperado e as mãos foram ao cabelo ao constatar de quem se tratava, não era possível que tudo de ruim fosse acontecer entre eles e ele abaixou tirando os cabelos de seu rosto que estava de bruços. Maria se ajoelhou chorando depois de deixar o filho ao seu lado e olhou para o marido que também estava branco pelo susto, Anthony grudou no pescoço do pai enquanto ele chamava por uma ambulância que logo chegou a levando.
Estevão deixou o filho em casa e seguiu para o hospital o mais rápido que pode, Maria havia ido na ambulância com Mia que seguia desacordada até o momento em que foi levada pelos médicos para fazer exames. As mãos tremiam e ela teve que se sentar por um momento ou cairia dura ali mesmo, não era possível que estivesse fazendo tudo errado com aquela menina ao ponto de quase matá-la por sua imprudência de dizer o que não devia no momento errado, as lágrimas rolaram por seu rosto e ela o escondeu entre as mãos apoiando em seus joelhos, chorou forte por longos minutos até sentir uma mão em seu ombro a fazendo se assustar.
— Alguma noticia? — sentou-se ao lado dela que negou com a cabeça. — Eu não estava rápido por estar próximo a praça e sei que as crianças correm por todo lado, mas eu não consegui frear a tempo! — se explicou para ela. — Vai ficar tudo bem! — beijou seus cabelos.
— Eu só faço tudo errado com essa menina! — deitou em seu peito chorando forte.
— Então talvez seja o momento de mudar! — acariciou seu ombro. — Se ela te procura é porque quer estar com você e entender como as coisas aconteceram!
Maria no mesmo momento se afastou e chorou mais por se lembrar como jogou as palavras em sua cara e sem conseguir ficar sentada, levantou-se andando para o meio da pequena sala de espera até que o olhou novamente.
— Ela vai me odiar mais ainda agora! — soluçou.
— Não diga isso! — também ficou de pé. — Aposto que ela tem um grande coração assim como o seu! — sorriu acariciando seus braços. — Vocês precisam é de uma boa conversa e sem gritos! — já a conhecia muito bem.
— Ela nunca mais vai querer me ver depois de como contei a ela, ou melhor, como gritei que ela era fruto de um abuso!
Estevão a soltou no mesmo momento dando dois passos para trás e negou a atitude dela com a cabeça, não podia ser verdade o que ela estava dizendo, não queria acreditar que sua esposa que era uma mãe maravilhosa para seus filhos fosse fazer tamanha maldade com uma jovem que o único que queria era entender o seu passado. Não era ninguém para julgar o modo como ela iria conduzir aquela historia, mas não deixaria que fosse com maldade, que ela destruísse Mia e seus sonhos, que ela por ventura se transformasse em outra pessoa por conta das ações de sua própria mãe.
— Você não fez isso! — se recusava a acreditar no que tinha ouvido.
— Eu fiz! — concordou abaixando a cabeça.
— Maria, você não é assim!
—Ela gritou me apertando e quando eu vi já tinha falado, essa menina consegue tirar o pior de mim!
Ele respirou fundo bagunçando os cabelos sem tirar os olhos dela e nem ela deixou de olhá-lo, estava envergonhada pelo modo como as coisas tinham acontecido e o ouviu falar:
— Acredito que não devemos estar aqui então! — foi firme. — Irei perguntar por ela e pedir que coloquem as despesas em meu nome que assim que ela tiver alta, eu virei pagar!
— Não podemos ir ainda sem que os pais dela cheguem! — falou rápido antes que ele se retirasse.
Não foi preciso dizer mais nada e pela porta passou Marlene feito um furacão em busca de noticias de sua menina, o esposo também estava ao seu lado e quando a recepcionista aponto na direção de Maria e Estevão, foi como se tudo estivesse em câmera lenta e ambos viraram encarando o rosto de Maria. Marlene não pensou duas vezes em avançar contra Maria e Estevão a segurou porque ali não era hora e nem momento para escândalos.
— Maldita! Por que não deixa a minha filha em paz?
— Por favor, senhora se acalme! — Estevão pediu. — Brigar não vai adiantar de nada!
— Me acalmar? — berrou com ele. — Como quer que eu me acalme quando minha filha esta novamente no hospital por culpa dessa senhora?
Sebastião puxou a esposa para trás e encarava Maria com a mesma raiva que Marlene.
— Maria não teve culpa do que aconteceu! — recebeu o olhar de ambos. — Eu estava vindo com o carro quando ela atravessou a rua sem olhar e eu não consegui frear a tempo de não acertá-la!
— Aposto que sua esposa deve ter dito algo para que ela atravessasse a rua sem olhar, minha filha é muito cuidadosa! — trincou os dentes ao final das palavras.
— A senhora tem razão! — Maria por fim falou e os três olharam para ela. — Estávamos discutindo e falei o que não deveria e ela saiu desesperada pelo meio da rua!
Marlene não podia ficar parada a vendo falar daquela maneira como se não se importasse e novamente avançou sobre ela que deu um passo para trás, mas ainda assim sentiu seu rosto arder pelo tapa que levou.
— Saia daqui! Esqueça que a minha filha existe, finge que ela nunca saiu de seu ventre porque da próxima vez não será somente um tapa que irei te dar! — ameaçou.
Maria estava tão atordoada que demorou um pouco para raciocinar, mas quando o fez se soltou de Estevão e saiu porta a fora completamente desesperada.
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A CONTRATADA - MyE
AventuraNo jogo e no amor não a regras!! Quando pensamos que estamos no controle é aqui que levamos um xeque-mate!!!